Michele Rolim, de S�o Paulo
Com um registro visual único e de fácil reconhecimento, Tim Burton mostra que as caraterísticas do seu trabalho vão além dos seus filmes na mostra O mundo de Tim Bourton, que está em cartaz no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS), a primeira instituição da América Latina a receber a exposição do cineasta de 57 anos, nascido na Califórnia.
Conhecido por filmes como Batman (1989), Edward Mãos-de-Tesoura (1990), Marte ataca! (1996), A fantástica fábrica de chocolate (2005) e Frankenweenie (2012), o diretor busca inspiração no expressionismo alemão, estilo cinematográfico que teve seu auge na década de 1920, e que caracterizou-se pela distorção de cenários e personagens, através da maquiagem, dos recursos de fotografia e de outros mecanismos.
A retrospectiva de trabalhos de Burton foi, originalmente, montada pelo MoMA (Nova Iorque) em 2009, com a curadora independente Jenny He e, depois, viajou para outras cidades. A mostra traz cerca de 500 itens raros - emprestados do acervo pessoal do cineasta -, como desenhos, pinturas, fotografias, storyboards, instalações esculturais e bonecos que fizeram parte da filmografia de Burton, além de trabalhos não realizados e pouco conhecidos que revelam seu talento como artista, ilustrador, fotógrafo e escritor.
Entre os itens estão storyboards do filme para a televisão João e Maria; seus primeiros curtas, realizados no início da década de 1970 e nunca lançados; desenhos feitos por Burton em guardanapos; esboços de Edward, personagem de Johnny Depp em Edward Mãos-de-Tesoura; e bonecos dos personagens Victor, Edgar e Elsa Van Helsing da animação Frankenweenie.
Os visitantes ainda encontram cast & crew books - material anteriormente disponível apenas para as pessoas que trabalharam em filmes de Burton - no qual podem conferir, de forma interativa, os bastidores de alguns de seus filmes.
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esbo�os
Cr�dito: TIM BURTON /REPRODU��O/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Mostra tem 500 itens raros, como desenhos, pinturas e esboços
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Exposição sobre o diretor é atração na capital paulista
Cr�dito: Letícia Godoy/MIS/DIVULGAÇÃO/JC
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Também existe um espaço que revela quais foram as influências do cineasta - desde criança, Burton amava filmes de terror e era fã do ator Vincent Price. Ali estão pôsteres promocionais dos filmes King Kong (1976) e Frankenstein (1931), uma cópia do célebre quadro A noite estrelada, de Vincent Van Gogh, e uma foto de Edgar Allan Poe.
"Propusemos à equipe de Tim Burton um novo conceito, em que os visitantes literalmente entram no mundo do cineasta: assim, criamos uma nova divisão na disposição dos objetos", explica André Sturm, diretor executivo e curador geral do MIS.
Os itens estão agrupados em salas divididas por temas, como horror, humor, felicidade e melancolia - segundo Sturm, todos são elementos presentes na obra de Burton. Uma peculiaridade é a presença de um escorregador que une alas da exposição (o espectador também pode optar por ir de escada).
O que muitos dos fãs de Tim Burton sentem falta são dos figurinos e cenários de seus filmes, tão presentes em outras exposições de sucesso de público do MIS, como a do cantor David Bowie e a do programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum.
O figurino, que apresenta uma visão gótica e contemporânea, traduz muito bem o universo de Burton. A artista responsável por boa parte deles é Colleen Atwood (premiada e indicada diversas vezes para o Oscar - inclusive levou a estatueta por Alice no País das Maravilhas, de Burton). Também não há nenhum cenário de seus filmes, sempre muito bem construídos e, em sua maioria, sombrios.
O MIS, para amenizar os problemas das filas, montou um esquema diferente para os ingressos. Às terças-feiras, a visitação é gratuita, com o público retirando senhas no local. Aos domingos e às sextas-feiras, há venda de ingressos nas bilheteiras a R$ 12,00 (meia-entrada a R$ 6,00). Nos outros dias, o acesso só acontece com ingressos comprados antecipadamente, a R$ 40,00 (meia-entrada a R$ 20,00), que estão à venda exclusivamente pelo site
http://www.mis-sp.org.br/ e aplicativo do Ingresso Rápido. A mostra deve se encerrar em 15 de maio.