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Repórter Brasília

- Publicada em 05 de Abril de 2016 às 22:27

Só depois do impeachment

Rachado por conta da decisão de se manter na base do governo, o PP quer discutir o futuro agora. A legenda, recém-incrementada e com a terceira maior bancada da Câmara, foi alçada ao patamar de maior aliado e recebe afagos do Palácio do Planalto e promessas de ministérios com muitos recursos. Ao mesmo tempo, não inspira confiança o suficiente na presidente Dilma Rousseff (PT) para conseguir esses cargos antes da votação do impeachment. Dilma só vai fazer a reforma ministerial depois da votação final do seu impedimento, marcada para o dia 17 de abril, justamente para evitar traições.
Rachado por conta da decisão de se manter na base do governo, o PP quer discutir o futuro agora. A legenda, recém-incrementada e com a terceira maior bancada da Câmara, foi alçada ao patamar de maior aliado e recebe afagos do Palácio do Planalto e promessas de ministérios com muitos recursos. Ao mesmo tempo, não inspira confiança o suficiente na presidente Dilma Rousseff (PT) para conseguir esses cargos antes da votação do impeachment. Dilma só vai fazer a reforma ministerial depois da votação final do seu impedimento, marcada para o dia 17 de abril, justamente para evitar traições.
Nova tentativa
Ao mesmo tempo, uma ala considerável do partido pressiona o diretório nacional para se afastar do governo. Progressistas gaúchos se reuniram com o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), para pedir uma outra convenção para decidir antes do impeachment sobre a permanência no governo. "Manifestamos nosso desconforto com notícias sobre possível permanência no governo Dilma. O PP deve sair imediatamente do governo", disse a senadora gaúcha Ana Amélia Lemos. Nogueira prometeu se reunir com parlamentares de seu partido e decidir. Outro motivo para reunir a bancada federal é fazer um teste de forças. As estimativas é de que quatro dos seis senadores e 25 dos 51 deputados do partido estão a favor do impeachment. Mas ainda não se sabe o impacto que as promessas de cargo terão. "Acho difícil o PP recusar apoio. Não temos nada, e eles têm tudo", disse o deputado federal gaúcho Luis Carlos Heinze.
Suicídio do PMDB
O PMDB meteu o vice-presidente Michel Temer num nó quando decidiu sair da base governista. Como a legenda saiu, mas não saiu, os ministros peemedebistas não entregaram o cargo, e a direção do partido ameaçou-os de expulsão. A saída foi acionar o Comitê de Ética Partidária do PMDB para punir os desobedientes. Mas isso ficaria feio para Temer. "Iria ficar mais notório o desejo dele de derrubar a presidente Dilma Rousseff", disse o deputado federal gaúcho José Fogaça (PMDB). Para poder aplicar as punições, Temer teve que se licenciar da presidência do PMDB para que o senador Romero Jucá (RR) pudesse se ocupar de punir os ministros que não entregaram os cargos. Temer ainda tem um problema. O Supremo Tribunal Federal obrigou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a aceitar pedido de impeachment contra Michel Temer. O argumento é que, se há um pedido contra Dilma, Temer também teria participado. "Quanto mais o PMDB incrementa o impeachment, mais aniquila as próprias pretensões", disparou Fogaça.
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