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Empresas & Negócios

- Publicada em 11 de Abril de 2016 às 10:53

Retalhos que tranformam

Participantes buscam oportunidade de iniciar uma nova atividade ou para aprimorar os conhecimentos que têm na área, com vistas ao mercado de trabalho

Participantes buscam oportunidade de iniciar uma nova atividade ou para aprimorar os conhecimentos que têm na área, com vistas ao mercado de trabalho


JONATHAN HECKLER/JC
Maria Eugenia Bofill
Os resíduos da indústria têxtil não vão mais parar no lixo. Agora, eles se transformam em bermudas, camisetas, calças e tantas outras peças de vestuário. A metamorfose acontece nos pavilhões da sede da Fundação Gaúcha de Bancos Sociais (FGBS), em Porto Alegre. Nas aulas gratuitas do curso do Banco de Vestuário, a criatividade dos alunos dá uma nova vida aos retralhos. Os cursos, voltados a instituições filantrópicas, escolas públicas e de pessoas de baixa renda, são ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) e vão da iniciação à qualificação profissional, como a formação para costureiro industrial.
Os resíduos da indústria têxtil não vão mais parar no lixo. Agora, eles se transformam em bermudas, camisetas, calças e tantas outras peças de vestuário. A metamorfose acontece nos pavilhões da sede da Fundação Gaúcha de Bancos Sociais (FGBS), em Porto Alegre. Nas aulas gratuitas do curso do Banco de Vestuário, a criatividade dos alunos dá uma nova vida aos retralhos. Os cursos, voltados a instituições filantrópicas, escolas públicas e de pessoas de baixa renda, são ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) e vão da iniciação à qualificação profissional, como a formação para costureiro industrial.
Em um total de 456 horas de aula, os alunos realizam 72 horas de trabalho empresarial na indústria para colocar em prática o que aprenderam com a professora Elisângela dos Santos Lima. "Tem a vivência em sala de aula e também dentro das empresas para mostrar os conhecimentos adquiridos", ressalta a professora.
Os alunos - as mulheres são maioria - recebem instruções de como utilizar máquinas de costura e a criar peças de roupa. "Alguns chegam aqui sem noção de costura, outros vêm para aprimorar os conhecimentos", conta Elisângela, que está na fundação há quatro anos.
O curso estabelece o cumprimento de metas em cinco meses. Começando por peças pequenas, ao final, cada um deve fazer duas roupas em tamanho infantil. Bermudas, camisas sociais, camisetas e vestidos estão entre os itens produzidos ao longo das aulas.
Renata de Bairros Dutra, 33 anos, decidiu procurar o curso para se aprimorar. Acostumada apenas a costurar em casa para necessidades pessoais, após o curso deseja seguir trabalhando com costura e conseguir uma colocação na indústria. "Aqui aprendi coisas que nem imaginava. Começamos a olhar as roupas com outros olhos", diz, empolgada.
Além do costureiro indutrial, o Banco de Vestuários oferece os cursos de iniciação profissional com uma carga horária entre 40 e 60 horas: transformação de retalhos têxteis em peças de decoração, costura e acabamento em peças confeccionadas com retalhos têxteis e reaproveitamento de peças de roupas.
Também são oferecidas formações nos bancos de materiais, computadores e mobiliários, com aulas nas áreas de pintura em obras, construção e alvenarias, básico em informática, restauração de móveis de madeira e montagem. O tempo de duração varia de 40 a 80 horas.
A inserção dos alunos no mercado de trabalho e a confecção de produtos com a utilização de resíduos estão entre os principais focos dos bancos. "Nosso objetivo é transformar os desperdícios das indústrias em benefício social", explica a gerente administrativa da FGBS, Lucelene Oliveira.
O projeto da Fundação Gaúcha existe há 10 anos e forma, em média, 600 alunos. As aulas são ministradas de segunda a sexta-feira no turno da tarde. Os participantes recebem passagem e alimentação, além de um certificado de conclusão.
Após a formatura, caso desejem empreender na área para dar continuidade aos trabalhos, os participantes recebem doações de matéria-prima dos bancos de Vestuário e Mobiliário.
Para realizar a inscrição nos cursos de iniciação profissional, é necessário ter no mínimo 16 anos e levar a sede da Fundação carteira de identidade, CPF e comprovante de residência. Já os interessados nos cursos de qualificação profissional, além desses documentos, é preciso apresentar carteira de trabalho, título de eleitor e comprovante de escolaridade e ter idade mínima de 18 anos.
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