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Relações diplomáticas

- Publicada em 17 de Março de 2016 às 15:11

Obama se reunirá com dissidentes em Havana

 INT - Trabalhadores cubanos trabalham em torno do Capitólio, em Havana, Cuba, para a chegada do presidente dos EUA, Barack Obama  Workers repair a street near the Capitol in Havana, on March 16, 2016, during preparations ahead of US President Barack Obama's visit. The White House on Tuesday opened the door wide for Americans to visit Cuba, even as tourism remains officially banned days before Obama's historic visit to the communist island. AFP PHOTO/YAMIL LAGE

INT - Trabalhadores cubanos trabalham em torno do Capitólio, em Havana, Cuba, para a chegada do presidente dos EUA, Barack Obama Workers repair a street near the Capitol in Havana, on March 16, 2016, during preparations ahead of US President Barack Obama's visit. The White House on Tuesday opened the door wide for Americans to visit Cuba, even as tourism remains officially banned days before Obama's historic visit to the communist island. AFP PHOTO/YAMIL LAGE


YAMIL LAGE/AFP/JC
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que chega a Cuba neste domingo, fará um discurso "ao povo cubano" no último dia de sua histórica visita. Segundo a Casa Branca, o governo local não mostrou resistência a que o discurso seja transmitido ao vivo pela TV no país.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que chega a Cuba neste domingo, fará um discurso "ao povo cubano" no último dia de sua histórica visita. Segundo a Casa Branca, o governo local não mostrou resistência a que o discurso seja transmitido ao vivo pela TV no país.
Será a primeira visita de um presidente dos EUA à ilha em quase 90 anos. Com a viagem, Obama espera consolidar o processo de reaproximação com a ilha comunista para que ele se torne irreversível, apesar das resistências do opositor Partido Republicano em suspender o embargo econômico a Cuba. Os dois países retomaram as relações no fim de 2014, depois de cinco décadas de rompimento.
Obama espera ter seu maior público no discurso "ao povo cubano" na terça-feira, último dia da visita. Ele será realizado no Gran Teatro de La Habana, com capacidade para cerca de mil pessoas. Parte delas foi escolhida pelos Estados Unidos, principalmente jovens, contou o vice-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes.
Nesta quinta-feira, era possível ver a preparação nas ruas da cidade para sua chegada. Em torno do prédio do Capitólio, operários trabalhavam no reparo de calçadas. Muitos cidadãos vestiam roupas com a estampa da bandeira dos Estados Unidos.
"Será um momento muito importante da visita do presidente e uma oportunidade para ele descrever o curso em que estamos, revisar a complicada história entre nossos países e falar da razão por trás dos passos que tomamos", disse Rhodes. "E também olhar para o futuro, projetar sua visão de como Estados Unidos e Cuba podem trabalhar juntos."
Ele espera que os cubanos possam ver o discurso na TV e afirmou que Obama não tem intenção de dizer aos cidadãos da ilha o que é melhor para eles.
"No fim das contas, ele deixará claro que cabe ao povo cubano decidir", ressaltou Rhodes. "Temos confiança na capacidade do povo cubano de fazer coisas extraordinárias."
O avião presidencial chega a Havana na tarde de domingo e, no dia seguinte, Obama se reúne com o presidente Raúl Castro, com quem discutirá formas de ampliar as relações. Também tocará em pontos sensíveis, como direitos humanos, afirmou a Casa Branca. A agenda do presidente inclui ainda encontros com "a sociedade civil", incluindo ativistas de direitos humanos e dissidentes.
Como parte da visita, Obama também irá a um jogo de beisebol entre o time norte-americano Tampa Bay Rays e a seleção cubana. Beisebol é uma paixão em comum entre os países. Não está previsto um encontro com Fidel Castro, informou a Casa Branca.
 

Na Argentina, presidente irá a homenagem a vítimas da ditadura

De Cuba, Obama ruma para a Argentina, onde está programada, em Buenos Aires, uma homenagem às vítimas da última ditadura no país (1976-1983). Ainda não há informações sobre o local onde ocorrerá o evento. Possivelmente, será na manhã do dia 24 data em que o golpe de Estado argentino completará 40 anos , antes de o presidente seguir para Bariloche.
Inicialmente, considerou-se uma visita à Escola Superior da Marinha (Esma) principal centro de tortura na ditadura. Após manifestação de entidades que procuram parentes desaparecidos durante o período, porém, a ideia teria sido descartada. A agenda já foi alterada pelo menos duas vezes após críticas em relação à data da viagem.
Manifestações de associações de direitos humanos e de partidos políticos de esquerda costumam ocorrer no dia 24 de março para relembrar o golpe. Essas organizações são contra a presença de Obama nas celebrações devido à colaboração norte-americana com a ditadura. Para evitar incidentes, a Casa Branca decidiu realizar a viagem para Bariloche.
Obama chegará acompanhado da mulher, das filhas e da sogra na noite de 22 de março. Na manhã seguinte, se reunirá com seu par argentino, Mauricio Macri. Os dois deverão discutir questões de economia, segurança, mudanças climáticas, democracia e direitos humanos. Em seguida, visitará a catedral da cidade.