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Colunas#Painel Econômico

- Publicada em 25 de Abril de 2016 às 21:59

É melhor não falarde improviso

Fábio Meirelles, presidente da Faesp, discursa na abertura da Agrishow

Fábio Meirelles, presidente da Faesp, discursa na abertura da Agrishow


AGRISHOW/OFÍCIO DA IMAGEM/DIVULGAÇÃO/JC
A situação está tão tensa entre autoridades governamentais e empresários, em consequência da crise política e econômica no País, com grande parcela da população, inclusive líderes empresariais apoiando o impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que o presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio Meirelles, preferiu ler do que fazer de improviso seu discurso de abertura da 23ª Agrishow, a maior feira do setor na América Latina, aberta ontem, aqui em Ribeirão Preto (SP). Ele é o presidente da feira. E explicou: "É a primeira vez que faço tal discurso por escrito. Sempre fiz de improviso. Mas, diante da preocupação de amigos com o que poderia dizer, preferi escrever. Vou ler, para não intranquilizar ninguém". Lamentou a situação difícil que vive o País, mas limitou-se a defender "a manutenção da ordem, o respeito à lei e à Constituição".
A situação está tão tensa entre autoridades governamentais e empresários, em consequência da crise política e econômica no País, com grande parcela da população, inclusive líderes empresariais apoiando o impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que o presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio Meirelles, preferiu ler do que fazer de improviso seu discurso de abertura da 23ª Agrishow, a maior feira do setor na América Latina, aberta ontem, aqui em Ribeirão Preto (SP). Ele é o presidente da feira. E explicou: "É a primeira vez que faço tal discurso por escrito. Sempre fiz de improviso. Mas, diante da preocupação de amigos com o que poderia dizer, preferi escrever. Vou ler, para não intranquilizar ninguém". Lamentou a situação difícil que vive o País, mas limitou-se a defender "a manutenção da ordem, o respeito à lei e à Constituição".

Equívoco

O leitor Bruno Pedro Rech surpreendeu-se com a informação publicada na coluna do dia 22 de abril de que "são transportadas 100 toneladas de arroz por pessoa diariamente". Como estou viajando, prometo esclarecer o caso na próxima semana, mas antecipo que a informação foi obtida, literalmente, com a Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul. Ei-la: "Além disso, uma das características mais penosas do trabalho, o carregamento de cargas acima de 50 kg, é considerado normal pelos entrevistados. A quantidade carregada diariamente pode chegar a 100 toneladas por pessoa por dia. As áreas do corpo que concentram as dores são costas, joelhos e pescoço". Concordo com o leitor que deve haver um erro e eu não me dei conta. Vamos ver e dar uma explicação.

Valtra e AGCO

A Valtra e a AGCO, duas empresas multinacionais que têm unidades no Rio Grande do Sul, fabricantes de tratores, máquinas e implementos agrícolas, estão mostrando importantes novidades aqui em Ribeirão Preto. A linha de produtos Valtra inclui tratores de 50 a 375 cavalos, colhedoras de cana, colheitadeiras, implementos e pulverizadores. A Valtra é uma das cinco marcas pertencentes ao Grupo AGCO, líder mundial em concepção, fabricação e distribuição de soluções agrícolas. As demais são Challenger, Fendt, GSI e Massey Ferguson. Em 2015, a AGCO teve receita líquida de vendas de US$ 7,5 bilhões.

Vants

Como aconteceu no ano passado, os drones ou Vants, veículo aéreos sem piloto, dominaram os céus da Agrishow. Entre as novidades, a Eficiente mostra o DT18 e o 3WDM8-18. O primeiro, realiza o mapeamento de áreas agrícolas e ambientais. Com sensor de orientação integrado, antena de rastreio motorizada e software de controle de voo, possui autonomia de voo de aproximadamente 120 minutos, sem interrupções, podendo gerar registros fotográficos ou até mesmo gravações de voo, em formato RGB ou Infravermelho. O 3WDM8-18 é voltado para pulverizações localizadas em agricultura de precisão, utilizando ultrabaixo volume de água, com menor impacto ambiental no uso de defensivos e otimização de recursos hídricos no controle de pragas, doenças e plantas invasoras.

Pecuária

A Agrishow sempre foi voltada mais para máquinas e implementos destinados à lavoura, mas, neste ano, a pecuária - talvez pelo bom momento vivido pelo setor - ganhou mais destaque. Empresas estão mostrando lançamentos para aumentar a produtividade, como um programa que prevê redução de até 30% na incidência das principais enfermidades do rebanho, como mastite, metrite, cetose, laminite, retenção de placenta e paratuberculose. O Immunity foi desenvolvido pela Semex com um grupo de touros geneticamente imune à herdabilidade. Há inovações sobre manejo, alimentação e cuidados com os animais.

Aldo Rebello

O ministro da Defesa, Aldo Rebello (PCdoB), também falou pouco. Foi anunciado, apenas, como ministro e não como representante da presidente da República, Dilma Rousseff. Disse que a agricultura e a pecuária contribuem para gerar um setor mais dinâmico de empregos na economia. "Nestes dias difíceis, são esses setores que respondem e carregam nas costas o Brasil e fazem com que o agronegócio seja o único segmento, além do aeroviário, com superávit", afirmou. "São eles continuou responsáveis por uma democratização na mesa com a redução do preço da cesta básica e dos alimentos a uma escala que tornou acessível o grão e a proteína na mesa dos pobres." E concluiu que "as dificuldades de hoje podemos superar com o mesmo espírito, consciência e persistência".