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indústria automotiva

- Publicada em 06 de Abril de 2016 às 22:53

Montadoras nos EUA têm desafio da demanda

Combustível barato e juros reduzidos atraem os consumidores para as marcas de Detroit

Combustível barato e juros reduzidos atraem os consumidores para as marcas de Detroit


SCOTT OLSON/AFP/JC
As montadoras dos EUA registraram vendas mistas de veículos em março, com novos sinais de alerta de que as companhias estão tendo dificuldades para manter a demanda após os resultados recordes do ano passado.
As montadoras dos EUA registraram vendas mistas de veículos em março, com novos sinais de alerta de que as companhias estão tendo dificuldades para manter a demanda após os resultados recordes do ano passado.
Os gastos com desconto nos preços estão em ascensão, e novas evidências surgiram em março de que as vendas de frotas, para clientes como locadoras de veículos, em alguns casos turbinou os números. Os financiamentos de automóveis foram alongados, e a participação de veículos com leasing aumentou, segundo pesquisa da J. D. Power and Associates.
Os fabricantes de automóveis informaram que as vendas de veículos leves em março caíram para uma taxa anual de 17,1 milhões, abaixo das previsões e do resultado de 17,5 milhões reportados durante o mês de fevereiro.
Os três fabricantes de automóveis de Detroit apresentaram aumento de vendas, mas os resultados ficaram aquém das expectativas. Os preços historicamente baixos de combustíveis e as reduzidas taxas de juros continuam a atrair os consumidores para as concessionárias. No total, as vendas de veículos nos EUA somaram US$ 55 bilhões em março, alta de quase 10% e o maior resultado para o mês, segundo a TrueCar Inc. O valor médio de negócio, segundo a TrueCar, subiu 2% em março, para US$ 32.887.
"As condições econômicas ainda estão bastante boas. Os juros estão melhores do que nunca", disse Scott Keogh, presidente das operações nos EUA da Audi AG, em entrevista na semana passada na New York International Auto Show.
A Fiat Chrysler registrou aumento de 8,1% nas vendas, para 213.187 veículos em março, o melhor resultado para o mês em uma década. As vendas da Jeep saltaram 15%, no trigésimo avanço anual consecutivo.
A Ford apresentou alta de 7,8% nas vendas anuais, para 253.064 veículos. Já as vendas da General Motors subiram menos de 1%, para 252.128.
As vendas da Toyota caíram 2,7% em meio à menor demanda por sedans e coupes. As da Volkswagen baixaram mais de 10%, ainda influenciadas pela crise de emissão de poluentes. A Honda viu suas vendas anuais aumentarem 9,4% em março, enquanto as da Nissan saltaram 13%.

Brasil vive maior ociosidade desde 2001

O enfraquecimento do mercado levou as montadoras do País a atingirem, em março, o maior nível de ociosidade na produção desde 2001, quando teve início a pesquisa de sondagem da indústria. O levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra a utilização de apenas 62,4% da capacidade, o que significa que a ociosidade foi de 37,6%.
Em fevereiro, havia sido de 33,8%. O baixo nível de produção se deve à falta de reação na venda, que caiu 26,5% em 2015 e acumula 31% no primeiro bimestre de 2016, segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O maior nível de ociosidade tem se refletido em alívio nos estoques, que caíram em março para 117,2 pontos, depois de ter atingido 122,8 pontos em fevereiro e 127 em janeiro.