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Opinião

- Publicada em 31 de Março de 2016 às 17:49

Pessimismo nas agendas de Brasília e Palácio Piratini

Tenta-se inverter os assuntos de uma pauta negativa como está há meses para debates mais positivos ou esperançosos. Entretanto, está difícil. O déficit das contas públicas da União e o parcelamento maior dos vencimentos do funcionalismo no Estado trazem desconforto, ansiedade nos agentes econômicos e pessimismo.
Tenta-se inverter os assuntos de uma pauta negativa como está há meses para debates mais positivos ou esperançosos. Entretanto, está difícil. O déficit das contas públicas da União e o parcelamento maior dos vencimentos do funcionalismo no Estado trazem desconforto, ansiedade nos agentes econômicos e pessimismo.
O ajuste fiscal da União não deslanchou e apenas foram praticados cortes no orçamento. Ainda assim, o País vai fechar com um déficit brutal para 2016, inflação além do teto da meta e por aí vai.
No Rio Grande do Sul, a rebeldia de servidores públicos pelo parcelamento dos vencimentos apareceu com toda força. Mesmo com aumento de impostos e a possível carência de 40% no pagamento da dívida com a União, o déficit é de tal monta que pouco adiantou, continua faltando dinheiro no final do mês.
Assim, seriam benfeitores do Brasil e do Rio Grande do Sul os governantes que resumissem, em breves sentenças, leis e projetos, as grandes verdades nacionais e regionais, apontando soluções, não apenas os problemas pelos quais estamos passando há meses.
Na capital federal há uma agenda chamada de anticrise. Mas de prático pouco aparece. O governo federal está imobilizado pela crise política.
A redução dos ministérios, que antes somavam quase 40, e dos cargos em comissão (CCs) foi aprovada e posta em prática meses após a decisão tomada. No entanto, mesmo com a redução a cerca de 30 pastas, nenhum brasileiro é capaz de enumerar os ministérios e seus titulares, ainda mais agora, com a retirada do PMDB do governo, mesmo que alguns dos sete ministros que o partido detinha queiram ficar nos postos.
De fato, uma retomada das atividades econômicas e a tão sonhada volta do crescimento só virão após a estabilidade política, seja qual for a solução encontrada, ou seja, com ou sem afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT).
Se não passar o impeachment, será preciso reaglutinar forças para que uma agenda de medidas passe no Congresso Nacional. Se a presidente cair por decisão do Legislativo e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumir, também será necessário buscar apoios para colocar em prática a chamada Ponte para o Futuro, documento com propostas de Temer para o País, que encontra adversários no próprio PMDB.
Existem ainda as propostas da Agenda Brasil, o nome genérico das sugestões do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticadas por grupos organizados. É que ONGs ambientalistas elaboraram uma carta de repúdio ao que chamam de "pacote de medidas que aprofunda os retrocessos em questões socioambientais, rifando os direitos territoriais indígenas, a regulação ambiental e colocando o País na contramão das respostas exigidas pelas mudanças climáticas".
A agenda elaborada por Renan ganhou um novo eixo de propostas, chamado "Reforma administrativa do Estado", em que foi sugerida a redução do número de ministérios, estatais e CCs.
Muita teoria, que, na prática, está longe de sair do papel. Tudo isso demonstra as dificuldades do momento e a tentativa de encontrar soluções através do improviso.
É a prova da falta de planejamento no Brasil, do pensamento apenas para o amanhã, nenhum dia adiante. É esse o ambiente nacional, permeado pelo pedido de impeachment, uma incógnita.
 
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