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Economia

- Publicada em 08 de Março de 2016 às 19:45

Governo estuda facilitar crédito para os pequenos empresários

Preocupado com o impacto da crise para as pequenas empresas, o governo estuda medidas para tentar fazer com que o crédito chegue aos empresários. A equipe econômica discute ações como a liberação de mais recursos do compulsório e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para este segmento. Uma das medidas em estudo é ampliar de R$ 120 mil ao ano para R$ 360 mil o faturamento das empresas que podem obter financiamentos do chamado microcrédito orientado, que tem taxas melhores e para o qual os bancos podem destinar até 2% dos chamados depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos precisam obrigatoriamente depositar no Banco Central).
Preocupado com o impacto da crise para as pequenas empresas, o governo estuda medidas para tentar fazer com que o crédito chegue aos empresários. A equipe econômica discute ações como a liberação de mais recursos do compulsório e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para este segmento. Uma das medidas em estudo é ampliar de R$ 120 mil ao ano para R$ 360 mil o faturamento das empresas que podem obter financiamentos do chamado microcrédito orientado, que tem taxas melhores e para o qual os bancos podem destinar até 2% dos chamados depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos precisam obrigatoriamente depositar no Banco Central).
O valor dos empréstimos também pode subir de R$ 15 mil para R$ 30 mil por operação. Outra ação é estimular que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal utilizem mais recursos do FAT como funding para empréstimos às micro e pequenas empresas. A ideia é também permitir que agências estaduais de desenvolvimento façam essas operações.
A intenção é reduzir o spread, já que hoje grande parte destes empréstimos é feita com recursos do fundo captados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). "O spread ainda é muito alto, isso tem que ser resolvido com urgência", afirma o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Afif Domingos, que tem tido reuniões com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir as medidas.
Em janeiro, o governo anunciou um pacote de estímulo ao crédito que incluía a criação de linhas do Bndes para as pequenas empresas, mas a avaliação do setor é que não foram suficientes. Para Afif, a principal razão para os pequenos empresários não estarem tomando crédito não é a falta de demanda, mas sim as taxas de juros que ainda são altas. O presidente afirma que as taxas oferecidas pelo Bndes estão em torno de 25% ao ano, mas que o setor acredita que os juros podem cair para 18% ao ano se forem feitas mudanças, como o empréstimo direto pelos bancos repassadores com recursos do FAT.
As medidas devem ser discutidas hoje na reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Segundo o presidente do colegiado, Virgílio Carvalho, os 18 conselheiros querem buscar meios para que o mercado seja melhor irrigado com esses recursos. "Temos que incentivar os bancos. Sabemos que o Bndes tem uma estrutura muito grande e pesada, que ainda falta ação para atender aos pequenos", disse. No total, o Codefat autorizou a liberação, em 2016, de
R$ 3,7 bilhões para programas e linhas de crédito que priorizam as micro e pequenas empresas. A maior parte desses recursos vai para o Bndes.
O banco de fomento explicou que os desembolsos para este segmento de empresas não são feitos diretamente ao empresário por falta de capilaridade de agências. O Bndes encaminha os recursos para os bancos públicos e privados, que posteriormente fazem as operações. Outra modalidade, o cartão Bndes, também depende da operação das instituições financeiras.
O Bndes argumentou ainda que a participação das pequenas empresas nos desembolsos da instituição vem aumentando. Em 2007, respondiam por 24,8% do total; em 2015, superou os 30%. No ano passado, o desembolso total para micro e pequenas empresas pelo banco de fomento foi de R$ 29 bilhões, sendo apenas uma parte proveniente do FAT.
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