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Infraestrutura

- Publicada em 18 de Março de 2016 às 14:52

VLT do Rio promove campanha educativa

 People take pictures with VLT (Vehicle on Light Tracks) Carioca during the test run at Maua Plaza in Rio de Janeiro, Brazil, on February 28, 2016. The first section of VLT will begin operations in April between the Novo Rio Bus Terminal and the Santos Dumont Airport.  AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA

People take pictures with VLT (Vehicle on Light Tracks) Carioca during the test run at Maua Plaza in Rio de Janeiro, Brazil, on February 28, 2016. The first section of VLT will begin operations in April between the Novo Rio Bus Terminal and the Santos Dumont Airport. AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Com a nova fase de testes do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que começou na semana passada, a Secretaria Municipal de Transportes, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro e a Concessionária VLT Carioca lançaram a campanha educativa "Olho no VLT". É para estimular novos hábitos de pedestres e motoristas. O VLT vai circular na área central do Rio em duas linhas distintas. A primeira, saindo da rodoviária Novo Rio, passando pela zona portuária, pegando o início da avenida Rio Branco e indo até o aeroporto Santos Dumont.
Com a nova fase de testes do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que começou na semana passada, a Secretaria Municipal de Transportes, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro e a Concessionária VLT Carioca lançaram a campanha educativa "Olho no VLT". É para estimular novos hábitos de pedestres e motoristas. O VLT vai circular na área central do Rio em duas linhas distintas. A primeira, saindo da rodoviária Novo Rio, passando pela zona portuária, pegando o início da avenida Rio Branco e indo até o aeroporto Santos Dumont.
A outra sairá da praça XV de Novembro e seguirá até o terminal de trens da Central do Brasil. A campanha foca no aspecto visual por conta dos trens que realizam o percurso serem extremamente silenciosos, gerando assim, maiores possibilidades de acidentes para os pedestres desavisados, já que o VLT circulará por áreas de grande fluxo de pessoas e de carros.
Vinte e cinco placas serão instaladas em regiões de grande movimento ao longo dos 28 quilômetros do traçado. Elas exibirão mensagens para que motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas estejam atentos. Os locais foram escolhidos graças a um dossiê que apontou as principais áreas de atenção como cruzamentos e praças com grande circulação. Agentes educativos também estarão distribuindo 150 mil folhetos sobre a operação.
Para o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, as próximas etapas de testes confrontarão velhos hábitos e rotinas dos cariocas. "Tudo é um grande desafio. É uma novidade para todos ter esse modal fantástico no Centro do Rio, que se integra com todos os outros existentes. E essa campanha é para gerar uma conscientização, dar o conhecimento para a população, pedestres e motoristas de que não podem fechar os cruzamentos do VLT, o que ocasionaria uma perda da capacidade de operação dos trens", explicou.
Picciani disse, ainda, não acreditar que o serviço encontre dificuldades para se adequar ao Rio de Janeiro. "Eu acredito que os cariocas - quando se depararem com um modal de tamanha capacidade de melhorar a vida daqueles que transitam pelo Centro - colaborarão para que tudo dê certo. Tanto na operação, isto é, respeitando as regras de trânsito e sinalização, bem como na questão da validação dos bilhetes que será um método inédito no País."
O presidente da concessionária VLT Carioca, Carlos Baldi, classificou todo o processo como gradativo. "A gente começou a testar o serviço em novembro. A gente só está aumentando o número e também o impacto, já que agora os testes não serão mais feitos apenas à noite, mas também durante o dia, na avenida Rio Branco, que é uma área movimentadíssima do Centro. Pegaremos esses meses de março e abril para realizar essas avaliações e depois entregar o serviço no fim de abril, na primeira etapa que é o serviço da rodoviária Novo Rio até o aeroporto Santos Dumont", disse.
O VLT Carioca funcionará 24 horas - sete dias por semana - e terá integração total com o Aeroporto Santos Dumont, barcas, trens, metrô, ônibus e BRTs. O intervalo entre os VLTs poderá variar entre três e 15 minutos, conforme a linha e o horário. A obra é uma das muitas que visam readequar a cidade para receber os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Fundo garantidor cobre apenas os riscos das rodovias do PIL

 People take pictures with VLT (Vehicle on Light Tracks) Carioca during the test run at Maua Plaza in Rio de Janeiro, Brazil, on February 28, 2016. The first section of VLT will begin operations in April between the Novo Rio Bus Terminal and the Santos Dumont Airport.  AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA

People take pictures with VLT (Vehicle on Light Tracks) Carioca during the test run at Maua Plaza in Rio de Janeiro, Brazil, on February 28, 2016. The first section of VLT will begin operations in April between the Novo Rio Bus Terminal and the Santos Dumont Airport. AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
A injeção de recursos no Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE), anunciada pelo governo deverá ser suficiente, por enquanto, apenas para cobrir riscos das rodovias da segunda fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL). O governo anunciou que capitalizaria o fundo com imóveis da União, no valor de R$ 500 milhões. Segundo dados da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), o montante atende investimentos de cerca de R$ 20 bilhões.
O fundo cobre riscos, nos primeiros cinco anos de contratos, de haver eventos de baixa probabilidade e alta severidade, como intempéries climáticas, reviravoltas políticas, mudanças legais e outros problemas de grande monta não gerenciáveis pelos empreendedores - e que não são atendidos pelas seguradoras do mercado.
Na avaliação do governo, a falta do fundo garantidor afastou empreendedores do PIL 1. Os investidores temiam que riscos desse tipo pudessem quebrar seus sócios no curto prazo. O modelo de um fundo que atue onde não há interesse ao mercado existe em outros países.
O FGIE foi criado em 2014, com previsão de aporte do Tesouro Nacional de até R$ 11 bilhões para operações, mas o ajuste fiscal do ano passado impossibilitou sua operacionalização até agora por falta de capital. Agora, o governo quer usar imóveis da União para esse aporte, em um modelo ainda não definido oficialmente e ainda em estudo.
"O fundo poderá viabilizar financiamentos, desonerar balanços de empresas que tinham de entregar garantias próprias e acelerar investimentos no País", disse Marcelo Pinheiro Franco, presidente da ABGF, estatal ligada ao Ministério da Fazenda. Segundo Franco, se já estivesse atuante, o FGIE poderia ter amenizado perdas das concessões com a Lei dos Caminhoneiros, de 2015, que impôs prejuízo aos concessionários até que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) revisse todos os contratos do País.
Nesse caso, essas revisões dos contratos implicaram aumentos das tarifas pagas pelos usuários dos pedágios, daí que a implantação do FGIE pode até colaborar com menores tarifas nas rodovias. Ele reforçou a previsão do secretário executivo da Fazenda, Dyogo Oliveira, de esperar que outros cotistas possam contribuir com investimentos de cerca de mais R$ 500 milhões no FGIE.
Esses aportes interessariam aos próprios financiadores, como forma de mitigar seus riscos. Se surgirem esses novos recursos, é possível que o FGIE venha a exercer seu papel além do setor de rodovias, mas, para isso, serão necessários novos estudos sobre a atuação do fundo, disse ele. Franco espera que o FGIE já possa exercer seu papel na concessão da Rodovia do Frango, entre Paraná e Santa Catarina, que deverá ser a primeira leiloada na segunda fase do PIL neste ano.
O Ministério do Planejamento disse que, por meio da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), com o Ministério da Fazenda, está estudando as medidas legais que irão permitir o aporte de imóveis da União no FGIE. O início do funcionamento do FGIE pretende manter o apetite de investidores pelo programa de concessões, uma vez que a recessão econômica e o aumento dos juros afastam esse interesse.
O encolhimento da economia alterou as premissas de investidores, afetando a perspectiva de receita com pedágios, por exemplo. "Em um cenário em que a situação macroeconômica nacional e internacional afeta essas premissas, é natural que as demandas por um apoio adicional venham com mais pressão. O fundo é um impulso favorável a concessões", disse Franco.