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Repórter Brasília

- Publicada em 19 de Abril de 2016 às 22:56

Burburinho nos partidos

Na ressaca do impeachment e em semana de feriado, a Câmara dos Deputados sente a falta do que fazer. Apesar de não estar mais com o processo do impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT), a Câmara pouco discutiu sobre outros assuntos. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu que não irá votar nada até que o Senado aprove o pedido e previu dificuldade de o governo aprovar qualquer coisa. A ressaca foi pior para os partidos. PP e PDT irão expulsar os deputados que contrariaram as orientações na votação de domingo. Entre os gaúchos, só o pedetista Giovani Cherini entra na mira. "Vou defender o meu direito de votar pela minha consciência e lutar para ficar no partido. Esse voto não foi ideológico ou partidário, e não havia nenhuma orientação no painel", disse o parlamentar, que acrescentou que tem 28 anos de PDT e que o seu voto foi "técnico" e respeitou o desejo dos eleitores. Já o PT, principal derrotado no processo, tem dias corridos para evitar um desastre parecido no Senado. A legenda criou um grupo de trabalho para convencer os senadores a votar contra. "A solução para combater a corrupção não é acabar com as eleições diretas e colocar um dos maiores corruptos da história do Brasil como vice", disse o deputado federal gaúcho Henrique Fontana (PT). De acordo com ele, o PT pretende aumentar a pressão popular sobre o Senado com o apoio de intelectuais, artistas, juristas e movimentos sociais.
Na ressaca do impeachment e em semana de feriado, a Câmara dos Deputados sente a falta do que fazer. Apesar de não estar mais com o processo do impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT), a Câmara pouco discutiu sobre outros assuntos. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu que não irá votar nada até que o Senado aprove o pedido e previu dificuldade de o governo aprovar qualquer coisa. A ressaca foi pior para os partidos. PP e PDT irão expulsar os deputados que contrariaram as orientações na votação de domingo. Entre os gaúchos, só o pedetista Giovani Cherini entra na mira. "Vou defender o meu direito de votar pela minha consciência e lutar para ficar no partido. Esse voto não foi ideológico ou partidário, e não havia nenhuma orientação no painel", disse o parlamentar, que acrescentou que tem 28 anos de PDT e que o seu voto foi "técnico" e respeitou o desejo dos eleitores. Já o PT, principal derrotado no processo, tem dias corridos para evitar um desastre parecido no Senado. A legenda criou um grupo de trabalho para convencer os senadores a votar contra. "A solução para combater a corrupção não é acabar com as eleições diretas e colocar um dos maiores corruptos da história do Brasil como vice", disse o deputado federal gaúcho Henrique Fontana (PT). De acordo com ele, o PT pretende aumentar a pressão popular sobre o Senado com o apoio de intelectuais, artistas, juristas e movimentos sociais.
Sem ingenuidade
O ex-governador e ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) fez uma defesa um tanto realista da realização de novas eleições gerais. "Nós não somos ingênuos, sabemos que novas eleições sairiam só por acordo. Mas não tenho nenhuma dúvida de que é perfeitamente possível. O que eu acho é que é muito ruim para o País ter dois anos e meio com um presidente sem legitimidade para governar, que não tenha vindo das urnas. Isso pode gerar uma crise social e política mais aguda que essa que estamos vivendo", afirmou.
Eleições gerais em outubro
No Senado, seis senadores - João Capiberibe (PSB-AP), Walter Pinheiro (sem partido-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS) e Cristovam Buarque (PPS-DF) - prometeram apresentar uma proposta de emenda à Constituição sugerindo eleições diretas para o dia 2 de outubro deste ano.
Sem família no Senado
Os discursos dos deputados na votação do impeachment pegaram tão mal que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teve que garantir ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que "no Senado, com certeza, não vai ter voto em função do que a família quer ou não".
 
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