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Economia

- Publicada em 15 de Março de 2016 às 20:20

Desemprego dispara e fecha 2015 em 8,5%

 MATÉRIA SOBRE EMPREGOS, CARTEIRA DE TRABALHO SENDO ASSINADA.     NA FOTO: EMRPEGADOR ENTREGA CARTEIRA DE TRABALHO PARA EMPREGADO.     EMPREGO, TAXAS DE EMPREGO, DESEMPREGO, TAXAS DE DESEMPREGO.

MATÉRIA SOBRE EMPREGOS, CARTEIRA DE TRABALHO SENDO ASSINADA. NA FOTO: EMRPEGADOR ENTREGA CARTEIRA DE TRABALHO PARA EMPREGADO. EMPREGO, TAXAS DE EMPREGO, DESEMPREGO, TAXAS DE DESEMPREGO.


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
A taxa de desemprego no País disparou e fechou 2015 em 8,5%, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados ontem pelo IBGE. A taxa é a maior da série histórica, iniciada em 2012. O aumento significa um salto frente a 2014, quando a taxa foi de 6,8%. Já o rendimento real ficou em
A taxa de desemprego no País disparou e fechou 2015 em 8,5%, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados ontem pelo IBGE. A taxa é a maior da série histórica, iniciada em 2012. O aumento significa um salto frente a 2014, quando a taxa foi de 6,8%. Já o rendimento real ficou em
R$ 1.944,00 no ano passado, 0,2% a menos que em 2014. A pesquisa inclui dados para todos os estados.
No quarto trimestre, o desemprego ficou em 9%, o que representa estabilidade frente ao terceiro trimestre e um salto de 2,5 pontos percentuais frente ao quarto trimestre de 2014, quando foi de 6,5%. É a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012.
O total de desocupados no País avançou 40,8% nos últimos três meses do ano frente a igual período de 2014. São 2,635 milhões de pessoas a mais. Já a população ocupada caiu 0,6% no mesmo período, ou 600 mil a menos. Quando se considera as médias anuais, a população desocupada saltou de 6,7 milhões de pessoas em 2014 para 8,6 milhões em 2015, 27,4%, ou quase 2 milhões de pessoas. Já a população ocupada ficou estável, em 92,1 milhões de pessoas.
Responsável pela Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo explicou que os números refletem a deterioração da economia. "O que acontece no mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico. Se a economia está em um ciclo virtuoso, o mercado vai aumentar a renda, o número de postos de trabalho e a carteira assinada. Da mesma forma que isso se refletiu no passado, agora estamos tendo redução da população ocupada, aumento da população desocupada e aumento dos trabalhadores domésticos."
Além do aumento da população desocupada, os dados da pesquisa mostraram ainda uma piora na qualidade do trabalho. O contingente de trabalhadores com carteira assinada - com acesso aos direitos trabalhistas - caiu 2,5%, de 36,6 milhões de pessoas para 35,7 milhões, quase um milhão a menos. Considerando o quarto trimestre, houve queda de 3% em relação ao quarto trimestre de 2014, uma redução de 1,094 milhão de pessoas.
Parte do contingente de desocupados, explica Cimar Azeredo, vem daqueles que perderam seus postos de trabalho e foram expulsos da população ocupada. Mas outra parte reflete a entrada de pessoas na força de trabalho - em busca de vagas - após a piora da qualidade do emprego, com redução dos trabalhadores com carteira assinada. "Ter carteira de trabalho dá direito a previdência, plano de saúde, férias, o que deixa o domicílio com certa estabilidade. A perda da carteira faz com que pessoas da família que estavam fora da força de trabalho voltem a buscar emprego", diz o coordenador do IBGE.
Se por um lado caiu o contingente dos empregados com carteira de trabalho no ano passado, por outro avançou o trabalho informal. O número de trabalhadores informais avançou de 21,305 milhões em 2014, na média, para 22,244 milhões de trabalhadores. "A queda do emprego como um todo tem como reflexo o aumento dos trabalhadores por conta própria e dos pequenos empregadores. Quem perde emprego ou vai para a fila de desocupação ou se ajusta e consegue algum tipo de trabalho", ressalta Azeredo.
A piora do mercado de trabalho desafiou até mesmo o padrão sazonal do emprego. Geralmente, o desemprego recua no fim do ano diante da maior oferta de trabalho temporário e da menor procura por trabalho por causa dos feriados do fim do ano. "Isso não aconteceu, a taxa ficou estável do terceiro para o quarto trimestre, passando de 8,9% para 9%", aponta o coordenador do IBGE.
Em 2015, a massa de rendimentos dos trabalhadores ficou em R$ 173,570 bilhões, pouco abaixo dos R$ 173,577 bilhões de 2014.
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