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Conjuntura

- Publicada em 22 de Março de 2016 às 22:04

Índice de desenvolvimento gaúcho cresce 1,7%

Kang mostra avanços do Estado, mas o Idese é considerado médio

Kang mostra avanços do Estado, mas o Idese é considerado médio


FREDY VIEIRA/JC
Apesar de ter crescido 1,7% - passando de 0,734 em 2012 para 0,747 em 2013 -, o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) do Rio Grande do Sul ainda não é alto, sendo considerado de nível médio (entre 0,500 e 0,799), segundo dados do Núcleo de Indicadores Sociais (NIS) da Fundação de Economia e Estatística (FEE). "O estado tem melhorado bastante em seus índices de desenvolvimento, em parte devido à implementação de políticas públicas nos blocos analisados (Educação e Saúde), mas também com o próprio crescimento econômico", avalia o pesquisador em economia da FEE, Thomas Kang. Outro bloco analisado é a renda dos municípios.
Apesar de ter crescido 1,7% - passando de 0,734 em 2012 para 0,747 em 2013 -, o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) do Rio Grande do Sul ainda não é alto, sendo considerado de nível médio (entre 0,500 e 0,799), segundo dados do Núcleo de Indicadores Sociais (NIS) da Fundação de Economia e Estatística (FEE). "O estado tem melhorado bastante em seus índices de desenvolvimento, em parte devido à implementação de políticas públicas nos blocos analisados (Educação e Saúde), mas também com o próprio crescimento econômico", avalia o pesquisador em economia da FEE, Thomas Kang. Outro bloco analisado é a renda dos municípios.
Pela quarta vez consecutiva, Carlos Barbosa (0,882) lidera o ranking das cidades com maior índice de desenvolvimento socioeconômico no Estado. Na sequência, estão Água Santa (0,868) - onde houve significativa elevação da renda em 2013 - e Nova Bassano (0,866). O número de cidades gaúchas com este desempenho aumentou de sete em 2007 para 73 em 2013.
Muitos destes municípios estão localizados na Serra gaúcha, que se manteve na primeira colocação do Idese na classificação por Coredes, com índice de 0,815 em 2013", observa Kang. Mas este resultado está também relacionado à "forte elevação do PIB per capita", completa. Segundo o pesquisador, deve-se considerar que a região é uma das mais ricas do Estado. "Isso se reflete em políticas públicas, com algumas exceções onde o dinheiro não é bem aplicado."
Destacaram-se ainda os Coredes Noroeste Colonial (0,800) e Norte (0,795), enquanto o Corede Centro-Sul permaneceu na última posição em 2013, apresentando índice de 0,679. No ranking de municípios com mais de 100 mil habitantes, novamente uma cidade da Serra gaúcha levou a melhor colocação dentre as cinco com maiores índices do Idese. Bento Gonçalves (0,832) encabeça a lista composta ainda por Erechim (0,820), Porto Alegre (0,814), Caxias do Sul (0,810) e Santa Cruz do Sul (0,808).
Separado por blocos, o desempenho dos municípios se altera. No que se refere à Educação, o primeiro do ranking é Nova Petrópolis (0,845), seguido por Picada Café (0,839) e Carlos Barbosa (0,834). Em Saúde, a melhor classificação ficou com Nova Pádua (0,918), Colinas (0,914) e Coqueiro Baixo (0,914). Já no bloco Renda, o ranking é Água Santa (0,954), Carlos Barbosa (0,935) e Nova Bassano (0,926).
Alvorada obteve, mais uma vez, o pior índice de desenvolvimento socioeconômico (0,568) dentre as 20 cidades com mais de 100 mil habitantes. O alto número de pessoas em situação precária naquele município é apontado como um dos fatores que levaram a este desempenho, considerando ainda o baixo investimento em políticas públicas nos blocos Educação e Saúde, segundo o pesquisador da FEE.
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Renda registra elevação de 3,1% entre 2012 e 2013

Dividido em três blocos (Educação, Renda e Saúde), o levantamento do Idese trabalha com 12 indicadores. No Estado, o índice do bloco Renda foi o que obteve maior elevação, aumentando 3,1% entre 2012 e 2013 - passando de 0,730 para 0,752. Kang explica que este bom desempenho se deve à elevação do PIB per capita (renda gerada no município) e da renda apropriada (estimativa do que fica no município, efetivamente retida pela população). "De 2007 a 2013, houve elevações da renda - e já se vinha de um aumento substancial da renda do País, desde a década de 2000", destaca o pesquisador.
Segundo o pesquisador, o bloco Educação também teve bom desempenho, crescendo 2,2% - e passando de 0,664 para 0,679 - puxado pelo investimento em educação infantil (pré-escola) e melhoria da qualidade do Ensino Fundamental; enquanto o bloco Saúde, que já tem um índice alto (0,809), se manteve estável.