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Governo Federal

- Publicada em 24 de Fevereiro de 2016 às 18:46

Visão pessimista do País é exagerada, avalia Temer

 Brasília - O vice-presidente Michel Temer concede entrevista coletiva após reunião com o ministro da Casa Civil, Jaques  (Valter Campanato/Agência Brasil)    -

Brasília - O vice-presidente Michel Temer concede entrevista coletiva após reunião com o ministro da Casa Civil, Jaques (Valter Campanato/Agência Brasil) -


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou, na manhã de ontem, que há uma visão demasiado pessimista sobre a situação do Brasil, argumentando que o País tem muitas oportunidades, "não parou e vai continuar".
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou, na manhã de ontem, que há uma visão demasiado pessimista sobre a situação do Brasil, argumentando que o País tem muitas oportunidades, "não parou e vai continuar".
A declaração foi dada durante evento promovido pela revista Carta Capital em São Paulo. Em nenhum momento ele mencionou a decisão da Moody's, que, na manhã de ontem, rebaixou o rating do Brasil em dois graus.
"Eu tenho recebido investidores estrangeiros interessados em investir no Brasil. E o empresário investe em função do futuro, se (a perspectiva) não for saudável, ninguém fará investimentos", comentou.
Ele lembrou o programa de concessões em logística e disse que esses projetos também ajudam na geração de empregos. "Na área de portos, cada milhão de tonelada processada no porto representa 300 novos empregos. Em 2015 houve 1 bilhão de toneladas processadas, então imagine quanto se mantém de emprego e quanto se pode desenvolver mais ainda nos próximos tempos", disse.
O vice-presidente ressaltou que o governo só consegue avançar se houver cooperação com a iniciativa privada. "Neste momento estamos em fase passageira de eliminação de empregos, mas a infraestrutura tem por objetivo a recuperação do emprego", afirmou Temer. "Estamos precisando de certa injeção de otimismo", acrescentou.
O vice-presidente comentou que estabeleceu-se uma tese muito acentuada de que o Brasil está em crise, mas disse que essa palavra é usada de forma indiscriminada. "Ela tem gradações, pode ser uma crise administrativa, que se resolve com mudança de ministros, por exemplo. Pode ser política, que significa inexistência de apoio ao governo, que se resolve pelo diálogo com o Congresso. E pode ser econômica, que é um pouco mais dramática, e é resolvida pela integração do setor produtivo com o governo." Segundo ele, o Brasil passa por um momento de "ajustamento, reprogramação da economia".
Temer lembrou que no Brasil a ideia de lucro ainda é ligada ao pecado, e é preciso eliminar esse preconceito. O vice-presidente lembrou que o povo agora deseja uma democracia da eficiência e minimizou os recentes protestos populares contra o governo. "Isso é da democracia."

Desempenho de Dilma melhora, avalia pesquisa CNT

Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada ontem, mostra que a avaliação positiva do governo Dilma Rousseff (PT) subiu de 8,8% para 11,4%, enquanto a avaliação negativa do governo da petista caiu de 70%, em outubro de 2015, para 62,4% agora. O desempenho pessoal de Dilma também melhorou e subiu de 15,9% para 21,8%.
Já a reprovação caiu de 80,7% para 73,9%. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais. Os 2.002 entrevistados foram ouvidos entre os dias de 18 a 21 de fevereiro sobre o afastamento de Dilma e 55,6% se posicionaram a favor do impeachment.
Esse percentual caiu em relação à última pesquisa. Em julho de 2015, 62,8% defendiam sua saída do governo. Do total dos entrevistados, 67,8% consideram Dilma culpada pela corrupção. Antes, esse índice era de 69,2%. Para 70,3% dos entrevistados, Lula (PT) é culpado pela corrupção. Antes, 68,4% tinham essa posição. A pesquisa também tratou das intenções de voto para presidente da República, se as eleições fossem hoje.
O senador Aécio Neves (PSDB) aparece em primeiro com 10,7%. O tucano, em outubro, liderava com 13,7%. Lula aparece em segundo com 8,3%, contra 7,9% que detinha em outubro. Marina Silva (Rede) aparece em terceiro lugar com 3,9%. Ela detinha 4,7% em outubro. A supresa nessa aferição foi o crescimento do deputado federal Jair Bolsonaro (PP), que subiu de 0,9% para 3,2%.
Num cenário de voto estimulado, Aécio lidera com 24,6%; seguido de Lula, com 19,1%; Marina Silva, 14,7%; Jair Bolsonaro, 6,1%; e Ciro Gomes (PDT), com 5,8%. Lula vence na pesquisa estimulada num cenário que Aécio está ausente. Ele supera o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra, ambos do PSDB. Foram feitas seis simulações de segundo turno e Aécio vence todas que disputa. Ele supera Lula: 40,6% contra 27,5% do petista. Essa diferença já foi maior. Aécio supera o ex-governador Ciro Gomes: 43,1% a 16,7%; e vence também Marina Silva: 38,4% a 26,6%.
A maioria dos entrevistados, 64% deles, está pessimista quanto à velocidade da recuperação da economia. Eles acreditam que o País só irá melhorar a longo prazo. Para os consultados, a crise econômica supera a crise política: 52% entendem que os problemas da economia são os principais no momento e 44,1% entendem ser as questões políticas que têm mais peso.