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- Publicada em 10 de Março de 2016 às 22:21

Um homem, sua esposa e um jacaré

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DIVULGAÇÃO/JC
Albert, um jacaré na família (Harper Collins Brasil, 384 páginas, tradução de Carolina Caires Coelho), do engenheiro aposentado, paleontólogo amador, ex-mineiro de carvão e veterano do Vietnã Homer Hickam, norte-americano que atualmente mora no Alabama e nas Ilhas Virgens, é, antes e acima de tudo, uma história quase verdadeira de um homem, sua esposa e um bicho muito mimado, no caso, um jacaré. O jacaré se chama Albert e Elsie, a esposa, o ama. Homer, o esposo, ama Elsie e o clássico triângulo amoroso, como se vê, não é lá muito clássico.
Albert, um jacaré na família (Harper Collins Brasil, 384 páginas, tradução de Carolina Caires Coelho), do engenheiro aposentado, paleontólogo amador, ex-mineiro de carvão e veterano do Vietnã Homer Hickam, norte-americano que atualmente mora no Alabama e nas Ilhas Virgens, é, antes e acima de tudo, uma história quase verdadeira de um homem, sua esposa e um bicho muito mimado, no caso, um jacaré. O jacaré se chama Albert e Elsie, a esposa, o ama. Homer, o esposo, ama Elsie e o clássico triângulo amoroso, como se vê, não é lá muito clássico.
Homer Hickam, escritor desde o Ensino Fundamental, também conhecido como Homer H. Hickam Jr., é autor best-seller de vários livros premiados, incluindo o número 1 do jornal The New York Times, Rocket Boy, a memoir. O romance foi adaptado para o cinema com o título O céu de outubro.
Albert, um jacaré na família narra a história de Elsie Lavender e Homer Hickam, futuros pais do autor do romance, que foram colegas de escola na pequena cidade de Virginia Ocidental. Homer pediu Elsie em casamento, em pleno período da Grande Depressão. Ela não aceitou. Mudou-se para Orlando. Lá, se apaixonou pelo ator e dançarino Buddy Ebsen. Quando Buddy mudou-se para Nova Iorque, os sonhos de Elsie se dissolveram. Ela voltou para a Virginia e aceitou o pedido de Homer, o ex-namorado.
Insatisfeita como esposa de um mineiro, Elsie tinha como lembrança de Orlando (Flórida) um presente de casamento meio estranho: um jacaré chamado Albert, que vivia no banheiro de sua casa. Um dia, Homer não aguentou mais: Ou o jacaré, ou eu! Elsie decidiu levar o bicho de volta para a Flórida.
A viagem, cheia de aventura e perigo com o jacaré e mais um galo como companheiro, é contada de forma leve e calorosa. Homer conhece o homem que se tornou ator famoso em Hollywood e enfrenta um furacão enorme, de verdade, e também um na alma. Ao fim e ao cabo, a história é uma bela homenagem à estranha e maravilhosa emoção que chamamos de amor.
O narrador, até sua mãe contar sobre Albert, não sabia nada sobre a bizarra viagem dos pais, sobre como tinha sido o casamento deles e o que havia acontecido, para torná-los do modo como eram.
O narrador descobre muito sobre as vidas dos pais, deles e de todos nós, especialmente quanto não estamos entendendo o porquê.
Nas páginas finais do volume desta história engraçada e comovente, que é um verdadeiro épico de família, estão 15 fotografias em preto e branco, mostrando Elsie, Homer, o irmão de Elsie e Aubrey, o tio Rico, que a hospedou na Flórida.

Dia Internacional da Mulher

Terça-feira passada, dia 8, comemoramos mais um Dia Internacional da Mulher. Elas merecem nossas homenagens, por tantas vidas, tantas lutas, tantas transformações e contribuições para o planeta. Desde o tempo em que eram as rainhas da vida privada, esperando pelo homem que tinha ido matar algum javali, passando depois pelos milênios de mudanças, até chegar ao reinado da vida pública, as mulheres foram deixando o mundo melhor. Dizem que o poder não tem sexo, e alguns pensam que as mulheres no poder não têm atitudes muito diferentes das dos homens. Há controvérsias. É meio cedo para uma opinião mais definitiva. O certo é que o empoderamento feminino está aí e chegou para ficar.
Tomara que a democracia, a ética, o poder e o surgimento de pessoas e mundo melhores realmente não dependa de um dos sexos e que sejam pessoas a seguir caminhando e construindo um planeta mais saudável, justo, igualitário. Aliás, tomara que não demore muito para que a gente possa instituir o Dia Internacional da Pessoa, no qual o ser humano, descendente de uma só raça, como disseram os cientistas, vai ser festejado independentemente de sexo, religião, cor de pele, condição social, nacionalidade e outras diferenças, que, no fundo, mostram que devemos ser iguais.
Sei, você deve estar pensando que sou um sonhador, que ando ouvindo muito Imagine do John Lennon, que sou chegado numa utopia. Tudo bem, mas não sou o único. Te junta e vamos lá, a vida é sonho, os sonhos, sonhos são, disse o outro.
Mas, voltando ao que interessa, ao Dia Internacional da Mulher, acho que elas são melhores, mais inteligentes e mais sensíveis que nós. E, claro, são mais bonitas. Merecem o espaço e tudo mais que vêm conquistando. E, de mais a mais, como disse o Jorge, meu amigo poeta dos bons, quando a gente as trata bem, ainda pode merecer uns miminhos.
Ainda há muita luta a acontecer por salários iguais, pelo fim da brutal violência doméstica, por mais espaços na política, na Justiça e na administração pública, no esporte e em todos os lugares que as mulheres quiserem ocupar. Shortinho na escola acho que não precisa, não é? A luta pelo shortinho é muito mais que isso, tem validade e aponta novos caminhos, mas, vamos combinar, escola não é fashion week. Uniforme elegante e democrático deixaria todo mundo feliz, até porque, como faziam as gurias do Instituto de Educação, puxando as saias e as meias, sempre dá para personalizar o uniforme, ao menos na hora da saída.
Nesses tempos, que acho melhor que sejam chamados de pós-feministas, torço pelo diálogo e pelo entendimento entre homens, mulheres e demais gêneros. Uns dizem, brincando, claro, que lá pelo quarto milênio, de repente, a gente se entende. Menos, né? Sei lá, acho legal a ideia de um grande jogo de frescobol, no qual as pessoas joguem, se divirtam e no final não há ganhadores ou perdedores. É o único jogo que não tem vencedor/perdedor.

Lançamentos

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Grande Desejo - Dinorá Bohrer Silva encontra Adélia Prado é o catálogo da exposição Tapeçarias de Recorte, de Dinorá, no Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo, que vai até 2 de abril. Dinorá inspirou-se em Adélia Prado para elaborar suas tapeçarias. Coordenação de Maria Rita Webster, curadoria de Paula Ramos, que escreveu: Dinorá se reencontrou através da obra de Adélia.
Zac & Mia (Novo Conceito, 288 páginas, tradução de Sylvio Monteiro Deutsch), da escritora australiana A.J.Betts, narra a tocante história de dois adolescentes comuns que se encontram em circunstâncias inesperadas, lado a lado, num hospital. Mia é bonita, irritante, mal-humorada e tem gosto musical duvidoso. Zac precisa dela? Ela precisa dele?
Caçadores de bons exemplos - Em busca de brasileiros que fazem a diferença (Leya Livros, 256 páginas), de Iara e Eduardo Xavier, conta sobre uma viagem de cinco anos pelo Brasil buscando histórias emocionantes e ideias inspiradoras. O casal vendeu o apartamento que morava e colocou o pé na estrada, pelo desejo de descobrir uma sociedade mais justa e humana.

A propósito...

Nesta semana, no evento Marcas de Quem Decide, do Jornal do Comércio, 18ª Edição, que estava fantástico, eu cumprimentei algumas mulheres presentes pelo Dia Internacional da Mulher. Disse que as mulheres são melhores, mais bonitas, mais inteligentes etc. Uma delas, bonita, inteligente, madura, jornalista experiente, disse: somos iguais. Pensando bem, acho que ela está certa, somos iguais, pessoas, seres humanos grandes e pequenos, mas não vou retirar tudo o que escrevi antes. Fica aquela parte que diz que a mulher é mais bonita. Bom, aí não somos iguais. Não mesmo. Elas sempre tiveram melhor acabamento que nós. Deus soube o que fez.