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Operação Lava Jato

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2016 às 19:21

Marqueteiro e mulher são presos ao chegar ao País

 PR - LAVA-JATO-MARQUETEIRO-PT-ESPOSA-PRISÃO - GERAL - O marqueteiro do PT, João Santana e sua esposa Monica Moura (foto) chegam na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), após serem presos durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, nesta terça-feira (23). A operação investiga desvios de dinheiro na Petrobras. 23/02/2016 - Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO   PR - LAVA-JATO-MARQUETEIRO-PT-ESPOSA-PRISÃO - GERAL - O marqueteiro do PT, João Santana e sua esposa Monica Moura (foto) chegam na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), após serem presos durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, nesta terça-feira (23). A operação investiga desvios de dinheiro na Petrobras. 23/02/2016 - Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

PR - LAVA-JATO-MARQUETEIRO-PT-ESPOSA-PRISÃO - GERAL - O marqueteiro do PT, João Santana e sua esposa Monica Moura (foto) chegam na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), após serem presos durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, nesta terça-feira (23). A operação investiga desvios de dinheiro na Petrobras. 23/02/2016 - Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO PR - LAVA-JATO-MARQUETEIRO-PT-ESPOSA-PRISÃO - GERAL - O marqueteiro do PT, João Santana e sua esposa Monica Moura (foto) chegam na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), após serem presos durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, nesta terça-feira (23). A operação investiga desvios de dinheiro na Petrobras. 23/02/2016 - Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/AE/JC
O publicitário e marqueteiro João Santana, que encabeçou campanhas presidenciais petistas, e sua mulher Monica Moura chegaram em São Paulo nesta terça-feira, às 9h21min, e foram presos pela Polícia Federal (PF).
O publicitário e marqueteiro João Santana, que encabeçou campanhas presidenciais petistas, e sua mulher Monica Moura chegaram em São Paulo nesta terça-feira, às 9h21min, e foram presos pela Polícia Federal (PF).
Atingidos pela 23ª fase da Operação Lava Jato, iniciada na segunda-feira, ambos foram alvo de mandados de prisão temporária. O voo que veio de Punta Cana, na República Dominicana, estava programado para desembarcar as 10h, mas chegou mais cedo.
Santana, que foi responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014), estava na República Dominicana, onde trabalhava para reeleição do presidente Danilo Medina. O pedido de prisão do publicitário repercutiu na imprensa do país.
João Santana e Monica Moura vieram acompanhados do advogado Fábio Tofic no voo e estavam entre os últimos passageiros a desembarcar. Voaram na classe econômica de um voo comercial e sentaram juntos durante a viagem. Não havia primeira classe no avião. O casal não foi alvo de manifestação de nenhum passageiro.
Depois de desembarcarem em Guarulhos, João Santana e a esposa foram ouvidos na sala da Polícia Federal, no aeroporto, por cerca de 15 minutos pelo delegado da Lava Jato Eduardo Mauat. Eles seguiram para Curitiba por volta das 10h30min em um avião da Polícia Federal, acompanhados pelo delegado.
Segundo agentes, o advogado do casal foi quem levou a maioria de seus pertences. Tofic pegou um voo de carreira para a capital paranaense.
Os depoimentos de Santana e de sua mulher ainda não foram marcados, mas a expectativa da defesa é que aconteçam amanhã. Tofic afirmou que seus clientes "estão machucados, mas tenho confiança que darão todos os esclarecimentos possíveis".
A principal acusação é que ele e sua mulher, Mônica Moura, receberam US$ 7,5 milhões no exterior de Zwi Skornicki, lobista de um estaleiro que tem negócios com a Petrobras, e de offshores ligadas à empreiteira Odebrecht.
De acordo com o juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato em Curitiba, a mulher de marqueteiro sabia que os recursos recebidos eram ilícitos. A investigação chegou a João Santana depois que autoridades apreenderam um bilhete que Monica enviou a Skornicki.
Na segunda-feira, uma equipe da Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no apartamento de João Santana, em um prédio no Corredor da Vitória, em bairro nobre em Salvador.

Santana e Monica passaram por exames no Instituto Médico Legal

O marqueteiro João Santana e sua mulher, Monica Moura, passaram por exames na tarde desta terça-feira no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba depois de terem suas prisões decretadas na 23ª fase da Operação Lava Jato, intitulada "Acarajé".
O casal foi o primeiro a descer de uma van da Polícia Federal, que era escoltada por outro veículo com homens armados. Os dois estavam com as mãos para trás, e Mônica usava óculos escuros. Eles não quiseram falar com a imprensa.
Também passaram por exame no IML na mesma tarde, conduzidos pela PF, Benedito Barbosa da Silva Junior, diretor-presidente da construtora Odebrecht, Vinícius Veiga Borin, sócio de uma consultoria que administra carteira de investimentos, e o empresário Zwi Skornicki, lobista de um estaleiro com contratos com a Petrobras.
Marcelo Odebrecht, presidente afastado da construtora e um dos poucos empresários que ainda permanece preso na Lava Jato, foi transferido na segunda-feira Complexo Médico Penal, na Grande Curitiba, para a carceragem da PF na capital paranaense, em decorrência das investigações desta 23ª fase da operação.
Na segunda-feira, por volta das 19h, chegaram a Curitiba Borin, Skornick e Silva Junior. Os últimos a desembarcarem no Paraná nesta fase da Lava Jato foram o marqueteiro e a mulher, que voltaram do exterior ontem.
Mônica deve permanecer em cela separada do marido. A PF não comentou a distribuição nas celas dos investigados. Quanto a Silva Junior, a prisão foi decretada porque a PF acredita que há indícios de que ele tinha conhecimento dos esquemas de corrupção na estatal. Expressões utilizadas pelo executivo em planilhas apreendidas eram semelhantes às empregadas por Marcelo Odebrecht, que indicam o pagamento de propinas.

Oposição lança convocação para realizar ato anti-Dilma

Com o agravamento da crise política e econômica, os partidos de oposição PSDB, DEM, PPS, SD e PV decidiram conclamar, pela primeira vez, a população a sair às ruas para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Nas outras manifestações realizadas ao longo do ano passado, os parlamentares participavam dos atos, mas evitavam se posicionar como representantes dos partidos. Em nota conjunta, as siglas afirmam que o agravamento da crise política, econômica, social e moral levou à decisão de apoiar formalmente as manifestações organizadas por movimentos da sociedade civil, marcadas para 13 de março. "Convocamos os nossos militantes e simpatizantes e conclamamos brasileiros e brasileiras em todos os estados e municípios para estarem na rua defendendo o Brasil e a democracia", diz a nota.

PSDB pede que investigação seja juntada no processo de cassação

Em manifestação protocolada ontem no TSE, o PSDB pede que seja acrescentada no processo em que a legenda pede a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice Michel Temer (PMDB) o compartilhamento das provas da 23ª fase da Operação da Lava Jato, batizada de Acarajé.
Nas investigações, a força-tarefa da Lava Jato cruzou documentos enviados dos Estados Unidos com provas reunidas em fases anteriores e números da Receita Federal para comprovar que o marqueteiro João Santana responsável pelas campanhas do ex-presidente Lula (PT), em 2006, e da presidente Dilma Roussef, 2010 e 2014 e sua mulher e sócia, Monica Moura, são controladores da offshore Shellbill Finance S.A., aberta no Panamá. "Já temos um conjunto de provas extremamente fortes. A gravidade do fato de o marqueteiro João Santana ser preso está no fato de que traz a campanha da Dilma para dentro da Lava Jato", disse o deputado federal Carlos Sampaio, vice-presidente nacional do PSDB e coordenador jurídico do partido.
No documento enviado ao TSE, o PSDB pede que seja feito o depoimento do empresário Zwi Skornicki. "De grande importância se faz, além de outras provas da investigação que se relacionem com a campanha eleitoral, a oitiva, como testemunha, de Zwi Skornicki, apontado como o responsável pelas remessas de valores irregulares para contas mantidas em favor do marqueteiro João Santana no exterior", diz trecho da manifestação do PSDB.