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Economia

- Publicada em 07 de Março de 2016 às 19:34

Dívidas altas de empresas no Brasil preocupam FMI

 (FILES) VIEW OF THE PETROBRAS LOGO ON ITS HEADQUARTERS IN RIO DE JANEIRO, BRAZIL ON DECEMBER 12, 2014. TWO DAYS AFTER BRAZIL'S SUPREME COURT AUTHORIZED TO INVESTIGATE 12 SENATORS AND 22 DEPUTIES PRESUMABLY LINKED TO THE PETROBRAS CORRUPTION NETWORK, PRESIDENT DILMA ROUSSEFF DEFENDED A

(FILES) VIEW OF THE PETROBRAS LOGO ON ITS HEADQUARTERS IN RIO DE JANEIRO, BRAZIL ON DECEMBER 12, 2014. TWO DAYS AFTER BRAZIL'S SUPREME COURT AUTHORIZED TO INVESTIGATE 12 SENATORS AND 22 DEPUTIES PRESUMABLY LINKED TO THE PETROBRAS CORRUPTION NETWORK, PRESIDENT DILMA ROUSSEFF DEFENDED A "COMPREHENSIVE, FREE END RIGOROUS" INVESTIGATION OF THE SCANDAL THAT SHOOK THE WORLD'S SEVENTH ECONOMY. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Um estudo de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que o consistente aumento da alavancagem das empresas brasileiras, por conta do maior endividamento de companhias como Petrobras, Vale e Eletrobras, é uma preocupação crescente, porque ocorre em um momento de queda da lucratividade e do caixa das corporações. Como resultado, esse movimento pode afetar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Um estudo de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que o consistente aumento da alavancagem das empresas brasileiras, por conta do maior endividamento de companhias como Petrobras, Vale e Eletrobras, é uma preocupação crescente, porque ocorre em um momento de queda da lucratividade e do caixa das corporações. Como resultado, esse movimento pode afetar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
A elevação da alavancagem de empresas não financeiras pode propagar choques financeiros para a economia real do Brasil, afetando o PIB, conclui o estudo do FMI, com base em análises econométricas. Com companhias mais endividadas, a propagação pode se dar por meio do efeito nos custos dos empréstimos e aumentos de calotes.
"No Brasil, o aumento da alavancagem é um problema, porque vem em conjunto com um declínio da rentabilidade e das proteções de caixa", afirma o documento. O relatório salienta que choques financeiros contribuíram com 5 pontos percentuais para a queda do investimento privado no Brasil e com 0,5 ponto para o recuo do PIB brasileirono primeiro trimestre de 2015.
A conclusão do estudo é que choques financeiros se tornaram uma variável mais relevante para explicar as flutuações no PIB brasileiro na recente desaceleração da atividade. "A preocupação é ainda mais real, porque os choques na alavancagem das empresas não financeiras podem afetar negativamente o crescimento potencial (do Brasil)." Os economistas do FMI ressaltam que as companhias do Brasil, assim como em outros países emergentes, se aproveitaram dos juros baixos e dos recursos abundantes no primeiro mundo após a crise mundial de 2008 para se financiarem no mercado externo.
Grandes companhias brasileiras, sobretudo a Petrobras, passaram crescentemente a financiar suas operações por meio de emissões de bônus no mercado internacional. Com isso, houve um nítido aumento da alavancagem no Brasil, com crescimento dos passivos em moeda estrangeira. A diferença de outros emergentes é que, no Brasil, o aumento das dívidas vem sendo acompanhando de piora de outros indicadores das empresas, como a rentabilidade.
Após uma década de crescimento relativamente forte do PIB, o Brasil teve severa contração em 2015, além de aumento da inflação e de piora de indicadores fiscais, com o segundo ano consecutivo de déficit primário, ressalta o estudo. Tudo isso cria um ambiente mais desafiador para as corporações e o setor financeiro, este último tendo que lidar com pressões para aumento de calotes, por conta do aumento do desemprego.
Para complicar, as investigações de corrupção na Petrobras atingiram outras empresas e paralisaram as atividades da cadeia produtiva do petróleo e gás, destaca o relatório. O setor externo é um complicador adicional, com queda forte dos preços das commodities e alta volatilidade no mercado financeiro.
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