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Política

- Publicada em 28 de Março de 2016 às 08:34

Lula organiza força-tarefa contra impeachment

Articulador informal do governo, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) conta com uma força-tarefa para tentar evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e salvar o projeto do PT. Na Câmara e no Senado, parlamentares mais ligados ao ex-presidente, e que conversam com ele com frequência, se organizaram para atuar em várias frentes para abater o processo em curso na Câmara. A atuação junto ao Palácio do Planalto para conter o impeachment é liderada pelos ministros Ricardo Berzoini (PT), da Secretaria de Governo, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo (PT), e agora também por Eugênio Aragão, novo ministro da Justiça. Os oito deputados titulares da Comissão do Impeachment se reúnem semanalmente com eles e também já se encontraram com Aragão, que assumiu a pasta há pouco menos de duas semanas.
Articulador informal do governo, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) conta com uma força-tarefa para tentar evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e salvar o projeto do PT. Na Câmara e no Senado, parlamentares mais ligados ao ex-presidente, e que conversam com ele com frequência, se organizaram para atuar em várias frentes para abater o processo em curso na Câmara. A atuação junto ao Palácio do Planalto para conter o impeachment é liderada pelos ministros Ricardo Berzoini (PT), da Secretaria de Governo, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo (PT), e agora também por Eugênio Aragão, novo ministro da Justiça. Os oito deputados titulares da Comissão do Impeachment se reúnem semanalmente com eles e também já se encontraram com Aragão, que assumiu a pasta há pouco menos de duas semanas.
O grupo de Lula é composto majoritariamente por parlamentares de São Paulo, berço político do PT, e do Rio Grande do Sul, onde os petistas ainda possuem considerável capital político. Os deputados mais ligados ao ex-presidente - entre eles Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ), um dos escalados por Lula para defender o governo e que foi alçado à titular na Câmara por articulação do ex-presidente - montaram um grupo e dividiram a bancada em três frentes de atuação: a jurídica, na qual trabalham Damous, ex-presidente da OAB do Rio, Teixeira e José Mentor (PT-SP); a de Orçamento, para destrinchar e tentar desmontar, na Comissão do Impeachment, os pontos mais ligados a denúncia das pedaladas fiscais, sob a tutela dos gaúchos Pepe Vargas e Henrique Fontana; e a frente política, que mede os votos dos parlamentares da base, na qual atuam Arlindo Chinaglia (PT-SP), Marco Maia (PT-RS), Paulo Pimenta (PT-RS e Carlos Zarattini (PT-SP).
Lula costuma se reunir com os senadores e pedir mobilização contra o impeachment, orientando que procurem os integrantes da comissão na Câmara e tentem medir os votos. Lula mantém contato frequente com senadores, que costumam se reunir entre eles quase diariamente para traçar estratégias. Já os parlamentares do PCdoB costumam conversar com Lula até por viva-voz. No dia em que suspenderam a nomeação de Lula, a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) e outros integrantes da sigla se reuniram e conversaram com Lula. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também tem tido papel importante no combate ao impeachment e na defesa pessoal do ex-presidente.
Por outro lado, a comissão do impeachment deve se encontrar, às 18h de hoje, com o ministro do Supremo Luiz Roberto Barroso. O presidente da comissão especial, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), e o relator do processo, Jovair Arantes (PSD-GO), tentavam um encontro informal para tratar sobre os trabalhos do colegiado. Rosso explicou que o encontro não tem o propósito de esclarecer qualquer dúvida, mas ele pretende deixar claro para a Corte que está conduzindo as atividades dentro dos limites definidos na decisão defendida pelo próprio ministro sobre o rito do impeachment.
O presidente da comissão especial recebeu mais de 10 questões de ordem e 64 pedidos de informação, dados e convocação ou convite de pessoas que os parlamentares consideram importantes para esclarecer o processo de afastamento de Dilma. 

Frentes petistas contra o impedimento

Frente jurídica
Responsável por traçar as estratégias na esfera jurídica, é formada pelos deputados federais Wadih Damous (PT-RJ), Paulo Teixeira (PT-SP) e José Mentor (PT-SP).
Frente orçamentária
Atua para esvaziar a denúncia de pedaladas fiscais. Os deputados gaúchos Pepe Vargas (PT) e Henrique Fontana (PT) são os responsáveis.
Frente política
Incumbida de mapear os votos dos partidos da base na comissão do impeachment, está a cargo dos deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Marco Maia (PT-RS), Paulo Pimenta (PT-RS) e Carlos Zarattini (PT-SP).
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