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- Publicada em 14 de Abril de 2016 às 00:14

A alegria do amor

A imprensa mundial tem dado destaque ao texto da Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o amor na família, intitulada "Amoris laetitia" ("A alegria do amor"), publicada no último dia 8 de abril. O texto é composto por 325 parágrafos, divididos em nove capítulos. Trata-se de apresentar o ideal do matrimônio cristão na sua riqueza e desafios, sem desconsiderar a necessidade pastoral de compaixão e a disposição para acompanhar as famílias em situação de fragilidade.
A imprensa mundial tem dado destaque ao texto da Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o amor na família, intitulada "Amoris laetitia" ("A alegria do amor"), publicada no último dia 8 de abril. O texto é composto por 325 parágrafos, divididos em nove capítulos. Trata-se de apresentar o ideal do matrimônio cristão na sua riqueza e desafios, sem desconsiderar a necessidade pastoral de compaixão e a disposição para acompanhar as famílias em situação de fragilidade.
A Exortação Apostólica representa o coroamento de um longo caminho realizado pela Igreja ao longo dos anos de 2014 e 2015. Trata-se de um caminho sinodal por meio do qual foi possível "analisar a situação das famílias no mundo atual, alargar a perspectiva e reavivar a consciência sobre a importância do matrimônio e da família. Ao mesmo tempo, a complexidade dos temas tratados mostrou a necessidade de continuar a aprofundar, com liberdade, algumas questões doutrinais, morais, espirituais e pastorais".
Temos acompanhado debates "nos meios de comunicação ou em publicações e mesmo entre ministros da Igreja", que expressam "desde o desejo desenfreado de mudar tudo sem suficiente reflexão ou fundamentação até atitude que pretende resolver tudo através da aplicação de normas gerais ou deduzindo conclusões excessivas de algumas reflexões teológicas" ou impressões subjetivas.
O documento representa, em primeiro lugar, "uma proposta para as famílias cristãs, que as estimule a apreciar os dons do matrimônio e da família e a manter um compromisso forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência; em segundo lugar, ele se propõe a encorajar todos a serem sinais de misericórdia e proximidade para a vida familiar, onde esta não se realize perfeitamente ou não se desenrole em paz e alegria".
Segundo o próprio Papa Francisco, "esta Exortação aborda, com diferentes estilos, muitos e variados temas. Isso explica sua inevitável extensão. Por isso, não aconselho uma leitura apressada. Poderá ser mais proveitoso, tanto para as famílias como para os agentes de pastoral familiar, aprofundar pacientemente uma parte de cada vez ou procurar nele o que precisam em cada circunstância concreta".
O texto não apresenta uma mensagem globalizada, ou seja, validada de forma absoluta para todos os contextos onde a Igreja se faz presente, mas leva em consideração as diversas realidades culturais e a complexidade dos itinerários de humanizantes percorridos pelos diversos povos.
Sem distanciar-se da sã doutrina, o Santo Padre, indica a necessidade de atitudes inclusivas. Solicita a Conferências Episcopais, bispos e presbíteros mostrarem-se mais compreensíveis e misericordiosas em relação à multiforme realidade familiar contemporânea.
Somos confrontados com um documento belo e complexo. Belo pela forma como aborda o amor humano; complexo, pois não se deixa orientar meramente por critérios doutrinais e jurídicos. A chave, talvez, de leitura e estudo do texto poderia ser sintetizada com o termo "discernimento". Tal chave de leitura exigirá empenho e determinação, sem se deixar orientar por impressões genéricas do senso comum.
No final da introdução ao documento, o Papa expressa o seu desejo maior: "espero que cada um, através da leitura, sinta-se chamado a cuidar com amor da vida das famílias, porque elas não são um problema, são sobretudo uma oportunidade". Cuidar com amor da vida das famílias é a atitude dos membros daquela família que é protótipo de vida familiar para os cristãos; José, Maria e Jesus. Aquela família também não surgiu perfeita; foi marcada por incompreensões, fragilidade e vulnerabilidade. Entretanto, ao longo do caminho percorrido, foi se consolidando em sua dignidade.
 
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