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JC Logística

- Publicada em 28 de Março de 2016 às 22:18

Com crise e câmbio, Helibras busca mercado externo

 PICTURE OF THE HANGAR WHERE HELICOPTERS ARE ASSEMBLED, TAKEN DURING THE INAUGURATION OF A FACTORY OF HELIBRAS, THE BRAZILIAN UNIT OF HELICOPTER-MAKER EUROCOPTER, A BRANCH OF EUROPEAN AERONAUTICS GIANT EADS, IN ITAJUBA, IN THE BRAZILIAN SOUTHERN STATE OF MINAS GERAIS, ON OCTOBER 2, 2012.   AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA

PICTURE OF THE HANGAR WHERE HELICOPTERS ARE ASSEMBLED, TAKEN DURING THE INAUGURATION OF A FACTORY OF HELIBRAS, THE BRAZILIAN UNIT OF HELICOPTER-MAKER EUROCOPTER, A BRANCH OF EUROPEAN AERONAUTICS GIANT EADS, IN ITAJUBA, IN THE BRAZILIAN SOUTHERN STATE OF MINAS GERAIS, ON OCTOBER 2, 2012. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Depois da explosão de vendas entre 2010 e 2013, a Helibras - única fabricante de helicópteros do Brasil - decidiu apostar no mercado externo para compensar a queda na demanda e aproveitar a alta do dólar. "A desvalorização do real aumentou nossa competitividade no exterior", diz o vice-presidente de negócios e serviços da empresa, Dominique Andreani.
Depois da explosão de vendas entre 2010 e 2013, a Helibras - única fabricante de helicópteros do Brasil - decidiu apostar no mercado externo para compensar a queda na demanda e aproveitar a alta do dólar. "A desvalorização do real aumentou nossa competitividade no exterior", diz o vice-presidente de negócios e serviços da empresa, Dominique Andreani.
Segundo ele, a companhia trabalha com várias possibilidades de exportação. "Estamos prestes a fechar algumas coisas", completa o executivo, destacando que a Airbus, dona da Helibras, investiu muito em capacidade e modernização da planta no Brasil.
Outra alternativa para compensar a redução da demanda de helicópteros novos é ampliar os negócios no setor de manutenção e serviços. Dois exemplos desse novo direcionamento são os projetos de modernização de um helicóptero Esquilo para um cliente da Argentina e de um EC135 de um cliente do Brasil.
Andreani afirma que a empresa ainda tem helicópteros na carteira para produzir. Mas a procura é muito mais lenta do que em períodos anteriores. "Se no passado vendíamos cinco máquinas no semestre, hoje vendemos uma ou duas", diz o executivo.
A mesma crise atinge os proprietários de helicópteros. Em 2010, quando o Brasil vivia o quase pleno emprego e crescia em ritmo chinês, o empresário Renato Fernandes de Oliveira Júnior, de São José dos Campos, seguiu a rota dos brasileiros endinheirados e comprou o primeiro helicóptero.
O gosto pelas máquinas foi tanto que ele comprou cinco aeronaves - uma por ano. Cada avião fica em um ponto para atender as necessidades do empresário, seja para ir a uma reunião de trabalho, passar o fim de semana no Rio ou para uma simples visita ao cabeleireiro, na capital paulista.
"Não sou rico. Sou um viciado por aviação que sabe aplicar bem o dinheiro." Hoje, entretanto, Oliveira faz o caminho inverso e quer se desfazer de parte de sua frota. Três helicópteros foram colocados à venda por US$ 750 mil - quase R$ 2 milhões.
O hobby excêntrico, porém, tem custos elevados, especialmente se a máquina ficar parada. "A despesa aumentou muito e a receita caiu. Pensei comigo: para quê tudo isso?", questiona o empresário, que também é piloto. A mesma pergunta tem sido repetida por dezenas de empresários, que colocaram seus helicópteros à venda no último ano.
A lista inclui nomes de peso, como os sócios da Natura, Guilherme Leal e Antonio Luiz Seabra; o filho do fundador das Casas Bahia, Michael Klein; acionistas da 5R Properties, da família Rossi; a rede de varejo Riachuelo; o Banco Pine; e empresas de vários setores, de serviços gerais a táxi aéreo.
Basta visitar sites de venda de aeronaves nacionais e internacionais - ou até mesmo sites de classificados, como OLX - para se deparar com centenas de anúncios de aeronaves. Entre 2010 e 2012, com a forte expansão da economia e otimismo em alta, a venda de helicópteros - objeto de desejo e símbolo dos tempos de pujança do País - bateu recordes consecutivos. Foi a partir desse forte movimento que São Paulo se transformou na capital dos helicópteros, com a maior frota do mundo, superando inclusive Nova Iorque.
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