Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado de Capitais

- Publicada em 27 de Março de 2016 às 19:46

Analistas veem queda exagerada do dólar

A recente desvalorização do dólar em relação ao real é explicada por uma conjunção de fatores externos e internos. O principal motivo externo é a valorização dos preços das commodities, especialmente o do petróleo, o que beneficia moedas de países emergentes, como o Brasil. O outro fator que tem acrescentado maior volatilidade à cotação da moeda norte-americana é o político.
A recente desvalorização do dólar em relação ao real é explicada por uma conjunção de fatores externos e internos. O principal motivo externo é a valorização dos preços das commodities, especialmente o do petróleo, o que beneficia moedas de países emergentes, como o Brasil. O outro fator que tem acrescentado maior volatilidade à cotação da moeda norte-americana é o político.
O mercado financeiro passou a "precificar" a eventual saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do poder. Isso se refletiu na alta da Bolsa de Valores e na queda do dólar ao longo deste mês. Analistas afirmam que a baixa da moeda dos EUA no Brasil tem sido exagerada, por se tratar de um movimento especulativo por causa do cenário político. Assim, a qualquer momento, a direção da moeda pode mudar.
O dólar à vista chegou a ser negociado a R$ 3,58 - o menor patamar em quase sete meses - no dia 22. No dia seguinte, com uma atuação mais forte do Banco Central na oferta de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares pela autoridade monetária) e especulações sobre uma alta dos juros americanos, subiu para quase R$ 3,67. Porém, ainda longe do nível visto no final de fevereiro (R$ 3,97). Em 21 de janeiro, a moeda americana à vista atingiu a cotação de R$ 4,14, o maior valor nominal (sem correção pela inflação) desde a criação do Plano Real.

Investidores adotam cautela, e Ibovespa cai apenas 0,07%

arte_bolsa_bovespa.jpg

arte_bolsa_bovespa.jpg


A Bovespa passou a quinta-feira por certa realização de lucros, por meio da venda de ações, mas o movimento foi limitado, com players evitando mudanças radicais de posições neste momento de indefinição no cenário político. O Ibovespa chegou a cair 1,84% no início do dia, mas desacelerou as perdas no decorrer da sessão. No fim, após alguma melhora dos índices de ações em Nova Iorque, o Ibovespa fechou em leve baixa de 0,07%, aos 49.657 pontos.
Entre as ações de referência para o índice, Petrobras ON subiu 0,71%, aos R$ 9,99, e Petrobras PN teve alta de 0,39%, aos R$ 7,81. Os papéis da Vale, após chegarem a cair mais cedo, terminaram com ganhos consistentes: 6,59% o ON e 8,29% o PN.
Depois de ultrapassar a marca de R$ 3,70, o dólar comercial acabou recuando e encerrou a quinta-feira em pequena alta: 0,12%, cotado a R$ 3,68. Com o resultado, a moeda norte-americana fechou a semana, de quatro dias, em 2,78%.

Crise dos 'coco bonds' derruba título de dívida do Banco do Brasil

Um dos títulos de dívida do Banco do Brasil (BB) de maior sucesso vendidos no exterior, os 'coco bonds' virou um mico neste ano por motivos alheios à crise política brasileira e à situação particular da instituição. Isso aconteceu com os chamados títulos perpétuos do BB, quer permitiram ao banco levantar US$ 1 bilhão no início de 2012 e que chegaram a perder mais de 30% do seu valor apenas neste ano.
No caso dos perpétuos do BB, a baixa ocorreu para equipará-los, proporcionalmente, aos preços de títulos semelhantes de bancos como o italiano Unicredit e o alemão Deutsche Bank, que têm grau de investimento (selo de bom pagador) e também foram punidos com a crise do petróleo. Os papéis do BB chegaram a ser negociados em fevereiro com desconto de quase 50%.