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Empresas & Negócios

- Publicada em 27 de Março de 2016 às 18:34

Futuro em xeque

 Empresas &Negócios - futuro - previsão - divulgação Kasansass (bichocreativo) via VisualHunt

Empresas &Negócios - futuro - previsão - divulgação Kasansass (bichocreativo) via VisualHunt


KASANSASS VIA VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Os prognósticos para o Brasil nos próximos anos não são nada otimistas. Quando for superada a recessão que aflige o País desde meados de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) só conseguirá subir cerca de 1% ao ano, segundo cálculos de diferentes economistas. População, investimento e produtividade caindo ou crescendo pouco estão minando o potencial de expansão, que já superou 4% na segunda metade da década de 2000. Os três pilares que definem o quanto o País consegue crescer, sem que a inflação aumente, estão retrocedendo com a recessão e a rápida transição demográfica.
Os prognósticos para o Brasil nos próximos anos não são nada otimistas. Quando for superada a recessão que aflige o País desde meados de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) só conseguirá subir cerca de 1% ao ano, segundo cálculos de diferentes economistas. População, investimento e produtividade caindo ou crescendo pouco estão minando o potencial de expansão, que já superou 4% na segunda metade da década de 2000. Os três pilares que definem o quanto o País consegue crescer, sem que a inflação aumente, estão retrocedendo com a recessão e a rápida transição demográfica.
"Em curto prazo, melhorando a expectativa, com confiança reagindo, a economia pode voltar a crescer rápido. Há uma ociosidade de capacidade produtiva bastante significativa que permitiria à economia crescer mesmo não investindo tanto", afirma José Ronaldo de Castro Souza Júnior, coordenador do Grupo de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O especialista, que fez os cálculos do potencial de crescimento do País, destaca, no entanto, que, esgotada a capacidade ociosa, no momento seguinte à recuperação, será necessário fazer um esforço para voltar a crescer mais, com medidas de longo prazo.
Atualmente, o Brasil vive situação inversa. A recessão de 3,8% no ano passado e a expectativa de crise nas mesmas proporções neste ano estão deixando os parques industriais e os serviços com folga, enquanto o desemprego aumenta, deixando 9,6 milhões sem ocupação no País. Portanto, quando a reação econômica vier, será fácil crescer, uma vez que aprodução está abaixo da capacidade desde o segundo trimestre do ano passado.
O crescimento populacional diminui década a década. Nos anos 1970, a população crescia 3% ao ano. Na última década, baixou para 1%, e o IBGE estima que chegaremos a 2030 com a população crescendo 0,4% ao ano. O investimento, outro pilar de estímulo à expansão econômica, vem recuando desde o segundo trimestre de 2014. Desde do ano passado, as quedas passaram de dois dígitos, sem trégua. A produtividade no Brasil, que representa um quarto da produtividade americana, está estagnada. De 2004 a 2008, o indicador subia 1,9%. No período seguinte, de 2009 a 2015, parou de avançar. "Acaba a crise política, e o País só vai crescer entre 0 e 1%. Não tem capacidade de prosperar mais sem aumentar a produtividade", sentencia Fabio Kanczuk, o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP.
Rafael Baciotti, economista da Tendências Consultoria, tem uma expectativa mais positiva de expansão e acredita que, após a tempestade, o crescimento pode ser de até 2%. Para ele, os efeitos da Operação Lava Jato também influenciaram. "Nos anos mais recentes, o excesso de intervencionismo na condução da política econômica resultou em perda de velocidade na incorporação de tecnologia e em menor eficiência na alocação dos recursos utilizados na produção", aponta.
Antonio Carlos de Lacerda, professor de Economia da PUC-SP, é otimista. Ele diz que o PIB potencial sofreu influência da crise política, da Lava Jato, da queda de preços das commodities e da restrição da política monetária, com juros mais altos. Segundo Lacerda, é possível melhorar as expectativas para a criação de um ambiente de progresso. "Acredito que 1% (de PIB potencial) é subestimado. Diante de novas condições e taxas de juros compatíveis com a média, não vejo por que a economia brasileira não pode, pelo menos, repetir a média pós-Plano Real, de 3% ao ano." 
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