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Política

- Publicada em 14 de Março de 2016 às 09:03

Clamor por impeachment leva milhares às ruas

Manifestantes se concentraram nas imediações do Parque Moinhos de Vento

Manifestantes se concentraram nas imediações do Parque Moinhos de Vento


FREDY VIEIRA/JC
Marcus Meneghetti
O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua (VPR) estimaram que 140 mil pessoas passaram pela manifestação que pedia o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) ao longo da tarde de ontem em Porto Alegre. A Brigada Militar (BM), no entanto, calculou que 100 mil passaram pelo Parcão, onde acontecia o protesto. De qualquer forma, o que mais se percebeu nos discursos, nos cânticos e nos cartazes dos milhares de manifestantes foram pedidos de "fora Dilma", "fora Lula", "fora PT" e "fora comunismo".
O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua (VPR) estimaram que 140 mil pessoas passaram pela manifestação que pedia o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) ao longo da tarde de ontem em Porto Alegre. A Brigada Militar (BM), no entanto, calculou que 100 mil passaram pelo Parcão, onde acontecia o protesto. De qualquer forma, o que mais se percebeu nos discursos, nos cânticos e nos cartazes dos milhares de manifestantes foram pedidos de "fora Dilma", "fora Lula", "fora PT" e "fora comunismo".
A porta-voz do MBL em Porto Alegre, Paula Cassol Lima, atribuiu a grande adesão ao fato de "as pessoas sentirem a incompetência do governo no bolso". "As pessoas já não conseguem comprar as mesmas coisas no supermercado, os preços estão altíssimos, tudo por culpa do governo. E quando a gente vê notícias sobre corruptos que estão enriquecendo às custas do povo, a população fica indignada e vai à rua", avaliou Paula.
Além da porta-voz do MBL, outras lideranças desse movimento e do Vem Pra Rua (VPR) ambos organizadores do evento se revezaram nos discursos contra o governo petista, em cima de dois caminhões equipados com alto-falantes. A Banda Loka Liberal, grupo que costuma participar dos protestos contra a presidente, tocava músicas acompanhada pela multidão, exaltando o juiz Sérgio Moro, hostilizando líderes do PT e pedindo o impeachment de Dilma.
Sobre o impedimento da presidente, cujo rito deve ser decidido nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF), Paula acredita que as manifestações Brasil afora, inclusive em Porto Alegre, vão acelerar o processo. "Esperamos que os congressistas representem o povo brasileiro e façam a sua vontade, botando o processo de impeachment para andar, para responsabilizar a presidente Dilma Rousseff pelos crimes que cometeu. Que esse processo ande de acordo com as leis, com a Constituição brasileira. E que a democracia no País seja mantida", analisou Paula.
Alguns políticos que fazem oposição ao governo federal apareceram nos carros de som, como o deputado federal gaúcho Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e os deputados estaduais Marcel Van Hattem (PP) e Any Ortiz (PPS). Van Hattem que, quando desceu do carro de som, foi tratado como uma celebridade, com pessoas pedindo fotos com ele também acredita que os protestos vão agilizar o impeachment. 
"O processo de impeachment é tanto jurídico quanto político. O elemento jurídico já está formulado. O político se consolida neste momento, em que milhões de pessoas vão às ruas no Brasil pedir que a presidente saia do governo", sustentou o deputado do PP.
Nas ruas, os manifestantes vestindo roupas verde-amarelas, a maioria camisetas da seleção brasileira expressavam suas opiniões nos cartazes: "Não aguento mais sustentar corrupto"; "Lula pai do mensalão, Dilma mãe do petrolão"; "Terceiro turno existe sim, é o povo na rua, com intervenção militar, fora o comunismo"; "Liberalismo: menos Estado, privatização da Petrobras"; entre outros. Em um dos momentos mais emblemáticos, um dos organizadores pediu para as pessoas darem as mãos e fazerem um juramento, repetindo palavras que ele proferia. "Hoje, reconheço a minha culpa por deixar que sangrassem dos cofres públicos a pouca riqueza do povo, por deixar nas mãos do Estado o destino da minha família, por deixar que alguns criminosos roubassem o futuro de todos (...). Juro ensinar meus filhos a confiar na força do povo. Declaramos, nesse momento, o fim desse governo, pois todo o poder emana de nós. E, se a Dilma não cair, amanhã vai ser maior", dizia a fala. 
Segundo estimativas da BM, outras 207.271 pessoas participaram das manifestações em todo o Estado. No interior, as maiores cidades foram Caxias do Sul e Novo Hamburgo.
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