Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 10 de Março de 2016 às 17:44

Manifestações devem ser democráticas e pacíficas

Estão previstas manifestações públicas em diversas capitais e outras cidades do País neste domingo. Ser contra e ir pedir que esse ou aquele político saia do governo é tolerável e faz parte do jogo democrático.
Estão previstas manifestações públicas em diversas capitais e outras cidades do País neste domingo. Ser contra e ir pedir que esse ou aquele político saia do governo é tolerável e faz parte do jogo democrático.
As pessoas falam, gritam, portam faixas, cartazes pelo impeachment e pedem que a presidente Dilma Rousseff (PT) deixe o cargo para o qual foi reeleita nas urnas em 2014.
Paralelamente, manifestantes pró-Dilma e também apoiadores do ex-presidente Lula (PT) estarão nas ruas de Porto Alegre. Porém, a própria presidente Dilma não julgou uma boa ideia oponentes estarem lado a lado no mesmo dia e hora em São Paulo e outras capitais, o ato alinhado ao PT e centrais sindicais foi transferido para o final da próxima semana.
Espera-se que na capital gaúcha, onde está previsto o protesto contra Dilma, no Parque Moinhos de Vento (Parcão), e foi mantido o ato pró-Dilma, no Parque Farroupilha (Redenção), as manifestações sejam democráticas com cada um expondo suas ideias e ordeiras, isto é, com respeito a opiniões contrárias, sem resvalar para o enfrentamento. Também se espera que a Brigada Militar esteja atenta e impeça qualquer tipo de confusão. Pacíficas, as manifestações são aceitas, sempre.
Bravatas de ambos os lados foram disparadas nos últimos dias. Porém, fora das instituições Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando com liberdade e obedecendo ao receituário legal não temos saída. Essa, com todos os seus defeitos, é a democracia.
Ou, então, virá a ilegalidade que tantos dissabores nos causou no passado. Os jovens são voluntariosos e não têm medo, o que os leva sempre a querer mudanças, às vezes, aqui e agora, o que nem sempre é possível, pelo menos na velocidade desejada e no nosso sistema presidencialista.
Portanto, é preciso esperar que as instituições funcionem no Estado Democrático de Direito, claro, com a imprensa livre para exercer o seu papel de informar.
Se no Brasil tivemos e ainda passamos por problemas, não podemos esquecer da chamada Primavera Árabe, que tirou do poder pessoas ou governos considerados corruptos, e o que temos hoje, em alguns países da região, é muita desorganização além da presença do Estado Islâmico.
O escritor, jornalista e militante paquistanês Tariq Ali afirmou que as pessoas perderam o medo da morte. Elas decidiram que preferem morrer a desistir. A reflexão diz respeito ao ideal dos integrantes das revoltas da Primavera Árabe. As mobilizações denotaram a consciência política e o estado de indignação das populações com o governo em países como Tunísia e Egito.
No Brasil, começando por Porto Alegre e a irrealística proposta de tarifa zero no transporte coletivo, escancarou-se o exagero de certas reivindicações. Os manifestantes têm, simultaneamente, muitas reivindicações e poucas (ou nenhuma) soluções para a maneira de mudar o que julgam errado.
Mas, se ninguém reclamar, tudo ficará como antes. Por isso, manifestações pacíficas são não apenas aceitáveis, mas salutares para o sistema democrático. Acontece que a história é um processo muito original, uma vez que se pode levar muito tempo para mudar a realidade vivida.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO