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Opinião

- Publicada em 13 de Março de 2016 às 17:57

Protestos ordeiros merecem respostas positivas

Após intensos debates nas áreas jurídica e política, eis que realizaram-se manifestações pedindo o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e apoiando as investigações da Operação Lava Jato, além de repulsa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há quem compare, com razão, os movimentos espontâneos nas ruas e avenidas das capitais brasileiras e outras cidades do País à campanha Diretas Já, ocorrida nos anos de 1983/1984, pela volta da democracia, após o regime militar, entre 1964 e 1985. Na época, houve o crescimento do movimento, que coincidiu com o agravamento da crise econômica, fechando o ano de 1983 com uma inflação de 239% e uma profunda recessão.
Após intensos debates nas áreas jurídica e política, eis que realizaram-se manifestações pedindo o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e apoiando as investigações da Operação Lava Jato, além de repulsa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há quem compare, com razão, os movimentos espontâneos nas ruas e avenidas das capitais brasileiras e outras cidades do País à campanha Diretas Já, ocorrida nos anos de 1983/1984, pela volta da democracia, após o regime militar, entre 1964 e 1985. Na época, houve o crescimento do movimento, que coincidiu com o agravamento da crise econômica, fechando o ano de 1983 com uma inflação de 239% e uma profunda recessão.
Os brasileiros demonstraram que não desejam somente que os políticos sejam probos e operantes no trato da coisa pública, mas que também pensem por eles e para eles. Tal a quantidade de manifestantes, que ninguém pode ficar indiferente. O desfecho do que foi visto caberá às instâncias político-jurídico-constitucionais, mas o recado das ruas está dado. E merece uma resposta positiva do governo.
Simultaneamente, as investigações da Operação Lava Jato vêm abrindo, cada vez mais, os tentáculos em busca de provas contundentes contra empresários, políticos e mandatários, muito além do âmbito da Petrobras, embora seja na estatal de petróleo o fulcro de tudo o que tem sido apurado até agora.
Tudo indica que a oposição ao governo e ao PT justifica suas críticas julgando que, quando menos se acredita em milagres, aí mesmo que os oposicionistas estão a exigir por conta dos milhares, talvez mais de um milhão, dos que acorreram às ruas e avenidas de capitais e outras cidades brasileiras. A justa indignação teve um belo exemplo em Porto Alegre, onde o direito à contestação com o exercício da democracia de maneira ordeira aconteceu nos populares Parcão e Redenção, neste domingo, contra e a favor da presidente.
As manifestações tiveram o seu lado positivo, independentemente da contestação ou do apoio à presidente Dilma Rousseff ou ao ex-presidente Lula da Silva. No entanto, é necessário o equilíbrio positivo, que é a indignação por vários motivos. O desregramento e o pedido de soluções extralegais ou de força podem macular os sentimentos verdadeiros e corretos dos que postulam por seus ideais.
Felizmente que da prática do direito às manifestações não se passou para a baderna de grupos de agitadores. Então, houve a manifestação, mas, antecipadamente, a presidente Dilma Rousseff declarou, alto e bom som, que não renunciaria, como pedido pela oposição antes mesmo das passeatas.
Quanto ao pedido de prisão do ex-presidente Lula feito por promotores do Ministério Público de São Paulo, a decisão da juíza para quem o julgamento foi encaminhado virá só mais tarde, à luz da legislação vigente.
Passeatas após passeatas, muito debate, mas cumprindo sempre a liturgia do ordenamento jurídico e obediente à Constituição, o Brasil vai amadurecendo. Entretanto, os brasileiros enganam-se demais quando esperam encontrar a sua felicidade cívica mais na forma dos nossos governantes do que na reforma dos nossos costumes e cultura. É que o Brasil é a soma dos comportamentos de cada um de nós, desde a mocidade até as idades provectas. Afinal, esse comportamento reflete a nossa maneira de ser, pensar, agir e lidar com os malfeitos que, nos últimos anos, têm tirado a autoestima do País e arrancado esperanças, deixando apenas o medo do futuro.
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