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Repórter Brasília

- Publicada em 14 de Março de 2016 às 22:14

Protestos divididos

Os protestos pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) aconteceram no dia 13 de março, exatos 52 anos depois do comício na Central do Brasil, em que o então presidente João Goulart, sem querer, deu o pontapé no golpe de 1964. No dia 18 de março, 51 anos e 364 dias após a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, o PT tentará levar gente o suficiente para as ruas a fim de contrapor o sucesso dos protestos de domingo. O PT também quer levar as multidões às ruas no dia 31 de março, 52 anos exatos após o golpe de 64. O governo já cantou uma pequena vitória com as vaias direcionadas ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e ao senador mineiro Aécio Neves (PSDB). Mas vai precisar de muita gente na rua para, pelo menos, se segurar na polarização que vive o País. O pedido de prisão preventiva e a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter irritado muita gente. Mas transformar isso em gente na rua defendendo o governo da presidente é muito difícil.
Os protestos pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) aconteceram no dia 13 de março, exatos 52 anos depois do comício na Central do Brasil, em que o então presidente João Goulart, sem querer, deu o pontapé no golpe de 1964. No dia 18 de março, 51 anos e 364 dias após a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, o PT tentará levar gente o suficiente para as ruas a fim de contrapor o sucesso dos protestos de domingo. O PT também quer levar as multidões às ruas no dia 31 de março, 52 anos exatos após o golpe de 64. O governo já cantou uma pequena vitória com as vaias direcionadas ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e ao senador mineiro Aécio Neves (PSDB). Mas vai precisar de muita gente na rua para, pelo menos, se segurar na polarização que vive o País. O pedido de prisão preventiva e a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter irritado muita gente. Mas transformar isso em gente na rua defendendo o governo da presidente é muito difícil.
Possibilidade de independência
As ruas podem dar um pequeno empurrão no Congresso em direção ao impeachment, mas o que pode matar de vez a era Dilma é a debandada de aliados. O PMDB já deu um aviso. O partido não irá aceitar cargos no governo por 30 dias e, ao final desse período, irá decidir se ficará ou não na base. "O PMDB tem grandes possibilidades de ser independente", disse o ex-ministro da Aviação Civil e atual vice-presidente da legenda, Eliseu Padilha. Os peemedebistas estão divididos em relação ao apoio ao governo. Pelo menos metade da bancada é a favor do rompimento com o Planalto, e alguns parlamentares são abertamente oposicionistas. Outros partidos da base podem seguir o PMDB e deixar de apoiar o governo. O PP e o PDT, por exemplo, já têm muitos parlamentares que se identificam com a oposição. Uma debandada de aliados foi o que gerou, em 1992, o impeachment de Fernando Collor (então PRN, hoje PTB).
Nível baixo
O Congresso deverá começar os trabalhos só depois que o Supremo Tribunal Federal votar os embargos de declaração sobre o processo de impeachment da presidente. Mesmo assim, será um trabalho capenga, dificultado pela radicalização das posições dos parlamentares. O senador gaúcho Paulo Paim (PT) afirmou que, enquanto presidia os debates, "o senador Romero Jucá (PMDB-RR) fez uma análise equilibrada, mas sinalizando que o PMDB sairá do governo; o PSDB se colocou favorável ao impeachment e disse que aceitaria Michel Temer (PMDB) como presidente; e o pessoal mais ligado ao governo disse que 'é golpe'".
 
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