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Protestos

- Publicada em 13 de Março de 2016 às 19:22

Protestos pedem saída de Dilma em 26 estados e DF

 2 / 25  Brasília - Manifestantes vão a Esplanada dos Ministérios contra a corrupção e pela saída da presidenta Dilma Rousseff (Wilson Dias/Agência Brasil)    Movimentos contrários à presidente Dilma Rousseff e partidos da oposição convocaram a população às ruas neste domingo (13) para mais uma série de protestos contra o gover

2 / 25 Brasília - Manifestantes vão a Esplanada dos Ministérios contra a corrupção e pela saída da presidenta Dilma Rousseff (Wilson Dias/Agência Brasil) Movimentos contrários à presidente Dilma Rousseff e partidos da oposição convocaram a população às ruas neste domingo (13) para mais uma série de protestos contra o gover


WILSON DIAS/ABR/JC
Todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal registraram manifestações contra o governo Dilma Rousseff (PT) ao longo do dia de ontem. Na maioria dos atos, segundo estimativas das polícias militares dos estados, o número de participantes superou as manifestações de março do ano passado, o maior movimento pró-impeachment até então.
Todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal registraram manifestações contra o governo Dilma Rousseff (PT) ao longo do dia de ontem. Na maioria dos atos, segundo estimativas das polícias militares dos estados, o número de participantes superou as manifestações de março do ano passado, o maior movimento pró-impeachment até então.
A capital paulista foi palco do maior ato realizado no Brasil no dia de ontem, que superou a principal manifestação pelas Diretas Já, em 1984, que reuniu, à época, 400 mil pessoas. Segundo o Datafolha, em contagem parcial, cerca de 450 mil pessoas estiveram presentes até às 16h de ontem na região da avenida Paulista. O movimento Vem Pra Rua estimou em 2,5 milhões a participação. O número definitivo ainda não havia sido divulgado até o fechamento desta edição. Ainda de acordo com o instituto, a maior manifestação anti-Dilma contou com 210 mil pessoas em março de 2015.
A Polícia Militar não divulgou número oficial de manifestantes em São Paulo. Houve grande movimentação de pessoas também no interior do Estado, em cidades como Ribeirão Preto (pelo menos 55 mil, segundo a PM, e 100 mil, de acordo com organizadores) e São José do Rio Preto (20 mil, segundo a PM e os manifestantes).
No Rio de Janeiro, onde também não foram divulgadas informações oficiais sobre o número de participantes, os protestos ocorreram até o início da tarde, e organizações do movimento citam entre 200 mil e 1 milhão de pessoas. Para Brasília, a PM estimou em 100 mil o total de manifestantes, mais que o dobro do número de 45 mil pessoas registrado no ato ocorrido em março de 2015.
Já em Belo Horizonte, houve 30 mil manifestantes, segundo a PM, ou 40 mil, de acordo com os organizadores. Em Salvador, o protesto pedindo o fim do governo Dilma e em defesa das investigações da Operação Lava Jato, na capital da Bahia, na manhã de ontem, superou a estimativa de público dos organizadores do evento. Enquanto eram aguardadas entre 6 mil e 7 mil pessoas, a PM citou cerca de 20 mil manifestantes.
Organizadores estimaram mais de 150 mil pessoas na manifestação em Pernambuco, contra 50 mil pessoas no ato de março de 2015.
Em Goiânia, a PM calculou mais de 50 mil manifestantes. O movimento Vem Pra Rua, em Teresina, estimou em torno de 8 mil protestantes. A PM do Piauí não quis estimar o número de pessoas. Na manifestação de março de 2015, 5 mil manifestantes participaram do ato pró-impeachment.

Aécio Neves e Geraldo Alckmin são hostilizados na capital paulista

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram hostilizados em sua breve passagem pelo ato pró-impeachment ocorrido ontem na avenida Paulista, em São Paulo. A participação deles durou um pouco mais de 30 minutos.
Ao chegar, numa van, nos fundos do Museu de Arte de São Paulo, a dupla foi recebida por xingamentos, como "bundões" e "oportunistas". Para encobrir esses gritos, um grupo de tucanos puxou o coro de "fora Dilma".
De lá, Aécio, Alckmin e seu séquito seguiram para o caminhão do Movimento Brasil Livre (MBL). A caminhada foi marcada por gritos de "fora".
Aécio Neves passou por maior constrangimento quando, ao chegar à tenda do MBL, foi cumprimentar manifestantes. "Ladrão. Você também é ladrão. Você sabe que também é ladrão", disse um rapaz, enquanto o senador lhe apertava a mão.
Aécio recuou, conversou com Alckmin e decidiu ir embora, em meio a aplausos e gritos de "fora". Após deixá-los na van em que chegaram ao ato, Paulinho da Força (SD) minimizou a reação a Alckmin e Aécio. Depois, admitiu que há muita rejeição a Alckmin. Logo depois desse comentário, um assessor sussurrou ao ouvido de Paulinho que ele deveria ir embora para evitar problemas.

Brasileiros protestam contra governo em Washington

Assim como ocorreu em dezenas de cidades do mundo, na capital dos Estados Unidos, brasileiros se juntaram para protestar contra o governo e pedir a saída da presidente Dilma Rousseff (PT). O ato reuniu cerca de 80 pessoas em frente ao consulado do Brasil em Washington, com cartazes exaltando o juiz Sergio Moro e pedindo o impeachment.
"In Moro we trust" (confiamos em Moro), dizia um dos cartazes, parafraseando a frase impressa nas cédulas do dólar americano, "In God we trust" (confiamos em Deus). Alguns foram de cara pintada de verde e amarelo. Um outro cartaz pedia "Eleições já". Os gritos do grupo contra o governo contrastaram com a sonolência habitual dos domingos no Centro de Washington.
Segundo a página na internet do grupo Vem Pra Rua, foram organizados protestos anti-Dilma em 30 cidades do exterior, sendo 10 nos Estados Unidos, entre elas Nova Iorque, Boston, Orlando e Los Angeles. Em Nova Iorque, os manifestantes brasileiros se reuniram na Times Square.

Manifestantes expressam apoio a Lula em São Bernardo do Campo

No mesmo dia dos protestos pró-impeachment, manifestantes também se reuniram em frente ao prédio onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mora, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para manifestar apoio ao fundador do Partido dos Trabalhadores.