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Empresas & Negócios

- Publicada em 07 de Março de 2016 às 20:35

Quitar nem sempre é melhor

 FOTOS NA AGÊNCIA CENTRAL DA CAIXA FEDERAL. CRÉDITO IMOBILIÁRIO

FOTOS NA AGÊNCIA CENTRAL DA CAIXA FEDERAL. CRÉDITO IMOBILIÁRIO


FREDY VIEIRA/JC
Com o rendimento das aplicações financeiras em patamar recorde, nem sempre é interessante abater dívidas quando surge aquele dinheiro extra na conta-corrente. Especialmente as dívidas feitas há mais de dois anos, quando os juros eram menores.
Com o rendimento das aplicações financeiras em patamar recorde, nem sempre é interessante abater dívidas quando surge aquele dinheiro extra na conta-corrente. Especialmente as dívidas feitas há mais de dois anos, quando os juros eram menores.
É o caso da maioria dos financiamentos imobiliários do SFH (Sistema Financeiro da Habitação). Há três anos, ofereciam taxas anuais entre 8% e 9,5%. Hoje, os novos contratos dificilmente ficam abaixo de 12%.
Para quem tem dinheiro sobrando, o ideal, nesse caso, seria continuar pagando a prestação e aplicar a diferença. Só vale a pena pagar as dívidas se elas tiverem juros superiores ao que é possível obter investindo em aplicações conservadoras - CDB, fundo DI ou Tesouro Direto -, depois de pagar todos os impostos e custos embutidos.
Com o CDI (referência para os juros bancários) em 14,15%, um investidor que obtiver 100% dessa taxa conseguirá embolsar 12% ao ano em aplicações com prazo superior a dois anos - descontado os 15% de IR (Imposto de Renda). Se levar apenas 90% do CDI (ou o fundo DI tiver taxa de administração de 1,5% ao ano), o ganho diminui para 10,8%.
Ex-presidente da Abecip (Associação do Crédito Imobiliário), o consultor Luiz Antônio França, hoje na França Participações, recomenda que, além das taxas de juros, o mutuário observe o custo dos seguros associados ao financiamento da casa própria. Isso porque o seguro vai ficando mais caro conforme o mutuário envelhece (porque aumenta o risco de morte), pesando mais no financiamento. Nesse caso, abater a dívida reduz o impacto do seguro.
"Tem que fazer conta. Quem tem uma dívida com juro baixo por um prazo longo, o melhor a fazer é continuar pagando as prestações e aproveitar o dinheiro que sobra para fazer uma boa aplicação", disse França.
"O brasileiro não gosta de ficar devendo. Mas não compensa se descapitalizar para pagar uma dívida com juros baixos", destaca Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, site que compara taxas de juros de diferentes bancos.
Para os assalariados, no entanto, continua sendo interessante usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para abater a dívida imobiliária a cada dois anos. O dinheiro no fundo só rende apenas 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial) e perde ano após ano para a inflação.
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