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Empresas & Negócios

- Publicada em 18 de Abril de 2016 às 19:00

Na crise, Distressed Assets podem ser uma saída

Com a deterioração da economia brasileira nos últimos meses, o crédito tem ficado cada vez mais escasso, fazendo com que grande parte das empresas não atinjam o rating necessário para captar dinheiro. Isso tem criado uma verdadeira tempestade para as empresas brasileiras, que, após uma euforia de consumo e crescimento econômico, se deparam com um cenário desafiador de baixo consumo, inflação em alta e juros impeditivos de 14,15% ao ano. A redução nas vendas impede ou dificulta o pagamento de compromissos financeiros assumidos pelas companhias nos últimos anos, logo o índice de inadimplência tem chegado a números similares aos da crise de 2008, levando empresas de diversos setores a solicitaram Recuperação Judicial ou Falência.
Com a deterioração da economia brasileira nos últimos meses, o crédito tem ficado cada vez mais escasso, fazendo com que grande parte das empresas não atinjam o rating necessário para captar dinheiro. Isso tem criado uma verdadeira tempestade para as empresas brasileiras, que, após uma euforia de consumo e crescimento econômico, se deparam com um cenário desafiador de baixo consumo, inflação em alta e juros impeditivos de 14,15% ao ano. A redução nas vendas impede ou dificulta o pagamento de compromissos financeiros assumidos pelas companhias nos últimos anos, logo o índice de inadimplência tem chegado a números similares aos da crise de 2008, levando empresas de diversos setores a solicitaram Recuperação Judicial ou Falência.
Em meio a este panorama, crescem, cada vez mais, no mercado financeiro, fundos que investem em distressed assets, os quais na verdade são fundos especializados em comprar ativos e empresas que estão em crise. Esses fundos compram companhias com sérios problemas de endividamento, inclusive as que estão em processo de recuperação judicial. O foco está na renegociação e alongamento de dívidas, proteção do caixa e melhora na performance operacional. Além de buscar melhorar a saúde financeira, a credibilidade de um novo plano para enfrentar a crise pode trazer novo acesso a financiamentos. Consequentemente, acrescentam valor às empresas em dificuldades, contribuindo efetivamente para a sua recuperação, para no futuro revenderem as participações com um bom lucro. Seus investimentos mantêm as empresas vivas, buscando aumento de receita, controle de custos, ataque ao desperdício e austeridade total.
Hoje, essa modalidade de fundo ainda é vista de forma negativa, pois são acusados de se aproveitarem da fragilidade das empresas, mas na prática são instituições que trabalham dentro das regras do jogo do mercado financeiro: comprar na baixa para vender na alta. Muitas vezes, a entrada desses fundos são o último suspiro de sobrevivência para muitas empresas em crise aguda.
Temos que mudar esta mentalidade de se preocupar com o quanto o outro está ganhando e, principalmente, do pré-conceito de que todo o fundo que opera neste segmento é "um Vulture", ou "fundo Abutre", que só quer se aproveitar do momento de dificuldade da empresa. O questionamento a ser feito é: quem está ganhando com isso? O banco que cobra 2,5% ao mês de juros (ou mais) vende este título de dívida para esses fundos, se beneficiando não só do valor de venda deste crédito, mas também se apropriando do imposto que vai ser deduzido do lucro da instituição naquele exercício.
O fundo de Distressed que compra do banco este crédito com um deságio, viabilizando uma estruturação de aporte na empresa ou simplesmente melhorando a curva de pagamento desta dívida. Ou o empresário que conseguiu uma forma de captar dinheiro para a sua empresa via estes fundos, quando a maioria das portas já estão fechadas, podendo assim iniciar um novo ciclo de pagamento das suas dívidas. O mercado, portanto, é dinâmico, e todos entram naturalmente para ganhar e explorar as melhores oportunidades. A gestão de riscos e tomada de decisão em gestão de crise não é para principiantes. Mas com regras claras estabelecidas, todos os envolvidos podem se beneficiar, sejam os fundos, as empresas em crise ou seus credores.
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