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Opinião

- Publicada em 12 de Fevereiro de 2016 às 17:02

A sociedade dos exemplos

Aprendemos com exemplos, bons e ruins. Repetimos ações, discursos, costumes. Mais do que explicar a um filho o que não se deve fazer, um pai ou uma mãe sabem que primeiro é preciso tornar aquele ato um hábito na família para que ele aprenda e, então, repita-o. Fazer refeições à mesa, ter uma crença, não mentir, respeitar os mais velhos, comer de boca fechada, não pegar o que não é seu, guardar as coisas no lugar correto são alguns bons exemplos que deveriam ser rotineiros.
Aprendemos com exemplos, bons e ruins. Repetimos ações, discursos, costumes. Mais do que explicar a um filho o que não se deve fazer, um pai ou uma mãe sabem que primeiro é preciso tornar aquele ato um hábito na família para que ele aprenda e, então, repita-o. Fazer refeições à mesa, ter uma crença, não mentir, respeitar os mais velhos, comer de boca fechada, não pegar o que não é seu, guardar as coisas no lugar correto são alguns bons exemplos que deveriam ser rotineiros.
Hoje, a sociedade convive com exemplos que banalizam a corrupção e a inversão de valores como respeito e honestidade. Valores esses, básicos, que se tornaram virtudes e tornaram-se quase tão raros como um trevo de quatro folhas. A Teoria das Janelas Quebradas, de James Wilson e George Kelling, de 1982, - modelo teórico basicamente aplicado na segurança pública, mas que pode ser replicado em diferentes contextos -, pode nos ajudar a entender a real gravidade. Segundo Wilson e Kelling, é preciso dar atenção para as questões desde o princípio, para não ter de tratá-las em proporções maiores e, possivelmente, mais caóticas e danosas no futuro. De acordo com a teoria, deixe um prédio com janelas quebradas e logo vândalos quebrarão as outras, e provavelmente terminarão de destruir o prédio até ocupá-lo. Deixe, então, que uma sociedade pense que é comum pegar o que não é seu e logo teremos uma geração que replicará essa postura em escalas muito maiores. Enquanto os pais buscam dar o exemplo, o governo esquece de cumprir a sua função, preocupando-se muito mais com justificativas do que com resultados. E fica então a pergunta: qual exemplo ficará quando não restarem mais a família e o Estado?
Presidente do Instituto de Estudos Políticos Ildo Meneghetti
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