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Economia

- Publicada em 01 de Março de 2016 às 20:36

Exportações sobem após 17 meses

 POLO NAVAL DE RIO GRANDE    NA FOTO: TECON, RIO GRANDE

POLO NAVAL DE RIO GRANDE NA FOTO: TECON, RIO GRANDE


ANTONIO PAZ/JC
Com o câmbio favorável, aumento nas vendas de industrializados e antecipação nos embarques de produtos agrícolas, as exportações brasileiras voltaram a crescer em fevereiro, depois de 17 meses em queda.
Com o câmbio favorável, aumento nas vendas de industrializados e antecipação nos embarques de produtos agrícolas, as exportações brasileiras voltaram a crescer em fevereiro, depois de 17 meses em queda.
Com isso, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,043 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês em 27 anos. O superávit acumulado nos dois primeiros meses do ano alcançou US$ 3,965 bilhões. No mesmo período de 2015, o resultado comercial era um déficit de US$ 6,010 bilhões.
"O crescimento dos industrializados foi uma grata surpresa. O câmbio mudou de patamar, está se estabilizando e isso se reflete nas exportações", afirma o diretor do Departamento de Estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Herlon Brandão.
As vendas externas aumentaram 4,6% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2015, na comparação pela média diária, totalizando US$ 13,348 bilhões. Houve alta em produtos como veículos, açúcar e celulose. O incremento, no entanto, também se deve ao fato de a base de comparação - fevereiro de 2015 - ser mais baixa. As exportações naquele mês tiveram um desempenho muito ruim, o pior desde 2009.
Já a atividade econômica em retração continua derrubando as importações, que somaram R$ 10,305 bilhões no mês passado, uma queda de 34,6%. Houve recuo nas compras de combustíveis e lubrificantes (-54,6%), bens de capital (-33,3%), bens intermediários (-32,5%) e bens de consumo (20,5%).
Para o diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud, o superávit da balança comercial de fevereiro é de qualidade ruim por ter como base exportações de matérias-primas. "Estão comemorando o superávit como se ele resultasse de exportações de produtos com alto valor agregado, que distribui riqueza para a população, e não é isso que está acontecendo", criticou o analista.
A expectativa do ministério é que as exportações cresçam em 2016, mas não há uma meta numérica para essa alta. O governo projeta um saldo positivo de R$ 35 bilhões na balança comercial neste ano. Os analistas do mercado financeiro, ouvidos semanalmente pelo Banco Central para o boletim Focus, projetam um superávit um pouco maior: US$ 40 bilhões.
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