O trabalho em rede foi fundamental para o crescimento das franquias em 2015. É o que revela o balanço anual divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). No ano passado, o faturamento das empresas associadas chegou a R$ 139,5 bilhões, alta de 8,3% em relação a 2014. Enquanto o desemprego atingiu quase 7% no País, de acordo com o IBGE, o franchising registrou aumento de 8,5% nas vagas de trabalho.
A ABF garante que o progresso foi garantido pelo "poder de negociação e know-how compartilhado para enfrentar a nova realidade do País". "Essa estrutura permitiu que muitas redes não repassassem integralmente as pressões inflacionárias para o preço final de seus produtos e serviços", explica Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado, relacionamento e sustentabilidade da ABF. "Além disso, as franquias, de forma geral, têm ticket médio compatível com o bolso do brasileiro", afirma.
Atualmente, mais de 3 mil marcas operam no Brasil pelo modelo de franchising. Em 2015, 131 empresas aderiram ao segmento - como Casa Bauducco, Cia. dos Livros e Di Pollini. No total, o setor possui 138 mil unidades - 4,7% delas concentradas no Rio Grande do Sul.
O Brasil das franquias
FATURAMENTO
- 2012 R$ 107,3 bilhões
- 2013 R$ 118,3 bilhões
- 2014 R$ 128,8 bilhões
- 2015 R$ 139,5 bilhões
- 2016 R$ 149,3 bilhões*
UNIDADES
- 2012 104.543
- 2013 114.409
- 2014 125.641
- 2015 138.343
- 2016 150,793*
NOVAS REDES
- 2012 2.426
- 2013 2.703
- 2014 2.942
- 2015 3.073
- 2016 3.226*
Quase duas unidades por hora >>
Um balanço produzido pela consultoria Rizzo Franchise (que abrange todo o mercado, não só de associadas da ABF) apontou crescimento de 5,3% no setor e faturamento total de R$ 371 bilhões. Segundo o estudo, foram abertas 15.515 novas lojas em 2015 – média de 43 inaugurações por dia; mais de uma unidade por hora.