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Economia

- Publicada em 15 de Março de 2016 às 17:45

Correios não vão mais abrir aos sábados

 FACHADA DA AGÊNCIA CENTRAL DOS CORREIOS, NA RUA SIQUEIRA CAMPOS.

FACHADA DA AGÊNCIA CENTRAL DOS CORREIOS, NA RUA SIQUEIRA CAMPOS.


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A partir do próximo dia 19, a maioria das agências dos Correios não vai mais abrir aos sábados. A medida é uma forma de reduzir os gastos da empresa e tentar chegar ao fim do ano com o orçamento em dia. Apenas as agências com grande movimentação, como em aeroportos e rodoviárias, continuarão abertas aos sábados.
A partir do próximo dia 19, a maioria das agências dos Correios não vai mais abrir aos sábados. A medida é uma forma de reduzir os gastos da empresa e tentar chegar ao fim do ano com o orçamento em dia. Apenas as agências com grande movimentação, como em aeroportos e rodoviárias, continuarão abertas aos sábados.
"Queremos fazer um ajuste financeiro para que, ao final deste ano, os Correios não tenham déficit como no ano passado", explicou o presidente dos Correios, Giovanni Queiroz. O balanço de 2015 da empresa ainda não foi concluído, mas, no final do ano passado, Queiroz estimava que o déficit da estatal chegaria a R$ 2 bilhões.
Segundo o presidente, muitas agências são deficitárias e com baixo fluxo de clientes aos sábados, como a de Teófilo Otoni (MG), onde a receita média aos sábados é
R$ 416,00, e a despesa para abrir é R$ 6,6 mil. "Não há nada que justifique estar aberta ao sábado", diz. A medida não vale para as agências franqueadas dos Correios, só para as agências próprias. Atualmente, os Correios têm 6.471 agências próprias e 1.011 franqueadas.Até o fim do ano, a empresa espera economizar R$ 1,6 bilhão com diversas ações de redução de despesas. Os Correios estudam a possibilidade de fundir agências que estejam próximas, realocando os funcionários e fechando as que dão prejuízo. Ainda neste mês, um projeto-piloto deve começar a funcionar no Distrito Federal e depois pode ser levado a outras cidades.
Queiroz deu o exemplo de sua cidade natal, Redenção (PA), onde atualmente há duas agências dos Correios, mas uma delas é pequena e deficitária. "Tem uma agência maior, em que faltam funcionários, e tem muito mais condições, fica a 800 metros da outra. Não faz sentido manter essa outra, porque tem um custo muito alto", diz. Ele garante que nenhum município ficará sem pelo menos uma agência.
O presidente fez uma recomendação para que todas as agências reduzam o pagamento de horas extras e o trabalho noturno dos funcionários. No ano passado, a empresa pagou R$ 720 milhões com hora extra. "Em nenhuma circunstância vamos prejudicar o serviço, vamos fazer um ajuste de gestão", garante. O corte pela metade dos gastos com publicidade e patrocínio, que, no ano passado, significou R$ 380 milhões, também faz parte dos esforços dos Correios em economizar. Outras medidas administrativas, como revisão de contratos de aluguel, redução do uso de carros, telefone, viagens e diárias serão adotadas. Também será feita uma auditoria na folha de pagamento para detectar pagamentos irregulares de benefícios.
Para aumentar as receitas, os Correios vão começar a prestar os serviços de telefonia móvel virtual, chamada de MVNO (Mobile Virtual Network Operator). A concorrência para escolher a operadora que irá fazer a parceria para vender o chip com a marca da empresa será feita nesta semana. A empresa pretende arrecadar R$ 282 milhões nos cinco anos de contrato.
Outra medida para aumentar a arrecadação será ampliar o número de agências que oferecem a venda de consórcios, como de veículos e imóveis, de 190 para 3,2 mil. A estatal também vai investir no setor de logística e já iniciou a negociação para ser o operador logístico oficial de todos os setores do governo federal, como já faz com a distribuição de livros didáticos e de medicamentos.
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