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Trabalho

- Publicada em 22 de Março de 2016 às 18:00

Fevereiro tem maior queda do emprego em 25 anos

 FOTOS DE FACHADA DAS LOJAS: RABUSH, COLOMBO E RAINHA DAS NOIVAS ? E IMAGENS DE PESSOAS COMPRANDO NESTAS LOJAS.

FOTOS DE FACHADA DAS LOJAS: RABUSH, COLOMBO E RAINHA DAS NOIVAS ? E IMAGENS DE PESSOAS COMPRANDO NESTAS LOJAS.


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O agravamento da crise econômica fez fevereiro registrar a maior queda do emprego formal em 25 anos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o País fechou 104.582 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado.
O agravamento da crise econômica fez fevereiro registrar a maior queda do emprego formal em 25 anos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o País fechou 104.582 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado.
O número leva em conta a diferença entre demissões e contratações, e é o maior para fevereiro desde 1992, quando começou a pesquisa. Apenas nos últimos 12 meses, o País eliminou 1.706.985 postos de trabalho, o que equivale à diminuição de 4,14% no contingente de empregados com carteira assinada. Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram em fevereiro, com destaque para comércio (-55.520 vagas), indústria de transformação (-26.187 vagas) e construção civil (-17.152 vagas). O único setor a registrar mais contratações que dispensas foi a administração pública, que criou 8.583 postos de trabalho no mês passado.
Com o resultado de fevereiro, o Brasil acumula o fechamento de 204.912 vagas formais de trabalho em 2016 na série ajustada, que leva em conta declarações de janeiro entregues fora do prazo. Os estados que mais fecharam postos de trabalho em fevereiro foram Rio de Janeiro (-22.287 vagas), São Paulo (-22.110 vagas) e Pernambuco (-15.874 vagas). Apenas seis estados contrataram mais do que demitiram: Rio Grande do Sul (6.070 vagas criadas), Santa Catarina (4.793), Mato Grosso (3.683), Goiás (2.327), Mato Grosso do Sul (1.124) e Tocantins (com apenas 88 postos criados).
Por regiões, o Nordeste liderou o fechamento de postos de trabalho no mês passado, com a extinção de 58.349 vagas. Em seguida vêm Sudeste (-51.871) e Norte (-7.834). No entanto, o Sul criou 8.813 vagas; e o Centro-Oeste, 4.659 vagas em fevereiro.
Mesmo com o desempenho positivo do Sul e do Centro-Oeste, todas as regiões registram fechamento líquido de postos de trabalho nos últimos 12 meses. A região que mais demitiu foi o Sudeste, com a extinção de 959.958 postos, seguida do Nordeste (-298.301 postos), do Sul (-261.776 postos), do Norte (-107.454) e do Centro-Oeste (79.606).

Gestão da água é essencial para geração de emprego, diz ONU

A gestão da água é fundamental para a geração de empregos e para o desenvolvimento econômico, aponta o Relatório da ONU sobre o Desenvolvimento Mundial dos Recursos Hídricos, lançado ontem em mais de 20 países, entre eles o Brasil. O estudo, que neste ano tem como foco principal o mercado de trabalho, concluiu que três em cada quatro empregos dependem da água.
O documento afirma que a oportunidade para geração de trabalho está diretamente ligada com a gestão sustentável dos recursos hídricos. A agricultura, a pesca e a silvicultura concentram 1 bilhão de trabalhadores, que usam 70% da água mundial - dados que preocupam se for considerada a possibilidade de escassez.
"A seca pode causar fim da produtividade agrícola e, consequentemente, desemprego no campo e êxodo rural. Essas pessoas não necessariamente estarão habilitadas para atuar nos postos de trabalho urbanos. Isso gera insegurança, instabilidade e ainda mais desemprego", apontou a consultora da ONU Ângela Ortigara, doutora em Engenharia Ambiental.
A relação entre os recursos hídricos disponíveis e a retirada de água para uso tende ao estresse hídrico, afirma também o documento. As Nações Unidas sugerem que, para embasar suas ações de gestão hídrica, os governos invistam em produzir "dados robustos", como estimar as situações atual e futura dos recursos, a demanda por água, a quantidade de trabalhadores formais e informais, o tempo de trabalho e o perfil dos empregados.
A ONU também recomenda investimentos em fontes alternativas de água (a cada US$ 1 milhão, gera-se de 10 a 15 empregos), na gestão de água da chuva (de 5 a 20 empregos) e na recuperação ambiental (de 10 a 72 empregos). "A transição para uma economia mais verde aumenta as oportunidades de trabalhos decentes", afirmou Ângela.