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Opinião

- Publicada em 04 de Março de 2016 às 15:55

O País espera que a Justiça sempre impere e julgue

Os desdobramentos de tudo o que tem sido descoberto no País nos últimos tempos trazem uma sensação de que as falcatruas reveladas em órgãos públicos chegaram a tal ponto que seria muito difícil combatê-las e erradicá-las. Ela, a corrupção, existiria desde o Descobrimento do Brasil, há nada menos do que 516 anos. Ora, mas aceitar isso é intolerável.
Os desdobramentos de tudo o que tem sido descoberto no País nos últimos tempos trazem uma sensação de que as falcatruas reveladas em órgãos públicos chegaram a tal ponto que seria muito difícil combatê-las e erradicá-las. Ela, a corrupção, existiria desde o Descobrimento do Brasil, há nada menos do que 516 anos. Ora, mas aceitar isso é intolerável.
Um juiz federal, Sérgio Moro, ao simplesmente fazer a sua obrigação, passou a ser figura venerada por milhões de brasileiros, na chamada Operação Lava Jato, que está em sua 24ª etapa, investigando crimes e desvio de recursos da Petrobras.
Porém, ao permitir que a Polícia Federal levasse de maneira coercitiva o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser interrogado, levantou vozes contrárias, pois o ato seria desnecessário, já que Lula poderia depor espontaneamente. Isso é assunto para os doutos em Direito e os debates se sucederão.
Mas é preciso encarar o problema da punição aos malfeitores. Mesmo que a corrupção seja uma "senhora idosa", pode estar em todo lugar. Certo, pois pessoas corruptas existem em todos os lugares e em todos os países.
Porém, o que nos interessa é combatê-la aqui, no País no qual atingiu índices para lá de intoleráveis. Tanto que milhares de pessoas saíram às ruas em dezenas de cidades, em mais de uma oportunidade, defendendo o combate à corrupção.
Então, vamos tirar todos os direitos e encarcerar essa hipotética senhora idosa em uma casa geriátrica de onde não poderá sair até o fim dos seus dias.
O juiz Sérgio Moro afirmou que, apesar da reclamação de advogados que defendem empreiteiras e outros presos preventivamente na Operação Lava Jato, ele entende que autorizou o uso do mecanismo dentro das excepcionalidades previstas em lei.
Quanto aos acordos de leniência, criticados pelos que acabaram denunciados, são acertos semelhantes às delações premiadas, mas para as empresas, desde que cumpram os requisitos de se comprometerem a abandonar as práticas ilícitas, de revelar fatos e de trocar o comando interno que se mostrou comprometido com a corrupção. Assim, a empresa tem que fazer sua faxina doméstica.
O conluio entre público e privado ficou provado no escândalo da Petrobras, tristemente. É aquilo que sempre se repete: não existem empresas ou instituições corruptas, mas pessoas de má índole e aproveitadoras, ansiosas pelo dinheiro acima de tudo. Sem ética, sem preceitos e, o pior, talvez, sem temer a Justiça, na certeza da impunidade. Mas isso está mudando.
Com a pressão da opinião pública e da imprensa em geral, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário que se automodifiquem em busca de celeridade e punições, sem tantas delongas, como insiste em acontecer, nos processos de corrupção que são julgados.
Entre a investigação, a apuração e a apresentação de provas corre um tempo demasiado. A honrosa exceção, está sendo a Operação Lava Jato. A sensação de que a desonestidade impera no País e não somente na política liquida com a autoestima de todos nós.
Enfim, como a verdade liberta, temos que acreditar na Justiça, sem que abusos sejam cometidos, é claro. A presunção da inocência é básica, até prova em contrário.
 
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