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Opinião

- Publicada em 16 de Março de 2016 às 15:49

O corvo e a dívida pública

Em meio à névoa das incertezas, longe de enxergarem reformas estruturais concretas, os brasileiros estão vivenciando mais uma tempestade econômica, a qual, apenas na era dilmista, se chegar ao fim programado, terá destruído a riqueza nacional no montante de R$ 1 trilhão, segundo o insuspeito economista Paulo Rabello de Castro. O orbe caliginoso de Edgar Alan Poe, em que o corvo vive a repetir never more (nunca mais), está se materializando em terrae brasilis. A inação e a ineficiência governamentais estão proporcionando condições ideais para o surgimento de um furacão econômico, na forma de default, o que aconteceu no fim dos anos 1980 com a dívida externa, mesmo com o Estado brasileiro arrecadando, ano após ano, cada vez mais. Só em 2015 foram R$ 2 trilhões, o que não impediu um déficit primário recorde resultado negativo antes do pagamento dos juros da dívida pública no ano passado.
Em meio à névoa das incertezas, longe de enxergarem reformas estruturais concretas, os brasileiros estão vivenciando mais uma tempestade econômica, a qual, apenas na era dilmista, se chegar ao fim programado, terá destruído a riqueza nacional no montante de R$ 1 trilhão, segundo o insuspeito economista Paulo Rabello de Castro. O orbe caliginoso de Edgar Alan Poe, em que o corvo vive a repetir never more (nunca mais), está se materializando em terrae brasilis. A inação e a ineficiência governamentais estão proporcionando condições ideais para o surgimento de um furacão econômico, na forma de default, o que aconteceu no fim dos anos 1980 com a dívida externa, mesmo com o Estado brasileiro arrecadando, ano após ano, cada vez mais. Só em 2015 foram R$ 2 trilhões, o que não impediu um déficit primário recorde resultado negativo antes do pagamento dos juros da dívida pública no ano passado.
Deveras. A levar em consideração somente o valor dos juros anuais que estão sendo pagos (R$ 500 bilhões em 2015, contra R$ 350 bilhões investidos em educação), e o fato de as principais agências de classificação de risco terem retirado o Brasil do grau de investimento, chega-se à previsão lógica que, em um futuro próximo, será dado o calote. Resta saber em quem. O mais provável é que seja nos credores da dívida interna, o que, de certa maneira, já está sendo feito por meio de um expediente pouco perceptivo, qual seja, de uma inflação crescente, método esse utilizado por muitos países, que aumentam suas taxas de inflação, alguns de forma explícita, o que ocorreu no passado com a Alemanha, onde hodiernamente prevalece a lógica da austeridade, que, conforme Thomas Piketty, em sua obra Le capital au XXI siècle (2013), foi o "país que mais recorreu à inflação (...) para se livrar das dívidas públicas ao longo de sua história". É pertinente lembrar que a dívida em si não é um problema. A credibilidade sim. O Japão deve 245% do seu PIB e tem juros negativos, mas o governo possui a confiança dos investidores, o que não acontece no Brasil.
Advogado
 
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