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Economia

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2016 às 08:42

Gerdau é alvo da sexta fase da Operação Zelotes

Segundo a PF, empresa teria tentado anular débitos em R$ 1,5 bilhão

Segundo a PF, empresa teria tentado anular débitos em R$ 1,5 bilhão


Patrícia Comunello/Especial/JC
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (25), mais uma fase da Operação Zelotes. O alvo é a empresa siderúrgica Gerdau, investigada por suposta compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de grandes contribuintes a multas aplicadas pela Receita Federal.
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (25), mais uma fase da Operação Zelotes. O alvo é a empresa siderúrgica Gerdau, investigada por suposta compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de grandes contribuintes a multas aplicadas pela Receita Federal.
A PF cumpre 20 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é liberada no mesmo dia após prestar depoimento, e 18 de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal.
Diferentemente do que foi divulgado no começo da manhã pela Polícia Federal, Jorge Gerdau, fundador do grupo, não é parte integrante da investigação. Mas André Bier Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração da empresa, é alvo de mandado de condução coercitiva.
A empresa teria tentado anular débitos que chegam a R$ 1,5 bilhão. A PF esta nos endereços da empresa cumprindo mandados de busca. Segundo a PF, a firma, que possui operações industriais em 14 países, celebrou contratos com escritórios de advocacia e de consultoria, os quais por meio de seus sócios, agiram de maneira ilícita manipulando o andamento do processo. Segundo as investigações, o grupo de lobistas continuou atuando mesmo após a deflagração da operação em março do ano passado.
A Zelotes foi deflagrada em março de 2015 para desarticular esquema de compra de decisões no Carf por grandes empresas. No curso das investigações, a força-tarefa do Ministério Público Federal, Receita Federal e Polícia Federal descobriu que os mesmos operadores também atuaram em suposto esquema de compra de medidas provisórias editadas nos governos dos presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o que ampliou as investigações e levou a prisão dos lobistas em outubro do ano passado.
Por causa das prisões, a investigação sobre a suposta compra de MPs avançou mais rapidamente e o MPF já apresentou denúncia. O caso está em fase de oitiva de testemunhas na Justiça Federal do DF.
Há ainda outros dois desdobramentos da Zelotes em curso. Um deles, apura pagamento à LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Claudio Lula da Silva, filho mais novo do ex-presidente Lula, pela Marcondes e Mautoni, por uma das consultorias acusadas de envolvimento na compra de decisões no Carf e de normas. Ele recebeu R$ 2,5 milhões da empresa, segundo a PF, para copiar e colar informações da internet. Luís Claudio diz que fez consultoria de marketing esportivo. Outra investigação é sobre suposto lobby da Marcondes para a compra de caças pelo governo Dilma.
Em nota, a Gerdau informou que está colaborando com as investigações da Polícia Federal, e que "não concedeu qualquer autorização para que seu nome fosse utilizado em pretensas negociações ilegais".
Leia nota na íntegra:
A Gerdau comunica que a Polícia Federal está, hoje pela manhã, em suas dependências em relação à Operação Zelotes. Esclarece que não tem maiores informações até o momento, mas está colaborando integralmente com as investigações da Polícia Federal.
Ressalte-se ainda que, com base em seus preceitos éticos, a Gerdau não concedeu qualquer autorização para que seu nome fosse utilizado em pretensas negociações ilegais, repelindo veementemente qualquer atitude que tenha ocorrido com esse fim.
A Gerdau reitera, portanto, que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos e reafirma que está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados.
Com informações da Agência Estado
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