A Frente Parlamentar da Vitivinicultura e Fruticultura da Assembleia Legislativa retomou ontem os trabalhos e definiu ações. Serão agendadas audiências nos ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário para tratar sobre a importação de suco e vinho a granel dos Estados Unidos por empresas no Rio Grande do Sul. O mesmo temor se aplica ao ingresso de maçã da China.
De acordo com o deputado estadual Elton Weber (PSB), presidente da frente, a entrada destes produtos prejudica os setores. A falta de dinheiro para o seguro rural também estará em pauta. O Ministério da Agricultura anunciou R$ 400 milhões para o ano, frente à necessidade de R$ 1,1 bilhão para subsidiar a nova safra. A intenção é que o encontro ocorra no começo de abril.
O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, Raimundo Bampi, está preocupado com a situação. "Se abrir a fronteira, não fecha mais." Weber acrescenta que, no caso da maçã, existe o risco de o Brasil fechar um acordo fitossanitário de alto risco com a China. "Após a luta para erradicar a Cydia Pomonella, não podemos brincar com a chance real de entrada de novas pragas em território brasileiro." A moção contra as importações foi protocolada na Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais.
Serão convidados para as audiências com o governo federal o Ibravin, a Agapomi, a Frente Parlamentar em Defesa da Fruticultura do Congresso Nacional e a bancada gaúcha. O deputado Vinicius Ribeiro (PDT) participou da reunião desta quarta-feira e deve integrar o grupo que irá a Brasília.