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Turismo

- Publicada em 27 de Março de 2016 às 22:20

Pacote de volta ao mundo conquista classe AA

Vilarejo de Listvyanka, às margens do lago Baikal, na Rússia, é um dos destinos exóticos visitados

Vilarejo de Listvyanka, às margens do lago Baikal, na Rússia, é um dos destinos exóticos visitados


VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Enquanto a classe C desaparece das agências de turismo e a classe B troca os pacotes internacionais por destinos brasileiros, os perfis A e AA alçam novos e exóticos voos. Nem sempre pelos ares. Recentemente, a TT Operadora Lufthansa City Center criou um produto inédito: a volta ao mundo a bordo de um trem - ou melhor, sete trens. Com apenas dois trechos realizados por via aérea, a viagem percorre 18 mil quilômetros sobre trilhos, para visitar 15 cidades de três continentes em 33 dias.
Enquanto a classe C desaparece das agências de turismo e a classe B troca os pacotes internacionais por destinos brasileiros, os perfis A e AA alçam novos e exóticos voos. Nem sempre pelos ares. Recentemente, a TT Operadora Lufthansa City Center criou um produto inédito: a volta ao mundo a bordo de um trem - ou melhor, sete trens. Com apenas dois trechos realizados por via aérea, a viagem percorre 18 mil quilômetros sobre trilhos, para visitar 15 cidades de três continentes em 33 dias.
Oferecido pela Operadora Uneworld com exclusividade no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o pacote custa € 39,245 mil por pessoa em categoria Silver e € 42,920 mil para quem optar pela categoria Gold (ambas com cabines de acomodação dupla). O limite é de 24 passageiros. Desde o lançamento, em janeiro, já ocorreu a negociação de duas cabines.
A saída do Brasil está marcada para o dia 24 de agosto deste ano, com destino a Lisboa (Portugal). De lá, no dia seguinte, se inicia o trecho por trilhos, com o primeiro desembarque em Paris (França), seguido mais adiante por uma parada para degustação de vinhos e almoço em uma cave na fronteira com a Espanha, enquanto as malas são transferidas para outro trem, que, desta vez, irá percorrer a rota transeuropeia até Moscou (Rússia).
No caminho, os passageiros têm outras alternativas além de contemplar as muitas paisagens. A bordo, ocorrerão palestras culturais e eventos temáticos sobre os países a serem visitados. O próximo destino é Wladiwostok (Rússia), desta vez, percorrendo a centenária ferrovia transiberiana por 12 dias, em meio aos Montes Urais.
"É um turismo de experiência, semelhante a uma viagem de cruzeiro", com exceção de que também ocorrem algumas descidas para pernoites em hotéis, compara o diretor da UneWorld, Fabian Saraiva. As paradas em cinco países deste percurso também servem para conhecer a história de lugares como Iekaterinburgo, onde membros da última família imperial russa foram executados pelos bolcheviques, em 1918; Irkutsk, cidade conhecida como a "Paris da Sibéria", e o vilarejo de Listvyanka, às margens do lago Baikal.
A missão de passar estas informações fica a cargo de guias que falam em português. De Wladiwostok, o grupo voa para Vancouver (Canadá), onde embarca novamente em um trem (que para primeiro em Toronto) até Nova Iorque, onde, após dois dias de passeios, a viagem termina. "É um convite à imersão nas culturas locais, através da gastronomia, arte, história, música e arquitetura de cada canto visitado, desfrutando da experiência única de uma volta ao mundo", descreve a consultora de viagem da TT Operadora, Irina Fouquet. A ideia é, em parte, semelhante à expedição "A Origem do Homem e Seus Deuses", tema que a Operadora Latitudes escolheu para seu produto de volta ao mundo em um jato particular para 50 pessoas em primeira classe. A iniciativa foi pioneira no Brasil, segundo o diretor executivo da operadora, Alexandre Cymbalista.

Roteiro inclui visitas a 10 sítios arqueológicos da Unesco pelo período de 25 dias

Vilarejo de Listvyanka, às margens do lago Baikal, na Rússia, é um dos destinos exóticos visitados

Vilarejo de Listvyanka, às margens do lago Baikal, na Rússia, é um dos destinos exóticos visitados


VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
A Operadora Latitudes lançou seu produto de volta ao mundo em 2014, e, em fevereiro de 2015, realizou a viagem que contou com um médico a bordo, para qualquer emergência. Um historiador e um fotógrafo da National Geographic ministraram palestras durante percurso sobre a origem do homem e sua migração da África até as Américas - e todas as religiões que surgiram a partir do desenvolvimento da humanidade, desde as mais primitivas. "Podemos chamar de turismo de experiência, cultural e de conteúdo", define um dos sócios da empresa, Alexandre Cymbalista. "No roteiro, também conhecemos 10 sítios arqueológicos que são Patrimônios da Humanidade pela Unesco."
O trajeto de 25 dias foi feito a partir de São Paulo, passando por Ilha da Páscoa (na Costa Oeste do Chile), depois Tahiti (na ilha de Bora Bora (foto 4), na Polinésia Francesa) e Papua-Nova Guiné (Oceania) - este um dos destinos mais remotos que existem e onde se encontram tribos que mantêm rituais, culturas e estilo de vida muito antigos -, seguindo para a Ilha de Java (Indonésia), onde há o maior sítio arqueológico budista do mundo, em território islâmico. "De lá, ainda fomos para Mianmar, antiga Birmânia, um dos lugares mais preservados do Sudeste asiático em termos de turismo", comenta Cymbalista.
O grupo ainda seguiu para a Índia, onde conheceu o Taj Mahal (foto 1), em Agra; depois Petra (foto 3), na Jordânia, colonizada pelos nabateus (uma das tribos árabes); e de lá foi para a Tanzânia (foto 2), na África Oriental, onde surgiram os primeiros homo sapiens. O último destino foi Kepital, na África do Sul. Além de passar por todos estes lugares incomuns, os passageiros aproveitaram de pernoites em hotéis de luxo, com tudo incluso e uma série de luxos que um investimento de US$ 108 mil (por pessoa) pode pagar. "O sucesso foi tanto que queremos repetir esta expedição em 2018", avisa o diretor da Latitudes.
 

Mulheres solteiras são maioria entre o público

O perfil de consumidor de pacotes de volta ao mundo é de pessoas acima de 40 anos, alguns casais e muitas mulheres solteiras - em geral que já conhecem muito bem tanto a Europa como os Estados Unidos. "É um pacote que atrai pessoas viajadas, que querem conhecer algo diferenciado do convencional e vivenciar novas experiências", explica o diretor da UneWorld, Fabian Saraiva.
O turismo do exótico e da experiência também atrai muitos herdeiros de fortunas, completa Saraiva. "Estamos buscando oferecer serviço mais no estilo boutique. Este será o futuro da cadeia de turismo, trabalhar produtos mais elaborados, para se manter no mercado - deixando os pacotes mais comuns para agências on-line."
O diretor UneWorld teve a oportunidade de realizar o percurso transibeirano e transmongoliano, apreciando paisagens muito diferentes em 8 mil quilômetros do decorrer da mistura de dois continentes, saindo da civilização asiática até a europeia e russa. "É muito interessante passar por toda a Eurásia, percebendo a mudança da arquitetura, da civilização, dos costumes, da gastronomia e da postura e estilo de vida destes povos", resume. Este é um outro produto que a Uneworld oferece, avisa o diretor da operadora gaúcha.