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Opinião

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2016 às 17:53

Obama derruba isolamento de Cuba após décadas

Festejados quando tomaram o governo e derrubaram o corrupto presidente Fulgencio Baptista, os liderados de Fidel Castro e Che Guevara criaram o primeiro país socialista/comunista das Américas. Mesmo apoiados, de início, pela juventude nas três Américas, logo se viu que o grupo que passou a dominar a ilha de Cuba não era, exatamente, um primor de virtudes. Pelo contrário, há relatos de que os inimigos da Revolução Cubana foram eliminados pelas mais diversas forças, inclusive com o fuzilamento, o popular "paredón".
Festejados quando tomaram o governo e derrubaram o corrupto presidente Fulgencio Baptista, os liderados de Fidel Castro e Che Guevara criaram o primeiro país socialista/comunista das Américas. Mesmo apoiados, de início, pela juventude nas três Américas, logo se viu que o grupo que passou a dominar a ilha de Cuba não era, exatamente, um primor de virtudes. Pelo contrário, há relatos de que os inimigos da Revolução Cubana foram eliminados pelas mais diversas forças, inclusive com o fuzilamento, o popular "paredón".
Com a "Crise dos Mísseis" que levou os Estados Unidos da América (EUA) e a então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) a uma quase guerra por conta da instalação de mísseis, Cuba e os EUA esfriaram, por décasas, as suas relações. A Invasão da Baía dos Porcos, por mercenários descaradamente apoiados pelo presidente John Kennedy, foi um fracasso que serviu apenas para unir os cubanos em torno de Fidel Castro.
Décadas se passaram, apenas os irmãos Castro mandavam na ilha, e o encanto pelo regime cubano foi esfriando. Ficaram como ícones da juventude, as camisas com a estampa do Che Guevara, morto quando se aventurava na Bolívia com vistas a uma repetição do sucesso que obtivera antes, em Cuba.
Pois, depois de ser o primeiro negro a ocupar a Casa Branca, sem qualquer trocadilho, eis que o presidente Barack Obama anunciou que visitará, em março, a ilha. Já no início do seu governo, Obama tornou mais fácil para os cubano-americanos viajar e enviar dólares para Cuba. O presidente norte-americano acredita que os cubano-americanos são os melhores embaixadores para o povo cubano.
Mais tarde, ainda no governo de Barack Obama, houve muitos meses de negociações secretas admitidas pelo governo canadense e apoiadas pelo Papa Francisco.
Finalmente, em 17 de dezembro de 2014, o presidente Obama anunciou juntamente com o presidente Raúl Castro, de Cuba que os Estados Unidos e Cuba começariam um novo capítulo e tomariam medidas para normalizar as relações. Desde então, foram feitos progressos na abertura de relações entre os dois países.
Em julho de 2015, houve a restauração das relações diplomáticas, e o secretário de Estado John Kerry viajou a Cuba para levantar a bandeira americana na embaixada. Esta presença diplomática reforçou e tornou muito mais fácil para os Estados Unidos fazer avançar seus interesses e valores em Cuba, como o popular Tio Sam pratica em países ao redor do mundo.
O governo Obama facilitou as visitas a Cuba pelos legisladores norte-americanos, empresas e acadêmicos. Mudanças nas políticas e regulamentos norte-americanos têm permitido mais viagens de turismo e para o comércio entre os dois países. Ao longo dos últimos meses, o número de visitantes norte-americanos autorizados a entrar em Cuba subiu 54%, facilitando maior engajamento pessoa a pessoa.
O turismo e as viagens provenientes do país do Norte para Cuba vão continuar aumentando, segundo as previsões. Isso porque os Estados Unidos e o governo de Cuba chegaram a um acordo que irá restaurar voos diretos entre os países, pela primeira vez em mais de 50 anos. Serão até 110 voos diretos para Cuba a partir dos EUA todos os dias. Enfim, os idolatrados, por alguns anos, guerrilheiros de Sierra Maestra hoje são octogenários e gozam de alguma reputação quanto ao ensino e à saúde. Mas nada como ter boas relações com a ainda maior economia do planeta. O tempo é, mesmo, o senhor da razão.
 
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