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Política

- Publicada em 29 de Março de 2016 às 18:21

PMDB sai do governo

Celso Pansera

Celso Pansera


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
A saída do PMDB do governo, dada como certa desde a semana passada, foi oficializada ontem em menos de cinco minutos. A decisão previsível veio com uma reação também previsível: o partido rachou. Diretórios do Norte e Nordeste pediram para continuar no governo, enquanto os do Sudeste pediram a saída. No Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina queriam sair de uma vez, enquanto o Paraná queria ficar. No Rio de Janeiro, onde a aliança entre PT e PMDB ficou forte de vez, pai e filho encarnaram a divisão. O pai, Jorge Picciani, deputado estadual, trabalhou pela saída. O filho, Leonardo Picciani, deputado federal, brigou para o partido ficar na base. Enquanto isso, a decisão de sair significou um ultimato para os ministros peemedebistas: entrega ou sai. Mas o único a seguir a recomendação foi Henrique Eduardo Alves, que entregou o Ministério do Turismo. Os outros seis pediram 15 dias para decidir. Celso Pansera, da Ciência e Tecnologia, afirmou que pretende ficar no comando da pasta. E o governo, que perde 68 deputados de uma vez, se preparou para o inevitável. Para barrar o impeachment, o Planalto tentará atrair os simpatizantes do PMDB, além de buscar aliados nos partidos menores. Conversas para dar um ministério ao PTN já começaram, ao mesmo tempo a gestão dos rachas no PMDB é feita como sempre foi.
A saída do PMDB do governo, dada como certa desde a semana passada, foi oficializada ontem em menos de cinco minutos. A decisão previsível veio com uma reação também previsível: o partido rachou. Diretórios do Norte e Nordeste pediram para continuar no governo, enquanto os do Sudeste pediram a saída. No Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina queriam sair de uma vez, enquanto o Paraná queria ficar. No Rio de Janeiro, onde a aliança entre PT e PMDB ficou forte de vez, pai e filho encarnaram a divisão. O pai, Jorge Picciani, deputado estadual, trabalhou pela saída. O filho, Leonardo Picciani, deputado federal, brigou para o partido ficar na base. Enquanto isso, a decisão de sair significou um ultimato para os ministros peemedebistas: entrega ou sai. Mas o único a seguir a recomendação foi Henrique Eduardo Alves, que entregou o Ministério do Turismo. Os outros seis pediram 15 dias para decidir. Celso Pansera, da Ciência e Tecnologia, afirmou que pretende ficar no comando da pasta. E o governo, que perde 68 deputados de uma vez, se preparou para o inevitável. Para barrar o impeachment, o Planalto tentará atrair os simpatizantes do PMDB, além de buscar aliados nos partidos menores. Conversas para dar um ministério ao PTN já começaram, ao mesmo tempo a gestão dos rachas no PMDB é feita como sempre foi.
Problemas do Brasil
A moção aprovada contém reclamações de longa data dos peemedebistas, como a de que a sigla não é chamada a discutir os problemas do Brasil. Também cita a participação de integrantes do governo em escândalos de corrupção, sem citar quais são e afirmou que a permanência na base significaria uma divisão interna maior.
Saída mal feita
A decisão gerou críticas dos dois lados por dois motivos: precipitação e tempo. "Deveríamos ter saído muito antes", disse um peemedebista em off, que afirmou que a saída fez recair "sérias desconfianças" em relação ao vice-presidente Michel Temer. A saída, feita por aclamação, seria para silenciar as críticas. No final, a coisa foi "forçada, descuidada", não escutou parte grande da legenda, deu a entender que foi por fisiologismo e não gerou frutos. Os peemedebistas gaúchos comemoraram efusivamente. "Acabou", disse o deputado federal gaúcho Darcísio Perondi com ar de alívio.
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