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Internacional

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2016 às 22:11

Opositores de Evo Morales saem na frente em referendo

Mais de 6,5 milhões de cidadãos bolivianos foram às urnas ontem

Mais de 6,5 milhões de cidadãos bolivianos foram às urnas ontem


AIZAR RALDES/jc
Os bolivianos compareceram às urnas ontem divididos sobre dar ou não a Evo Morales a possibilidade de concorrer a um quarto mandato presidencial em 2019. O referendo constitucional decidirá se deve ser modificado o artigo 168 da Carta Magna, que determina que os presidentes do país só podem concorrer a uma reeleição. Morales teve seu prestígio abalado nos últimos tempos por conta da acusação de que teria favorecido uma ex-namorada, colocando-a num cargo de chefia no escritório boliviano de uma empresa chinesa que, nos últimos anos, ganhou licitações para obras que superam US$ 500 milhões.
Os bolivianos compareceram às urnas ontem divididos sobre dar ou não a Evo Morales a possibilidade de concorrer a um quarto mandato presidencial em 2019. O referendo constitucional decidirá se deve ser modificado o artigo 168 da Carta Magna, que determina que os presidentes do país só podem concorrer a uma reeleição. Morales teve seu prestígio abalado nos últimos tempos por conta da acusação de que teria favorecido uma ex-namorada, colocando-a num cargo de chefia no escritório boliviano de uma empresa chinesa que, nos últimos anos, ganhou licitações para obras que superam US$ 500 milhões.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Mori entre 15 de janeiro e 6 de fevereiro mostrava que as duas posições (o "sim", pela mudança na Constituição, e o "não", contrário a ela) estavam empatadas, com 40% do eleitorado para cada lado. No início da apuração, porém, a vantagem era ampla. Às 20h (21h em Brasília), cerca de 130 mil votos haviam sido computados, e o não" vencia com 66% ante 34% do "sim".
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estima que cerca de 80% dos mais de 6,5 milhões de eleitores aptos a votar compareceram à eleição. A presidente do TSE, Katia Uriona, afirmou que "a votação transcorreu com absoluta normalidade, excetuando-se casos isolados, resolvidos pelos tribunais regionais".
Em um deles, pela manhã, ao chegarem para votar na escola Carmen Ortiz, em Santa Cruzde la Sierra, eleitores encontraram as cédulas, mas não havia atas para o registro dos votos. Irritados, queimaram as urnas vazias e várias cédulas. No colégio 24 de Setembro, também em Santa Cruz, um dos fiscais do partido Democratas disse que mesmo antes de a votação ser iniciada foram achadas cédulas nas quais o "sim" já estava assinalado.
Devido aos incidentes, o TSE informou que adiou para o dia 6 de março o referendo nestas duas seções, que somam 35 mesas - 0,1% do total de 29.224. O vice-presidente do tribunal eleitoral, Antonio Costas, disse que espera ter 90% da apuração concluída em um prazo máximo de 48 horas.
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