Enquanto não voltam potenciais titulares como Bolaños e Giuliano, o Grêmio tem hoje, em Passo Fundo, uma nova chance de mostrar futebol. Um aviso: Douglas é indispensável em meio à gurizada. Amanhã, o Brasil de Pelotas, estranhamente bonzinho neste 2016, vem ao Beira-Rio desafiar o Inter. Este, por seu presidente, anuncia seu início de temporada: a 45 dias do Brasileirão, vai contratar, para Argel treinar um time melhor, enquanto se sustenta no cargo. Seria mesmo injustiça não lhe dar uma oportunidade.
Dunga e seu prazo de validade
Escrevo algumas horas antes do jogo no Defensores del Chaco. O prognóstico de quarta-feira passada - empate contra o Uruguai - confirmou-se. Agora, do resultado do Brasil contra o Paraguai depende a estabilidade de Dunga. Se o colunista tiver acertado seu segundo palpite - nova igualdade no marcador -, a situação do técnico ficará difícil; uma vitória convincente lhe dará seis meses de sossego; uma derrota aumentaria o coro dos que desejam sua saída. Na verdade, apesar do elenco forte, a seleção não entusiasma ninguém. Ontem terá sido diferente? Tomara.
Venceram a quem?
A mim não empolgam os resultados do nosso tenebroso Gauchão. Inter e Grêmio venceram bem, desde que não se atente para a ingenuidade das defesas de Novo Hamburgo e Lajeadense - a bem da verdade, nem mesmo à insegurança de Muriel, que abre caminho a especulações de novos nomes para o gol colorado. Os outros dez times do campeonato totalizaram apenas sete gols em cinco jogos. São José e Juventude ainda se mantêm um ou dois pontinhos acima do Inter, mas é improvável que se aguentem mais três rodadas.
Pobres campeonatos estaduais
O Corinthians totalizou sábado 2 milhões de torcedores, em 61 partidas que disputou em sua luxuosa Arena - em média, 32,786 mil por jogo. Sábado à noite, contra o modesto Ituano, teve mais público do que, somados, Palmeiras, São Paulo, Santos, Vasco, Botafogo, Flamengo e Fluminense conseguiram atrair na rodada dos estaduais. Dá para adicionar a esses os 8 mil do Inter ou os 9 mil do Grêmio que o Timão ainda teve mais gente no estádio. Não são de espantar os números do Corinthians; os dos demais, sim, são aterradores. Estaduais, até quando resistirão?
Pitacos
O azar de Ganso foi surgir ao lado de Neymar no Santos. Exigiu tratamento igual, não levou e acabou no São Paulo, onde somente agora volta a jogar o que jogava anos atrás.
Ninguém contratou mais do que o Palmeiras nos últimos três anos, bancado por seu milionário presidente. Em um ano, já teve Oswaldo de Oliveira, Marcelo Oliveira e agora Cuca, que encontrou quase 40 jogadores no elenco, perdeu quatro seguidas e pede reforços.