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Trabalho

- Publicada em 30 de Março de 2016 às 18:09

Desemprego volta a subir e atinge 186 mil pessoas

FEE aponta queda no nível de ocupação em quase todos os setores

FEE aponta queda no nível de ocupação em quase todos os setores


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A taxa de desemprego de Porto Alegre e Região Metropolitana (RMPA) aumentou novamente e já representa 10,1% da População Economicamente Ativa (PEA), composta por 1,837 milhão pessoas em fevereiro. Pesquisa da Fundação de Economia e Estatística (FEE) aponta que, neste período, ocorreu queda do nível de ocupação em quase todos os setores. Ao todo, a atividade econômica da região perdeu 26 mil postos - volume que acabou sendo amenizado pela saída de 20 mil pessoas do mercado de trabalho. O resultado foi de 6 mil indivíduos a engrossar o grupo de desempregados da Capital e Região, que alcançou o patamar de 186 mil pessoas em fevereiro.
A taxa de desemprego de Porto Alegre e Região Metropolitana (RMPA) aumentou novamente e já representa 10,1% da População Economicamente Ativa (PEA), composta por 1,837 milhão pessoas em fevereiro. Pesquisa da Fundação de Economia e Estatística (FEE) aponta que, neste período, ocorreu queda do nível de ocupação em quase todos os setores. Ao todo, a atividade econômica da região perdeu 26 mil postos - volume que acabou sendo amenizado pela saída de 20 mil pessoas do mercado de trabalho. O resultado foi de 6 mil indivíduos a engrossar o grupo de desempregados da Capital e Região, que alcançou o patamar de 186 mil pessoas em fevereiro.
Em janeiro, a taxa de desemprego foi de 9,7%. "Ainda é preciso considerar que havia mais indivíduos na PEA", destaca a economista da FEE Iracema Castelo Branco. O desempenho negativo ocorreu principalmente no setor de serviços, que reduziu 15 mil vagas; seguido pela indústria, com menos 12 mil postos; e a construção, onde foram enxugados 5 mil empregos. O único setor que admitiu trabalhadores em fevereiro foi o do comércio, com 6 mil ocupados a mais que em janeiro.
Quando se mede a posiçãona ocupação, a queda se deu entre os assalariados, tanto no setor privado quanto no público, com 16 mil e 10 mil trabalhadores a menos, respectivamente. Iracema explica que, no caso do setor público, muito deste contingente pode vir a ser de novos aposentados, uma vez que o receio em relação às mudanças na legislação da Previdência Social acaba sendo decisivo na escolha por sair do mercado. Entre os trabalhadores com carteira assinada, o recuo foi de 18 mil pessoas. As atividades que cresceram foram o emprego doméstico, com 4 mil indivíduos a mais, e os trabalhadores sem carteira assinada - ou seja, 2 mil pessoas migraram para atividades informais.
"Isso retrata a deterioração do mercado de trabalho que vem ocorrendo desde 2015", analisa Iracema. No ano passado, foram inseridos 8 mil pessoas a mais no grupo de trabalhadores sem carteira assinada em toda a Região Metropolitana da Capital, segundo a economista. Também houve queda na variação dos rendimentos de janeiro de 2016 frente a dezembro de 2015 para ocupados (-0,5% da renda de janeiro) e autônomos (- 0,6%). Apenas os assalariados obtiveram alta de 0,5% na renda do período. Já a massa de rendimentos, que estava em retração, se manteve estável entre dezembro e janeiro, com redução de 3% para ocupados e 1,4% para assalariados.
A economista da FEE destaca que, na comparação com fevereiro de 2015, ocorreu ainda um "aumento muito forte no desemprego e total de desempregados". "Em fevereiro de 2015, a taxa de desemprego era de 5,8%", compara. No período de 12 meses, o número total de desempregados aumentou em 75 mil pessoas, enquanto 84 mil pessoas saíram da PEA.

Masisa deve pagar R$ 900 mil por danos morais coletivos

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Santa Cruz do Sul firmou termo de ajuste de conduta (TAC) com a Masisa do Brasil, de Montenegro. A empresa deverá pagar indenização de R$ 900 mil como reparação por danos morais coletivos causados pelo descumprimento de normas básicas de saúde e segurança do trabalho, que tiveram como consequência acidente ocorrido no dia 22 de setembro de 2012. A explosão, seguida de incêndio, matou cinco trabalhadores.
Os valores a serem pagos serão revertidos em favor de entidades, fundos ou projetos voltados para a comunidade abrangida pelo MPT em Santa Cruz do Sul, sendo 50% garantidos à região de Montenegro e Triunfo, onde ocorreu o acidente. A fábrica, que produz painéis de MDF, pagará o valor da indenização em nove parcelas de R$ 100 mil.
"Muito embora a empresa tenha adequado a planta industrial após o acidente, promovendo a segurança dos seus trabalhadores, os impactos causados à comunidade não deixaram dúvida da necessária compensação dos bens extrapatrimoniais lesados, através da fixação de valor por dano moral coletivo", explica a procuradora do Trabalho Enéria Thomazini, responsável pelo caso.
Em caso de descumprimento da obrigação de pagamento ou entrega dos bens, a empresa ficará sujeita à execução do valor original da multa, deduzidos os valores comprovadamente já desembolsados para cumprimento deste acordo, além do pagamento de multa de R$ 100 mil até efetiva comprovação de descumprimento.