Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 04 de Março de 2016 às 17:59

Fábricas operam 19,2% abaixo do pico de 2013

 indústria_veículos_linha de montagem    A man worker welds parts together on a car production line at the manufacturing subsidiary factory of Renault in Slovenia, Revoz, in Novo mesto, on February 24, 2016. / AFP / Jure Makovec/AFP

indústria_veículos_linha de montagem A man worker welds parts together on a car production line at the manufacturing subsidiary factory of Renault in Slovenia, Revoz, in Novo mesto, on February 24, 2016. / AFP / Jure Makovec/AFP


JURE MAKOVEC/AFP/JC
A indústria brasileira está operando 19,2% abaixo do pico de produção registrado em junho de 2013, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados na sexta-feira pelo IBGE. "A característica, ao longo de todo ano passado no total da indústria, foi buscar uma redução da produção para adequação dos estoques existentes. Você tem uma redução na produção, e também não tem demanda que sustente ou normalize (os estoques) de uma forma mais rápida", lembrou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
A indústria brasileira está operando 19,2% abaixo do pico de produção registrado em junho de 2013, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados na sexta-feira pelo IBGE. "A característica, ao longo de todo ano passado no total da indústria, foi buscar uma redução da produção para adequação dos estoques existentes. Você tem uma redução na produção, e também não tem demanda que sustente ou normalize (os estoques) de uma forma mais rápida", lembrou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Em relação a janeiro de 2015, a indústria teve, em janeiro deste ano, a 23ª taxa negativa consecutiva. O recuo de 13,8% foi o mais intenso desde abril de 2009, quando a perda chegou a 14,1%. No acumulado nos últimos 12 meses, a retração de -9,0% foi a mais profunda desde novembro de 2009, quando a perda era de 9,4%.
"Daqui para frente, vamos ter que aguardar e observar mês a mês (qual será o comportamento da produção), até porque todos aqueles fatores (negativos) que a gente vem citando permanecem na nossa análise: permanecem as incertezas para as famílias, aumento da taxa de desemprego, salário real menor, nível de preços em patamar mais elevado, crédito mais caro e restrito", enumerou Macedo.
Segundo o IBGE, a produção de veículos automotores despencou 31,3% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. "Em veículos automotores, o sinal é amplamente negativo, porque todas as características que marcaram esse setor industrial em 2015 permanecem em 2016, como as reduções de turno de trabalho, as menores jornadas de trabalhadores, as férias coletivas", lembrou André Macedo. "Essa atividade tem aproximadamente 92% dos produtos com queda na produção, sendo os principais impactos os automóveis, caminhões, autopeças e carrocerias", completou.
Na comparação com janeiro de 2015, a produção industrial recuou 13,8%, com perfil disseminado de resultados negativos. Houve perdas nas quatro grandes categorias econômicas e em 23 dos 26 ramos pesquisados. As indústrias extrativas recuaram 16,8% e exerceram, junto com os veículos, os principais impactos negativos sobre o total da indústria. O rompimento de uma barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais, em novembro do ano passado, ainda prejudica o desempenho do setor, mas paralisações de plataformas de petróleo para manutenção também contribuíram para o resultado negativo do mês.
Outras contribuições negativas relevantes foram de máquinas e equipamentos (-25,5%); equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-38,8%); metalurgia (-15,3%); produtos alimentícios (-5,8%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-23%); produtos de minerais não metálicos (-14,9%); produtos de borracha e de material plástico (-14,4%); produtos de metal (-16,1%); e bebidas (-11,2%).
Na direção oposta, houve avanço em janeiro ante janeiro de 2015 nos produtos do fumo (21,5%) e celulose, papel e produtos de papel (1%). No caso de fumo, houve retomada da produção de uma unidade de cigarros que esteve parada para manutenção em janeiro do ano passado. Já o setor de celulose foi beneficiado pelo avanço nas exportações.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO