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Transporte

- Publicada em 06 de Abril de 2016 às 22:36

Sem crédito, empresas voltam a valorizar consórcios

 ATEGO 1726 IMPLEMENTADO - DIVULGAÇÃO MERCEDES-BENZ - PARA AUTOMOTOR

ATEGO 1726 IMPLEMENTADO - DIVULGAÇÃO MERCEDES-BENZ - PARA AUTOMOTOR


MERCEDES-BENZ/DIVULGAÇÃO/JC
Com o fim do Finame PSI, linha de crédito do Bndes (banco estatal de fomento) que impulsionou as vendas de caminhões nos últimos anos, os transportadores estão usando consórcios para renovar a frota. No primeiro bimestre deste ano, as vendas de novas cotas aumentaram 10%, chegando a 54,8 mil contratos.
Com o fim do Finame PSI, linha de crédito do Bndes (banco estatal de fomento) que impulsionou as vendas de caminhões nos últimos anos, os transportadores estão usando consórcios para renovar a frota. No primeiro bimestre deste ano, as vendas de novas cotas aumentaram 10%, chegando a 54,8 mil contratos.
"Os empresários buscam deixar o dinheiro rendendo e fazer o investimento quando for mais oportuno", explica o presidente da Abac (Associação das Administradoras de Consórcio), Paulo Roberto Rossi.
A Mercedes-Benz, que relançou o consórcio da marca em outubro do ano passado, já tem, em sua carteira, 500 cotas, e o nível de conversão para a venda de caminhões novos está perto de 70%. O vice-presidente de vendas de caminhões da empresa, Roberto Leoncini, disse que a expectativa é aumentar o ritmo de novos contratos.
"Não nos interessa pura e simplesmente vender cotas de consórcio. Quero que esse cliente converta isso em caminhões novos. Mas, claro, tendo em mente a nova realidade de mercado. O cliente não vai comprar caminhão com a mesma volúpia de quatro, cinco anos atrás." Na expectativa do setor, os licenciamentos de caminhões devem registrar queda em torno de 30% nos três primeiros meses do ano.
A montadora Scania formou uma carteira de R$ 1 bilhão em 2015, sobre R$ 900 milhões movimentados em 2014. A diretora-geral do Consórcio Scania Brasil, Suzana Soncin, afirma que a meta é chegar a R$ 1,3 bilhão neste ano.
"O consórcio é uma alternativa para o transportador porque, como as incertezas econômicas são grandes, o empresário está receoso em investir", constata Suzana.
Cristovam de Souza Oliveira, diretor financeiro da Augurio Construções e Terraplanagem, da Bahia, foi um dos que usaram essa forma de financiamento para renovar a frota de 18 caminhões. "A idade média de nossa frota gira em torno de dois anos e, como os financiamentos não oferecem taxas atrativas, a solução foi o consórcio", disse Oliveira, que é cliente do Consórcio Mercedes-Benz.
O braço financeiro da Volvo Latin America, também viu sua carteira de consórcio crescer 35% durante o ano passado por causa de condições menos propícias oferecidas pelo Finame.
O presidente do Volvo Financial Service, Ruy Meirelles, afirmou que, no ano passado, a marca alcançou R$ 1,1 bilhão em carteira, pela primeira vez em 21 anos de operação. "Para 2016, a expectativa é mantermos esse volume. A economia não está dando sinais de melhora."
Outro que viu sua carteira de consórcio crescer do ano passado para cá foi a BRQualy, a administradora do consórcio MAN ligada ao Grupo Rodobens. O gerente comercial da empresa, Antonio Barros, disse que metade da carteira, de 4.000 clientes, foi formada em 2015. "Ainda é pequeno o volume da carteira, mas começamos há quatro anos. A tendência de migração para o consórcio deve permanecer nos próximos anos. Temos muito espaço para crescer."

Ônibus rodoviários terão plataforma elevatória a partir de julho

 ATEGO 1726 IMPLEMENTADO - DIVULGAÇÃO MERCEDES-BENZ - PARA AUTOMOTOR

ATEGO 1726 IMPLEMENTADO - DIVULGAÇÃO MERCEDES-BENZ - PARA AUTOMOTOR


MERCEDES-BENZ/DIVULGAÇÃO/JC
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) adiou, na semana passada, a vigência da Portaria nº 269, que proíbe o uso de cadeiras de transbordo para dar acesso a pessoas com problemas de mobilidade a ônibus rodoviários. No lugar desse equipamento, eles deverão ter uma plataforma de elevação veicular, uma espécie de elevador.
A cadeira de transbordo é um tipo de cadeira de rodas menor e mais leve que as tradicionais, onde a pessoa com mobilidade reduzida é colocada para ser transportada, geralmente pelo motorista, para dentro dos ônibus.
Inicialmente, os fabricantes teriam que se adequar à norma a partir de 31 de março de 2016. Com a publicação da Portaria nº 151 de 2016, os fabricantes só serão obrigados a produzir ônibus rodoviários com elevador a partir do dia 1 de julho deste ano. Os ônibus urbanos já são obrigados a virem de fábrica com o elevador.
Segundo Leonardo Rocha, chefe da Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro, os ônibus que já estão em circulação não precisam ser alterados. "Eles vão continuar circulando. O que acontece é que há uma renovação natural dessa frota, que é determinada pelo sistema de trânsito de cada município."
"Em função da inexistência de laboratórios e organismos para conduzir a avaliação das plataformas para certificação, em função da falta de infraestrutura para avaliação, em função de algumas necessidades de alguns reparos na medida manifestadas pelo setor produtivo, a gente acabou sendo obrigado a adiar a vigência", disse Rocha.
Segundo o executivo do Inmetro, a determinação não leva em conta necessariamente o trecho percorrido pelo ônibus, mas o tipo. Os ônibus de dois andares, que têm uma espécie de rampa, por exemplo, estão dispensados de ter esses elevadores. Ônibus menores, como micro-ônibus, também não são abrangidos por esta norma. Porém, Rocha destaca que cerca de 90% dos ônibus que circulam em rodovias precisarão se adequar à norma.
O especialista ressaltou também que a medida é uma demanda vinda da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e que tem como objetivo tornar esse tipo de acessibilidade menos desconfortável para o cadeirante.