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Repórter Brasília

- Publicada em 03 de Abril de 2016 às 22:13

Impeachment em pauta

"Qualquer coisa que se discuta no Congresso, o assunto impeachment entra no meio." A frase do senador gaúcho Paulo Paim (PT) é representativa dos tempos que o Parlamento vive. Ele mesmo teve uma experiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. O colegiado estava lançando a Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores, "uma frente que irá funcionar independentemente do resultado do impeachment", como Paim fez questão de frisar. As discussões estavam nos diversos projetos de lei que ameaçam a Consolidação das Leis do Trabalho quando o impeachment entrou. Vários representantes de sindicatos e parlamentares criticaram o processo, e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu a palavra. "A discussão do impeachment, a discussão da retirada da presidente nada mais é do que uma discussão para que se flexibilizem as conquistas que nós fizemos. E nós não podemos deixar isso voltar atrás. Nós precisamos firmar nosso compromisso com as conquistas que foram realizadas nos últimos anos pela luta dos trabalhadores", disse. O senador José Medeiros (PSD-MT) deu o contraponto. "O fato de uma pessoa defender que certos atos sejam investigados não pode torná-la uma golpista. O debate tem que ser maior. Nós não podemos dividir este País em dois. Nós juntos sairemos mais fortes. Inclusive não podemos confundir os direitos e a luta pelo trabalhador com esse processo."
"Qualquer coisa que se discuta no Congresso, o assunto impeachment entra no meio." A frase do senador gaúcho Paulo Paim (PT) é representativa dos tempos que o Parlamento vive. Ele mesmo teve uma experiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. O colegiado estava lançando a Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores, "uma frente que irá funcionar independentemente do resultado do impeachment", como Paim fez questão de frisar. As discussões estavam nos diversos projetos de lei que ameaçam a Consolidação das Leis do Trabalho quando o impeachment entrou. Vários representantes de sindicatos e parlamentares criticaram o processo, e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu a palavra. "A discussão do impeachment, a discussão da retirada da presidente nada mais é do que uma discussão para que se flexibilizem as conquistas que nós fizemos. E nós não podemos deixar isso voltar atrás. Nós precisamos firmar nosso compromisso com as conquistas que foram realizadas nos últimos anos pela luta dos trabalhadores", disse. O senador José Medeiros (PSD-MT) deu o contraponto. "O fato de uma pessoa defender que certos atos sejam investigados não pode torná-la uma golpista. O debate tem que ser maior. Nós não podemos dividir este País em dois. Nós juntos sairemos mais fortes. Inclusive não podemos confundir os direitos e a luta pelo trabalhador com esse processo."
Nem a hora e nem o lugar
Paulo Paim (PT) foi categórico. "Não deixei que fizessem isso. Tentaram chamar, e eu disse não." De acordo com ele, há 55 projetos de lei que ameaçam direitos dos trabalhadores. "Então, independentemente do lado, não era a hora nem o lugar." Os favoráveis e os contrários ao impeachment tentaram ainda chamar a palavra de ordem, mas Paim disse: "aplaudam ou fiquem em silêncio". O senador gaúcho lamenta que o assunto impeachment tenha dividido tanto o Congresso. Segundo ele, outras causas são ofuscadas. "O senador José Medeiros (PSD-MT) é meu amigo e, favorável ao impeachment, assinou a lista da frente."
Caciques surdos
De Igrejinha, cidade de 31 mil habitantes a 82 quilômetros de Porto Alegre, o vereador Guto Scherer, primeiro presidente da Associação Nacional dos Vereadores do PMDB, anunciou a opinião da base do partido. O núcleo recém-criado espera dar voz aos que nunca são ouvidos pelos caciques. "A base do PMDB não apoia, por exemplo, que Eduardo Cunha siga na presidência da Câmara enquanto responde a tantos inquéritos e investigações. A moralização da política tem de ocorrer de dentro para fora", disse. De acordo com ele, o sentimento da base é de que o partido nem deveria ter entrado na aliança com o PT para concorrer ao Planalto. "É uma coligação que tende a dividir o partido, não a agregar." Mas, segundo Scherer, a legenda é defensora da democracia. "O PMDB não é um partido golpista. Nosso papel na redemocratização é motivo de orgulho para os filiados, e vamos defender a democracia até o fim, com ou sem impeachment."
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