Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Logística

- Publicada em 28 de Abril de 2016 às 21:34

Acordo com a Argentina é prioridade, diz Anfavea

Argentinos são principais compradores, mas Colômbia, Peru e Equador podem somar volume equivalente

Argentinos são principais compradores, mas Colômbia, Peru e Equador podem somar volume equivalente


ANTONIO SCORZA/AFP/JC
Diante do impasse político no Brasil, o antigo desejo das montadoras de um acordo de livre-comércio com a Argentina foi, mais uma vez, adiado. Ao assumir a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, reconheceu, na semana passada, a dificuldade de obter o livre-comércio neste momento e disse que, com isso, a prioridade é renovar o atual acordo, que expira em junho e limita exportação e importação.
Diante do impasse político no Brasil, o antigo desejo das montadoras de um acordo de livre-comércio com a Argentina foi, mais uma vez, adiado. Ao assumir a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, reconheceu, na semana passada, a dificuldade de obter o livre-comércio neste momento e disse que, com isso, a prioridade é renovar o atual acordo, que expira em junho e limita exportação e importação.
"O nosso foco é sempre o livre-comércio, mas entendemos o momento que os países estão enfrentando. Então, estamos trabalhando com a renovação do acordo vigente. Os dois governos já estão sentados, sempre no sentido de que o acordo seja renovado. Os dois têm o maior interesse nisso", afirmou. Embora a Anfavea só tenha reconhecido agora a dificuldade do livre-comércio com a Argentina, as negociações já davam sinais de que iriam fracassar, em razão da resistência do governo argentino em aceitar as condições.
O maior desafio da Anfavea será convencer as partes envolvidas a fazer um acordo de maior duração, já que as últimas renovações foram feitas por um ano. "Precisamos de mais previsibilidade para trabalhar", justificou Megale. "Mas, no momento, talvez a gente não consiga um acordo de longo prazo", ponderou. Pelo atual acordo, para cada US$ 1,5 milhão em carros e peças vendidos para a Argentina, livre de impostos, o Brasil tem de comprar US$ 1 milhão, também sem tributação. O que for além disso, tem alíquota de 35%.
Enquanto a situação com a Argentina segue indefinida, a entidade quer ampliar a relação com outros países, em especial na América do Sul. "A Argentina é nosso principal mercado no exterior, mas se somarmos Colômbia, Peru e Equador, já temos o equivalente a uma Argentina", explicou. "Queremos abrir novos mercados, mas também melhorar os acordos que já temos com outros países", disse. O novo presidente da Anfavea ocupa o cargo de diretor de Assuntos Governamentais na Volkswagen.
Ao substituir Luiz Moan na associação, Megale adotou como prioridade a previsibilidade dos negócios. "Temos de ter regras claras, não podemos mudar as regras no meio do jogo", disse, repetindo o que vários empresários têm dito na crise política e econômica do País.
Ele também destacou o foco nas exportações, para compensar a queda do mercado interno, e a busca de maior flexibilidade na relação com os empregados. Ele defendeu que o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) "tem de ser uma política perene". Criado pelo governo para evitar demissões durante a crise, prevê a redução de salários e jornadas em até 30%, com metade da perda salarial compensada pelo governo. A medida, no entanto, foi criada para durar apenas dois anos, com previsão de acabar no fim de 2017.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO