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A voz do Pastor

- Publicada em 06 de Abril de 2016 às 23:01

Cuidar da família para o bem comum

Na sociedade atual, muitas pessoas vivem na solidão e no abandono, por isso é urgente uma forte injeção de espírito familiar. Valorizar a família é o caminho mais adequado para o crescimento de pessoas sadias e capazes de promover o bem comum. Nesse espírito está sendo aguardada a Exortação Apostólica Amoris in Letitiae (Alegria do amor) do Papa Francisco, resultado do sínodo das famílias, realizado em Roma, em 2015.
Na sociedade atual, muitas pessoas vivem na solidão e no abandono, por isso é urgente uma forte injeção de espírito familiar. Valorizar a família é o caminho mais adequado para o crescimento de pessoas sadias e capazes de promover o bem comum. Nesse espírito está sendo aguardada a Exortação Apostólica Amoris in Letitiae (Alegria do amor) do Papa Francisco, resultado do sínodo das famílias, realizado em Roma, em 2015.
O atual Papa tem destacado o papel da família como testemunha do amor de Deus num mundo carente de sentido e de ética. Ele inclusive relaciona a rede familiar como um espaço que liberta as pessoas da indiferença que afeta tantos seres humanos deste tempo. Com um olhar atento sobre a vida cotidiana, o Papa Francisco individua que o nosso estilo de vida precisa ser melhor refletido.
As relações civis, econômicas, jurídicas, profissionais, e a nossa cidadania se apresentam muito racionais, formais e organizadas, mas também muito anônimas e áridas: "desidratadas". Para alguns, o peso do cotidiano está insuportável.
Nesse cenário, a família possibilita que toda a sociedade seja humanizada, abrindo os olhos para outra relacionalidade possível, onde a gratuidade e o cuidado mútuo são pressupostos. Mesmo que estejam "fora de moda", alguns valores, próprios do ambiente familiar, podem funcionar como o antídoto ao vazio e à apatia contemporânea. São eles: os laços de fidelidade, a sinceridade, a confiança, a cooperação e o respeito.
Tudo isso não pode ser cultivado apenas na escola, na religião ou na profissão. Nas relações familiares se exercita a coragem de projetar o cuidado da Casa Comum, nosso planeta, e a crer que os humanos podem estabelecer vínculos de confiança para superar a discriminação, a violência e a descartabilidade.
É também na família que se aprende a considerar a singularidade de cada pessoa, a honrar a palavra dada e a respeitar os limites dos outros. Nesse contexto, também se educa pra cuidar dos membros mais vulneráveis, os mais feridos e carentes.
Todos sabemos dessa potencialidade do ambiente familiar, contudo, cresce uma ideologia que não confere à família o seu devido reconhecimento. Especialmente no campo da política e da economia, a família perde sua centralidade como instância formativa de pessoas para uma sociedade mais equilibrada.
Há grupos que pretendem desestabilizar o núcleo familiar em nome de uma liberdade narcísica, sem fronteiras e limites. O outro não conta, seja ele pai, mãe ou filho. Basta a felicidade singular. Essa compressão desintegrada de pessoa é parcial e redutora, pois extrai o ser humano do seu habitat que é a convivência com o grupo que lhe cuida, protege e educa.
Essa falta de consideração pelas relações familiares começa a ser institucionalizada por leis, políticas e costumes sociais que, consciente ou inconscientemente, são aprovados sem reconhecer que são os geradores de desiquilíbrios graves para toda a família humana.
Ninguém pode negar que cresceu o individualismo e, com ele, a agressividade, a vulgaridade e o desprezo pelos outros. Uma obtusidade tecnocrática e um familismo amoral não são capazes de formar cidadãos realmente livres, porque serão escravos de condicionamentos ditados fora do ambiente de vida e amor que cresce na família. Que a alegria do amor seja uma nova primavera pra que as famílias vençam o longo invernoideológico e prático que as ameaça.
 
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