Navegação Guarita finaliza conversão de navio

A Navegação Guarita está prestes a concluir a conversão de um navio-tanque em uma embarcação capaz de trabalhar com granéis sólidos e contêineres. De acordo com o diretor executivo da companhia, Werner Barreiro, a perspectiva é de que na primeira quinzena de abril o navio, chamado de Guaíba, entre em operação.

A adaptação está sendo desenvolvida pelo grupo Intecnial, no estaleiro que a empresa arrenda no município de Taquari. Inicialmente, a previsão era que a embarcação, que terá em torno de 90 metros de comprimento, pudesse movimentar até 75 contêineres, de 40 pés. Entretanto, o projeto foi alterado e essa capacidade poderá subir para 85 contêineres. Quanto à carga geral, o navio estará apto a transportar até 3,2 mil toneladas, aproximadamente.

Foi desembolsado pela Navegação Guarita aproximadamente R$ 4 milhões na conversão do navio Guaíba, que atuará na hidrovia gaúcha. Barreiro calcula que esse valor mais do que quintuplicaria se a embarcação fosse construída "a partir do zero".

Dentro do segmento de carga geral, entre os itens que deverão ser movimentados pelo navio estão a soja e o farelo, fertilizantes e trigo. Em contêineres, poderão ser deslocados fumo, móveis, calçados, couro, resinas petroquímicas, frango etc. Contudo, para que a atividade com contêineres seja possível, é necessário que haja um terminal voltado para essa modalidade.

O terminal Santa Clara, que fica localizado no município de Triunfo e pertence à indústria petroquímica Braskem, fazia esse serviço até 2009. Devido a modificações na estrutura, o complexo deixou de realizar essa operação, sendo aproveitado hoje, fundamentalmente, para a movimentação de produtos petroquímicos. No entanto, há planos para que o Santa Clara torne a lidar com contêineres ainda neste ano.

Em dezembro do ano passado, a Navegação Guarita já havia celebrado os batismos do empurrador Mauricio Sffair e da barcaça Tanque Eco Energia II. O conjunto dessas embarcações soma 120 metros de comprimento, possui 10 tanques de carga e capacidade para levar 5,1 mil metros cúbicos em produtos (como petroquímicos, petróleo e etanol) por viagem, o equivalente à carga de 170 caminhões. O investimento total nessa iniciativa foi de R$ 37 milhões.