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Transportes

- Publicada em 31 de Março de 2016 às 21:41

Operação Truck, da polícia, combate roubo de caminhões

 Operação Truck  Foto Imprensa Polícia Civil Divultação

Operação Truck Foto Imprensa Polícia Civil Divultação


IMPRENSA POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO/JC
A Polícia Civil gaúcha deflagrou, na semana passada, a Operação Truck, para desarticular uma organização criminosa que furtava e roubava caminhões na Capital e Região Metropolitana de Porto Alegre. Através da 2ª Delegacia Regional Metropolitana de Canoas, a operação cumpriu 23 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão em sete cidades do Rio Grande do Sul e uma de Santa Catarina. Na ação, 14 pessoas foram presas.
A Polícia Civil gaúcha deflagrou, na semana passada, a Operação Truck, para desarticular uma organização criminosa que furtava e roubava caminhões na Capital e Região Metropolitana de Porto Alegre. Através da 2ª Delegacia Regional Metropolitana de Canoas, a operação cumpriu 23 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão em sete cidades do Rio Grande do Sul e uma de Santa Catarina. Na ação, 14 pessoas foram presas.
Segundo o delegado Juliano Ferreira, dois homens, considerados os líderes da organização, foram presos. Os veículos eram roubados na zona Norte da Capital e levados para a Serra e o Litoral Norte do Estado, e para Santa Catarina. "Identificamos toda a cadeia criminosa e detectamos todo o caminho que os caminhões faziam. O grupo roubava de 20 a 30 veículos por mês e estima-se que movimentava cerca de R$ 100 mil por mês", conta o delegado.
Em buscas feitas na oficina, de propriedade de um dos líderes da quadrilha, foram encontradas peças de caminhões roubados, além de um caminhão clonado e etiquetas de clonagem, já com a numeração impressa. "Um dos líderes da quadrilha já havia sido preso anteriormente por extorsão contra vítimas de roubo. Ele oferecia os caminhões aos donos por cerca de R$ 10 mil", conta Ferreira.
O secretário da Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, e o chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, participaram da operação e enfatizaram a importância do trabalho de investigação qualificado feito pelos policiais gaúchos. "A polícia já realizou quatro operações nos últimos dois dias. Isso é uma demonstração de como a Polícia Civil proteje a sociedade desarticulando grupos criminosos", destaca o secretário.
O chefe de Polícia ressaltou a utilização de dados de inteligência na realização da investigação, que foram colhidos desde maio de 2015, obtendo informações e provas substanciais que qualificaram a investigação e permitiram a operação policial.
Também acompanharam a operação o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, delegado Edilson Paim, e o diretor da Delegacia Regional da capital, delegado Ferreira. Os presos, após os procedimentos legais, foram encaminhados ao sistema penitenciário.
O grupo criminoso recebia a encomenda prévia dos compradores, na maioria da Serra do Rio Grande do Sul e do Sul de Santa Catarina, e procurava o modelo solicitado. A buscas eram feitas na zona Norte da Capital, região de maior aglomeração de caminhões. Depois do furto ou roubo, os veículos eram levados para serem clonados em uma oficina em Canoas e, posteriormente, entregues aos compradores.

Criador do Uber conecta caminhoneiros no Brasil

O mexicano Oscar Salazar, um dos fundadores do Uber, decidiu investir na CargoX, uma transportadora brasileira que conecta caminhoneiros autônomos com as pessoas que precisam enviar mercadorias - de modo parecido ao que faz a companhia norte-americana no transporte de passageiros. A injeção de recursos, que terá participação de fundos como Valor Capital Group e Lumia Capital, não teve o montante divulgado.
Segundo Federico Vega, fundador e presidente da CargoX, serão investidos R$ 100 milhões na companhia em dois anos (incluindo recursos da própria empresa). Salazar, que deixou o Uber em 2011, disse que o tamanho do mercado de fretes no Brasil despertou seu interesse pela companhia. É o primeiro investimento dele na América do Sul.
Segundo Salazar, o modelo de negócios adotado tem o potencial de tornar setores mais produtivos a partir da transformação no modo como funcionam.No caso do setor de logística, a ideia é reduzir o número de caminhoneiros autônomos com a caçamba vazia nas estradas (cerca de 30% deles, dizem os donos de startups do setor).
A CargoX funciona em versão de testes desde novembro do ano passado. A ideia que deu origem a ela vem sendo aplicada por empresas que estão no mercado brasileiro ao menos desde 2012. A diferença, segundo Vega, é que a CargoX vai treinar os caminhoneiros e será responsável por toda a entrega, arcando com problemas em casos de furtos da mercadoria, por exemplo.As outras empresas permitem a quem faz o envio ver o perfil de caminhoneiros que estão em sua região e escolher o que preferir. São mais parecidas com Tinder (aplicativo para paquera) do que com Uber, diz Salazar.
Vega afirma que a CargoX possui cadastro de 100 mil caminhoneiros. A maior parte deles ainda terá suas informações checadas e passará pela capacitação. Para Marcelo Nakagawa, professor do Insper, o mercado para conectar autônomos e embarcadores tem potencial para crescer, especialmente na crise, quando a busca por eficiência aumenta. Porém ele diz acreditar que haverá dificuldades para a nova companhia, mesmo tendo o apoio de Salazar.
"É um mercado que já possui competidores bem-posicionados, tanto em número de profissionais como também em investidores e parcerias de distribuição", diz. Entre os outros serviços, a TruckPad possui cerca de 370 mil caminhoneiros com o aplicativo instalado; a Rede Frete Fácil tem 350 mil; e a Sontra Cargo, 150 mil. Esta última também foi fundada por Vega. Ele diz que cada empresa atende um público diferente.